quinta-feira, 29 de julho de 2010

Lei proíbe o humor político. Tem graça?











Lei proíbe o humor político. Tem graça?

Agências - 28/7/2010
Se depender da legislação eleitoral atual, o humor está banido nessas eleições. A lei impede, por exemplo, o recurso à paródia e à caricatura – dois instrumentos seculares da verve humorística. E tradicionalmente da política.

O assunto é sério. Em nome de disciplinar o que partidos e candidatos dizem uns dos outros, a lei 9.504/97 está servindo também para calar a boca de humoristas profissionais, principalmente na televisão.

Ouvidos pelo jornal O Globo, os responsáveis pelos programas humorísticos de maior audiência foram unânimes. Nenhum pretende trazer as eleições para suas brincadeiras. Alguns pensam inventar personagens, para não deixar de falar nelas, nem que sejam candidatos fictícios. Nada de graças, paródias, ironias ou piadas com candidatos reais.

Os humoristas alegam que a lei cerceia a expressão, inibe a manifestação e ameaça os que satirizam o mundo da política. No seu artigo 45, a lei 9.504/97 proíbe as emissoras de televisão de fazer coisas que, "de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação". Quem a descumprir está sujeito a multa de até R$ 106 mil, que dobra em caso de reincidência.

Giane Carvalho/TV Globo/Divulgação/AEBussunda encarna o presidente Lula no Casseta & Planeta: por decreto, todas as irreverências cômicas com políticos estão banidas. Marlene Bergamo/Folhapress - 20.03.06À esquerda, Eduardo Suplicy é abordado pela turma do Pânico na TV.

José Patrício/AE - 08.03.10A mesa do CQC: Rafinha, Marcelo Tas e Marco Luque. Sergio Lima/ Folhapress - 21.09.09E o repórter Danilo Gentile, integrante do grupo.

O artigo serve de base para a Justiça impedir, por exemplo, que programas como Casseta & Planeta (TV Globo), CQC (Bandeirantes) ou Pânico na TV (Rede TV) usem as eleições como fonte de inspiração.

Em entrevista ao O Globo, o professor de Direito Constitucional da Uerj, Gustavo Binenbojm, diz que "apesar de buscar a lisura das eleições, a lei eleitoral brasileira incorre numa inconstitucionalidade, por ser incompatível com a liberdade de expressão".

O modelo da lei eleitoral dos Estados Unidos, segundo ele, é o mais liberal do mundo. "Confere aos veículos de comunicação total liberdade, inclusive para manifestar apoio a um determinado candidato. Na Europa, existem formas de regulação que procuram resguardar a imagem dos candidatos. Só que a lei brasileira é ainda mais restritiva. Produz um efeito silenciador sobre os veículos de comunicação. Isso é uma forma de censura".

Nos Estados Unidos, todo fim de ano, por exemplo, o próprio presidente da República costuma ser mestre de cerimônias num jantar com jornalistas exclusivamente dedicado a fazer graça às custas de sua própria administração. Vale relembrar a capa da revista The New Yorker que estampou para o mundo uma charge com o então candidato à Presidência dos EUA, Barack Obama, como radical islâmico, ao lado da esposa, Michelle, também devidamente paramentada como terrorista.

E o que dizer do sucesso dos Saturday Night Live inspirados em Hillary Clinton e Sarah Palin? A própria Hillary, com grande fairplay, apareceu em um dos programas humorísticos da Rede NBC.

Diário do Comércio de 28 de julho de 2010

sábado, 17 de julho de 2010

A riqueza dos políticos

Época

A riqueza dos políticos

Votar é um ato simples, mas requer um raciocínio prévio que a cada dia fica menos simples. Os brasileiros nunca tiveram tantas informações para conhecer os candidatos antes de decidir em quem votar. Informações sobre a vida pregressa, a atuação dos políticos quando governaram, como eles votaram no parlamento, como gastaram suas verbas de custeio pessoal, se cometeram crimes, se são investigados por mau uso do dinheiro público e quanto dinheiro possuem. Desde 2002, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obriga os candidatos a apresentar uma lista com seus bens. Apesar de algumas falhas, essa declaração abre aos eleitores a chance de ter uma noção da situação financeira dos candidatos.

