quinta-feira, 29 de abril de 2010

Brasil não será depositário de urânio do Irã, diz Lula


Presidente Luiz Inácio Lula Da Silva recebeu seu colega chileno Hugo Chávez no palácio do Itamaraty em Brasília.

REUTERS/Jose Varella


BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta quarta-feira que defende o programa de energia nuclear do Irã apenas para fins pacíficos e declarou que o Brasil não será depositário do urânio da República Islâmica.

"O Brasil não trabalha com a hipótese de ser depositário do urânio do Irã", disse Lula ao lado do presidente venezuelano, Hugo Chávez, no Itamaraty.

"Trabalhamos outras hipóteses e obviamente que essas hipóteses têm lugares muito mais perto do Irã do que o Brasil, e obviamente que vai depender muito do Irã", completou.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sugeriu em março que o Irã entregasse seu urânio para ser enriquecido por um país que atuaria como "fiel depositário", uma solução para destravar as negociações sobre o programa nuclear do país, mas já havia descartado que o Brasil fizesse esse papel.

O chanceler propôs que esse "fiel depositário" enriqueça o urânio enviado pela República Islâmica e depois o devolva a Teerã.

Potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, acusam Teerã de buscar a fabricação de armas nucleares. A República Islâmica nega e afirma que seu programa nuclear tem objetivos pacíficos.

No ano passado, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) propôs um acordo para a troca de combustível nuclear, o que poderia significar uma saída para a longa disputa sobre o programa nuclear iraniano.

Pela proposta, o Irã enviaria urânio de baixo enriquecimento para o exterior e receberia combustível para um reator de pesquisas médicas. O acordo, no entanto, não foi adiante pois a República Islâmica exigia que a troca fosse em solo iraniano, o que não foi aceito pelas partes envolvidas.

Nesta tarde, Lula afirmou ainda que não vê hipótese nem oportunidade política de os Estados Unidos invadirem o Irã como represália ao eventual desenvolvimento de armas nucleares.

Amorim foi enviado ao Irã nos últimos dias para preparar a viagem de Lula ao país islâmico em maio.

"Espero que a gente possa convencer os companheiros iranianos de não quererem dar um passo adiante para construir bomba nuclear, como também trabalhamos junto com China, Rússia, EUA e França para evitar que houvesse precipitação de sanções contra o Irã", comentou o presidente brasileiro.

Para Lula, o Brasil tem "tamanho e grandeza" para debater o assunto, pois é exemplo de país pacífico.

(Reportagem de Fernando Exman)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PSB desiste oficialmente de ter candidato à presidência da República

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1254542-7823-PSB+DESISTE+OFICIALMENTE+DE+TER+CANDIDATO+A+PRESIDENCIA+DA+REPUBLICA,00.html


Quarta-feira, 28/04/2010

Ciro Gomes disse que aceita a decisão de ser partido. O deputado federal fez declarações polêmicas ao comentar a candidatura de José Serra e de Dilma Roussef.

PSB desiste oficialmente de ter candidato à presidência da República

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1254542-7823-PSB+DESISTE+OFICIALMENTE+DE+TER+CANDIDATO+A+PRESIDENCIA+DA+REPUBLICA,00.html


Quarta-feira, 28/04/2010

Ciro Gomes disse que aceita a decisão de ser partido. O deputado federal fez declarações polêmicas ao comentar a candidatura de José Serra e de Dilma Roussef.

sábado, 24 de abril de 2010

"Ciro não está fora do páreo ainda", diz presidente do PSB


"Ciro não está fora do páreo ainda", diz presidente do PSB


Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília



O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, negou nesta sexta-feira (23), após conversa com o presidente Lula em Brasília, que o deputado federal Ciro Gomes esteja fora das eleições. "Ele não está fora do páreo ainda. Vai depender de a maioria do partido entender se ele deve ser candidato", disse.



Reportagem publicada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta sexta-feira aponta que o PSB já decidiu pela saída de Ciro da corrida presidencial, mas que o partido prepara um série de ritos para uma saída honrosa. Até a próxima terça-feira, o PSB deve consultar os diretórios estaduais sobre uma aliança com o PT.





Campos não quis comentar as declarações de Ciro em entrevista ao portal iG dizendo que o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, "é mais preparado, mais legítimo, mais capaz" do que Dilma Rousseff, pré-candidata do PT.

O presidente do PSB disse ainda que não seria árbitro da decisão de Ciro e que acompanhou durante um ano e seis meses os debates e viagens que compuseram o trabalho de pré-candidatura dele à presidência. "Quem disser que está decidido está mentindo. [..] Está chutando, está sendo mal informado", afirmou.



O pessebista se negou a comentar um plano B caso Ciro Gomes não saia candidato a presidente e falou que a influência de Lula funcionaria como a de um "coordenador de campanha, mas quem decide são os militantes do PSB".

Presidente do PSB mantém Ciro Gomes na disputa


Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira, o dirigente do PSB, Eduardo Campos, evitou admitir que o deputado Ciro Gomes não será o candidato do partido à Presidência da República nas eleições de outubro.


BRASÍLIA (Reuters) - Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira, o dirigente do PSB, Eduardo Campos, evitou admitir que o deputado Ciro Gomes não será o candidato do partido à Presidência da República nas eleições de outubro.
"Ele não está fora do páreo. Se ele estivesse fora do páreo eu teria avisado. Como nós estamos em discussão, Ciro pode ser candidato terça-feira, vai depender se a maioria do partido entender assim", disse Campos a jornalistas.

Na quinta-feira, Campos, que é governador de Pernambuco, e o vice-presidente da legenda, Roberto Amaral, ex-ministro de Lula, tiveram reunião com Ciro quando colocaram as dificuldades para a candidatura do deputado. Não houve divulgação oficial sobre o conteúdo da conversa e a posição final permaneceu marcada para terça-feira.

Fontes do partido informaram que foi fechada no encontro a decisão que exclui a disputa presidencial da estratégia do PSB e que a prioridade do partido é eleger dez governadores, sete senadores e dobrar a bancada de deputados federais.

"Tivemos conversa com Ciro ontem. Esse processo vai ser vivido até terça-feira, quem disser que está decidido está mentindo, não tem decisão tomada, nenhuma decisão tomada", reafirmou Campos, explicando que o partido bancou a exposição de Ciro por um ano e meio.

Quanto à conversa com Lula nesta manhã, o dirigente afirmou que o presidente é o coordenador da sucessão, mesmo que haja divergência sobre a candidatura de Ciro e que ele tenha reafirmado o desejo de uma campanha polarizada entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

Ciro já concorreu à Presidência em 1998 e 2002.

(Texto de Carmen Munari)