ÉPOCA fez um levantamento baseado nas informações enviadas até a semana passada pelos mais de 20 mil candidatos inscritos para a eleição de outubro. Foram usados dados disponíveis no TSE e nos sites Políticos do Brasil e Transparência Brasil. A pesquisa permite medir quem são os políticos mais ricos do país, aqueles que mais enriqueceram durante seus mandatos – e o grau de transparência de cada um com a própria riqueza.

Para medir o enriquecimento, a pesquisa feita por ÉPOCA levou em conta os candidatos que exercem mandato desde 2006, no caso de governadores, senadores e deputados federais, ou desde 2002, para o caso de parte dos senadores. Dos 499 candidatos examinados, 365 têm patrimônio maior neste ano do que tinham antes. O TSE ainda está alimentando a lista com dados de candidatos. Mas os números permitem dizer que a política enriquece. “Há uma correlação positiva entre o número de mandatos e o aumento do patrimônio declarado dos políticos”, diz o cientista político Leôncio Martins Rodrigues. “Ninguém entra para a política para ficar mais pobre.” Em seu livro Mudanças na classe política brasileira, Rodrigues examinou o perfil profissional dos parlamentares em legislaturas anteriores. Entre outras coisas, descobriu que a carreira política é um bom negócio. Pouquíssima gente fica mais pobre depois que entra na política.

Ser rico, sempre é bom lembrar, não é nenhum crime. Ao contrário. Quanto mais gente rica um país tem, melhor. A prosperidade de cada vez mais cidadãos é uma das conquistas mais desejadas, mais necessárias e mais importantes para o futuro do Brasil. É dessa riqueza que vêm o investimento em novos negócios, novos empregos e o crescimento econômico que beneficia todo o país. E, em boa parte, é fato que a riqueza de muitos políticos apenas espelha a evolução do país e o tino empresarial dos homens de negócio bem-sucedidos. É o caso do candidato mais rico de todos: Guilherme Leal, presidente da empresa de cosméticos Natura e postulante ao cargo de vice-presidente na chapa de Marina Silva (PV), declarou ter um patrimônio de R$ 1,2 bilhão. Ou de políticos como o ex-governador de Mato Grosso e candidato ao Senado Blairo Maggi (PR) e de parlamentares que também são empresários do agronegócio, um dos setores que mais têm crescido na economia nacional.

Mas há casos que chamam a atenção por razões menos nobres. A má fama dos políticos brasileiros, corroborada por seguidas denúncias de desvio de recursos públicos e conduta ética condenável, deixa dúvidas sobre o crescimento de muitos patrimônios. Certas dúvidas podem até ser sanadas por explicações técnicas, como erros de digitação ou de omissão. Alguns políticos desprezaram as declarações anteriores e afirmam ter fornecido dados incompletos. Outros eram muito pobres ou de classe média baixa e, com o salário de parlamentar ou governador, melhoraram de vida. E há, evidentemente, aqueles cujas explicações não são convincentes.

Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_publicacao=33690&cod_canal=1

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eleições 210: Centro-Oeste tem maior parcela de candidatos ricos

Centro-Oeste tem maior parcela de candidatos ricos

Dos 38 nomes que concorrem aos governos dos estados da região, 18 possuem mais de R$ 1 milhão em bens. No clube dos milionários, estão 22% dos candidatos e 92% de todo o patrimônio declarado

Em termos proporcionais, maior parcela de candidatos milionários, como Íris Rezende, está no Centro-Oeste
Edson Sardinha, Rudolfo Lago e Thomaz Pires

Impulsionado pelo agronegócio e pelo poder da capital federal, o Centro-Oeste é a região brasileira onde estão, em termos proporcionais, os candidatos a governador e vice com maior patrimônio declarado à Justiça eleitoral. Dos 38 nomes que concorrem aos governos de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal, 18 possuem mais de R$ 1 milhão em bens. Os candidatos mais abastados das quatro unidades federativas acumulam R$ 250,09 milhões, entre fazendas, residências, empresas, veículos e aplicações financeiras.

A concentração de renda, tão característica ao Brasil, também se espelha nas declarações de bens repassadas aos tribunais eleitorais. Dos 334 candidatos a governador e vice que registraram para as eleições em todo o país, 75 fazem parte do seleto “clube dos milionários”, que concentram R$ 535,23 milhões dos R$ 579,49 milhões declarados. Em outras palavras, 22% dos postulantes aos dois cargos detêm 92% de todo o patrimônio.

O grupo dos candidatos mais endinheirados reúne 16 partidos políticos. O PMDB, com 17, o PSDB e o DEM, com nove, o PDT e o PP, com sete, são as cinco legendas com mais nomes na relação dos postulantes mais ricos aos governos estaduais. Também aparecem seis do PP, quatro do PR e do PT, três do PV, dois do PMN e do PPS e um do PSC, do Psol, do PSDC, do PHS e do PTB.

Com cinco representantes cada, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso são os estados com mais candidatos com patrimônio acima de R$ 1 milhão. No Mato Grosso, apenas um dos seis candidatos a governador ou vice tem patrimônio inferior à cifra. Já no Mato Grosso do Sul, a mesma aliança reúne os dois candidatos mais ricos. O deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT), com patrimônio de R$ 132,69 milhões, é vice na chapa do empresário Mauro Mendes (PSB), que tem R$ 57,15 milhões.

Goiás e Distrito Federal também têm quatro nomes na lista dos “milionários”. Entre os goianos, destaque para o ex-governador Iris Rezende (PMDB). Com R$ 14,62 milhões, ele é o sexto mais rico. Dono de um patrimônio declarado de R$ 5,24 milhões, o ex-governador do DF Joaquim Roriz (PSC) figura como o segundo mais rico na corrida pelo Palácio do Buriti. Perde apenas para seu companheiro de chapa, o ex-deputado Jofran Frejat (PR), com bens avaliados em R$ 5,36 milhões.

Em números absolutos, o Nordeste é a região do país com maior número de candidatos a governador e vice com patrimônio superior a R$ 1 milhão: 26 dos 126 postulantes aos cargos. Juntos, os mais ricos da região têm R$ 148,85 milhões em bens, móveis ou imóveis. Quase metade do montante declarado pelos candidatos do Centro-Oeste.

Dos 13 candidatos a governador e vice mais ricos do país, segundo informações prestadas à Justiça eleitoral, sete são do Nordeste: Pedro Fiúza (PSDB) e Cláudio Vale (PPS), do Ceará; Nilo Coelho (PSDB), da Bahia; Teotônio Vilela (PSDB) e Fernando Collor (PTB), de Alagoas; Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão, e José Maranhão (PMDB), da Paraíba. Os quatro primeiros estão entre os dez mais abastados, como mostrou ontem o Congresso em Foco.

TVs, Ferrari e avião

Governadora do Maranhão, Roseana tem o décimo-primeiro maior patrimônio declarado. Entre os R$ 7,83 milhões informados pela candidata à reeleição, estão R$ 2,7 milhões referentes a cotas da TV Mirante, emissora da família Sarney. Depois da participação na empresa, o bem mais valioso apontado pela peemedebista é uma casa avaliada em R$ 1,75 milhões. Apesar de constarem o nome da rua e o número do lote, a cidade onde está localizado o imóvel não foi informada.

Depois de Roseana, o candidato mais rico é o senador e ex-presidente da República Fernando Collor, com patrimônio declarado de R$ 7,72 milhões. Na relação dos bens de Collor, estão terrenos, prédios, participação societária na TV e na Rádio Gazeta, de Alagoas, e dez veículos. Entre eles, uma Ferrari avaliada em R$ 459,2 mil e um Maserati, estimado em R$ 342,5 mil.

Candidato à reeleição, o governador da Paraíba, José Maranhão, é o décimo-terceiro mais rico entre os que disputam os governos estaduais. O peemedebista informou patrimônio de R$ 7,42 milhões. Quase metade desse valor se refere a ações da Companhia Nordestina de Alimentos (Canorte). O ex-senador também é proprietário de uma aeronave Pipe Comanche, avaliada em R$ 120 mil, e de uma fazenda estimada em R$ 1,49 milhão em Tocantins.

Depois do Centro-Oeste e do Nordeste, o Norte é a região com maior número de “milionários” entre os candidatos a governador e vice. Dos 64 postulantes aos dois cargos, 16 têm bens acima de R$ 1 milhão. Esse grupo acumula R$ 45,8 milhões. O ex-deputado Confúcio Moura (PMDB), de Rondônia, tem o décimo maior patrimônio entre os candidatos aos Executivos estaduais de todo o país: R$ 8,55 milhões. Depois dele, o ex-governador do Pará Simão Jatente (PSDB), que tenta retomar o mandato, é o mais abastado entre os nortistas, com patrimônio declarado de R$ 6,07 milhões.

Nenhum milionário

Entre os 56 candidatos a governador ou vice no Sudeste, oito têm pelo menos R$ 1 milhão. É da região o único estado onde nenhum dos participantes da corrida eleitoral ao governo informou patrimônio igual ou superior a essa cifra. Cabe ao senador Renato Casagrande (PSB) o posto de candidato a governador com maior declaração patrimonial no Espírito Santo, com R$ 564,09 mil.

Somados, os bens dos mais aquinhoados do Sudeste chegam a R$ 71,51 milhões. O montante é puxado pelo candidato a vice-governador Afif Domingos (DEM), que declarou R$ 49,21 milhões de patrimônio. Vice de Geraldo Alckmin (PSDB), ele é o terceiro mais rico entre todos os candidatos aos Executivos estaduais, segundo as informações prestadas à Justiça eleitoral. Na disputa ao governo de São Paulo pelo PSB, Paulo Skaf é o segundo mais abastado da região e o nono do país, com R$ 10,83 milhões.

A relação dos “milionários” do Sudeste tem mais um paulista e três candidatos de Minas Gerais e um do Rio de Janeiro. Vice de Gabeira (PV), Márcio Fortes (PSDB) tem patrimônio declarado de R$ 4,44 milhões. Em Minas, quem se destaca é outro vice: Alberto Pinto Coelho (PP), com R$ 2,26 milhões. O ex-senador e ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB), que busca se eleger governador, informou possuir R$ 1,34 milhão.

No Sul, sete dos 50 candidatos aos governos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul declararam mais de R$ 1 milhão em patrimônio. Juntos, os sete têm R$ 18,96 milhões. Os mais ricos entre eles são os dois principais candidatos a governador do Paraná. O senador Osmar Dias (PDT) declarou R$ 5,19 milhões, enquanto o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB), R$ 4,23 milhões. O vice de Osmar, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB), informou R$ 1,66 milhão. Os dados dos candidatos a vice-governador do Paraná só foram divulgados ontem (15) na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em Santa Catarina, apenas dois candidatos a governador aparecem com patrimônio “milionário”: a deputada Angela Amin (PP), com R$ 1,64 milhão, e o senador Raimundo Colombo (DEM), com R$ 1,81 milhão. No Rio Grande do Sul, dois também informaram bens acima de R$ 1 milhão: o ex-governador e ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT), com R$ 2,97 milhões, e o deputado Pompeo de Mattos (PDT), com R$ 1,43 milhão, vice na chapa de Fogaça (PMDB).

A Justiça eleitoral exige de todos os candidatos que informem, ao pedirem o registro de candidatura, os bens que mantêm em seus nomes, a exemplo da declaração anual do Imposto de Renda da Pessoa Física. São participações em empresas, fazendas, apartamentos, casas, carros, aplicações financeiras e demais investimentos. Segundo o TSE, os candidatos que informarem dados incompatíveis com a realidade estão sujeitos a ficarem fora da disputa eleitoral e a responder por crime de falsidade ideológica.

Na prática, a declaração é um instrumento de transparência para que o eleitor e os partidos políticos apurem eventuais mostras de enriquecimento incompatível. As denúncias podem ser feitas pelas legendas, pelas coligações e pelo Ministério Público Eleitoral. Neste ano, nenhuma resolução foi baixada pelo tribunal para regular a declaração patrimonial.

Congresso em foco

Veja a lista dos 75 nomes que concorrem a um dos dois cargos e declararam à Justiça eleitoral patrimônio superior a R$ 1 milhão

Todos os candidatos a governador e vice milionários

Veja a lista dos 75 nomes que concorrem a um dos dois cargos e declararam à Justiça eleitoral patrimônio superior a R$ 1 milhão:

CENTRO-OESTE

DISTRITO FEDERAL
Governador: Agnelo (PT) – R$ 1.150.322,00
Governador: Joaquim Roriz (PSC) – R$ 5.241.152,60
Vice: Filippelli (PMDB) – R$ 3.970.537,00
Vice: Jofran Frejat (PR) – R$ 5.364.387,74

GOIÁS
Governador: Iris Rezende (PMDB) – R$ 14.638.948,31
Governador: Marconi Perillo (PSDB) – R$ 1.637.136,72
Governador: Vanderlan (PR) – R$ 6.824.395,02
Vice: José Eliton (DEM) – R$2.546.000,00

MATO GROSSO
Governador: Mauro Mendes (PSB) – R$ 57.155.336,45
Vice: Otaviano Pivetta (PDT) – R$ 415.727.180,51*
Governador: Silval Barbosa (PMDB) – R$ 2.056.670,97
Vice: Chico Daltro (PMDB) – R$ 5.240.764,47
Vice: Dilceu Dal Bosco (DEM) – R$ 2.325.362,68
* O candidato está pedindo à Justiça eleitoral retificação do valor do patrimônio. Segundo sua assessoria, foi somada - em vez de ser considerada - uma dívida de R$ 141 milhões. Ainda de acordo com a assessoria do candidato, seu patrimônio líquido é de R$ 132.693.349,00. Foi este o valor considerado na reportagem.

MATO GROSSO DO SUL
Governador: André Puccinelli (PMDB) – R$ 5.378.828,63
Governador: Nei Braga (Psol) – R$ 1.000.000,00
Governador: Zeca do PT (PT) – R$ 2.299.723,00
Vice: Simone Tebet (PMDB) – R$ 1.595.867,88
Vice: Tatiana Ujacow (PV) – R$ 1.520.446,00

NORTE

ACRE
Vice: Cesar Messias (PP) – R$ 1.438.482,12

AMAZONAS
Governador: Alfredo Nascimento (PR) – R$ 1.092.676,35
Governador: Omar Aziz (PMN) – R$ 1.177.149,91

AMAPÁ
Governador: Jaime Nunes (PSDC) – R$ 5.630.870,94
Governador: Pedro Paulo (PP) – R$ 1.950.220,07

PARÁ
Governador: Juvenil (PMDB) – R$ 1.412.487,13
Governador: Simão Jatene (PSDB) – R$ 6.076.826,00
Vice: Helenilson Pontes (PPS) – R$ 2.176.225,71
Vice: Hildegardo Nunes (PMDB) – R$ 1.403.330,49

RONDÔNIA
Governador: Confúcio Moura (PMDB) – R$ 8.554.881,14
Governador: Expedito Junior (PSDB) – R$ 1.165.750,62
Vice: Tiziu Jidalias (PP) – R$ 6.317.985,00

RORAIMA
Governador: Dr. Petrônio (PHS) – R$ 1.140.000,00
Vice: Chico Rodrigues (DEM) – R$ 1.939.730,56
Vice: Marília Pinto (PSB) – R$ 1.352.583,38

TOCANTINS
Governador: Carlos Gaguim (PMDB) – R$ 2.976.292,19

NORDESTE

ALAGOAS
Governador: Fernando Collor (PTB) – R$ 7.724.383,41
Governador: Teotônio Vilela (PSDB) – R$ 14.623.903,60
Vice: Nonô (DEM) – R$ 4.271.390,87

BAHIA
Governador: Geddel Vieira Lima (PMDB) – R$ 3.798.442,64
Governador: Jaques Wagner (PT) – R$ 1.041.452,92
Governador: Paulo Souto (DEM) – R$ 1.179.101,70
Vice: Otto Alencar (PP) – R$ 1.853.375,98
Vice: Nilo Coelho (PSDB) – R$ 22.233.424,25

CEARÁ
Governador: Lúcio Alcântara (PR) – R$ 1.438.423,53
Vice: Claudio Vale (PPS) – R$ 12.161.081,06
Vice: Pedro Fiuza (PSDB) – R$ 38.927.749,28

MARANHÃO
Governador: Roseana Sarney (PMDB) – R$ 7.838.530,34

PARAÍBA
Governador: José Maranhão (PMDB) – R$ 7.429.880,68

PERNAMBUCO
Governador: Jarbas Vasconcelos (PMDB) – R$ 1.241.560,85
Governador: Sérgio Xavier (PV) – R$ 1.809.920,00
Vice: Mirian Lacerda (DEM) – R$ 1.518.981,06
Vice: João Lyra (PDT) – R$ 1.669.670,09

PIAUÍ
Governador: Wilson Martins (PSB) – R$ 2.881.888,50
Vice: Flávio Nogueira (PDT) – R$ 1.137.314,09
Vice: Morais Filho (PMDB) – R$ 1.083.151,98
Vice: Sá Filho (PSDB) – R$ 1.684.816,38

RIO GRANDE DO NORTE
Governador: Carlos Eduardo (PDT) – R$ 3.076.019,23
Governador: Iberê (PSB) – R$ 2.436.470,15
Vice: Alvaro Dias (PDT) – R$ 1.048.562,57
Vice: Robinson Faria (PMN) – R$ 3.708.882,88

SERGIPE
Governador: João Alves (DEM) – R$ 1.038.102,47

SUDESTE

MINAS GERAIS
Governador: Hélio Costa (PMDB) – R$ 1.347.805,42
Vice: Alberto Pinto Coelho (PP) – R$ 2.267.902,72
Vice: Leonardo Mattos (PV) – R$ 1.052.000,00

SÃO PAULO
Governador: Celso Russomanno (PP) – R$ 1.129.077,00
Governador: Skaf (PSB) – R$ 10.838.896,75
Vice: Afif Domingos (DEM) – R$ 49.211.803,00
Vice: Dra. Marianne Pinotti (PSB) – R$ 1.225.580,51

RIO DE JANEIRO
Vice: Márcio Fortes (PSDB) – R$ 4.442.412,71

SUL

PARANÁ
Governador: Osmar Dias (PDT) – R$ 5.191.343,40
Governador: Beto Richa (PSDB) – R$ 4.238.112,00
Governador: Rocha Loures (PMDB) R$ 1.669.227,00

RIO GRANDE DO SUL
Governador: Tarso Genro (PT) – R$ 2.972.627,05
Vice: Pompeo de Mattos (PDT) – R$ 1.430.812,21

SANTA CATARINA
Governador: Angela Amin (PP) – R$ 1.646.754,53
Governador: Raimundo Colombo (DEM) – R$ 1.812.700,35


Fonte: Congresso em Foco com base em levantamento na página do TSE.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A campanha contra a corrupção

Congresso do Brasil
Limpar

A campanha contra a corrupção
08 de julho de 2010 São Paulo

CRIME ORGANIZADO assume diversas formas no Brasil. Um deles é a política , um comércio lucrativo. Dos 513 membros da câmara baixa do Congresso , 147 enfrentam acusações criminais no Supremo Tribunal Federal ou estão sob investigação , eo mesmo vale para 21 dos 81 senadores , de acordo com Congresso em Foco , um site que funciona como um cão de guarda . Alguns , ninguém sabe ao certo quantos , já foram condenados em tribunais inferiores. A maioria dos crimes envolvem quer violar leis de financiamento de campanha ou roubando dinheiro público.

Até agora, os políticos tiveram pouco para se preocupar. Embora a lei foi alterada para limitar a imunidade parlamentar para a corrupção , a justiça brasileira está doente. Os políticos têm o direito de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal , mas em muitos casos, anuladas antes de serem ouvidas. Quando o Supremo Tribunal Federal , recentemente condenado a dois políticos de corrupção , foi o primeiro processo bem sucedido desde que a democracia foi restaurada em 1985. Uma vez que os legisladores que estão impeachment perdem o direito de concorrer a um cargo , muitos desses problemas graves simplesmente resignar -se preventivamente . Eles, então, ficar na próxima eleição e ir direto para trás ao negócio .

Mas uma nova lei aprovada no mês passado desqualificará de cargos políticos por oito anos, todos os condenados por crimes graves , bem como aqueles cujas demissões foram motivadas pelo desejo de evitar o impeachment , conforme determinado pelos tribunais eleitorais . Para desgosto de alguns desses vergonha em votar a favor da medida , o juiz eleitoral determinou que a lei não se aplica apenas para as pessoas condenadas no futuro, mas também para aqueles que já têm antecedentes criminais e aqueles que renunciou sob uma nuvem durante o Congresso atual.

Completamente como uma lei ampla rede novo elenco não é clara. Dois políticos condenados por crimes ganharam liminares provisórias de juízes do tribunal supremo , que, se confirmado, seria permitir que eles se registrar candidaturas. E os políticos acusados de corrupção bem documentado que ainda têm de ser condenado pode ser capaz de rastejar de volta ao escritório , nas próximas eleições em outubro.

No entanto, algumas figuras notórias podem ser forçado a sair. Incluem Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo que foi condenado por " má administração "( um termo genérico usado para ofensa todos os funcionários suspeitos de corrupção ), e é procurado por um procurador de Nova York por lavagem de dinheiro . O mesmo vale para Joaquim Roriz , que renunciou ao cargo de senador para Brasília em 2007 após ser acusado de roubar 223m reais ( US $ 120 milhões ) de um banco estatal . Mas Jader Barbalho , que renunciou ao Senado em 2001, mais denúncias de corrupção e enfrenta seis acusações separadas no Supremo Tribunal Federal , não foi condenado. Eleito como vice em 2002, é provável que ele suporte para o escritório no Pará, um estado da Amazônia, este ano.

A lei , apelidada Ficha Limpa (" limpar disco " ), equivale a "uma revolução ", diz Sylvio Costa do Congresso em Foco . É o resultado de uma petição ao Congresso Nacional , assinado por cerca de 1,5 cidadãos, e foi aprovada em tempo recorde. Segue-se o fracasso de uma série de contas -reforma política no Congresso .

Mesmo que alguns dos políticos questionaram convencer os tribunais estaduais eleitoral para registrar suas candidaturas , os eleitores podem ser menos indulgente. David Fleischer , cientista político da Universidade de Brasília , aponta que dos 69 deputados acusados de desviar dinheiro de contratos de ambulância em 2006 , apenas cinco mantiveram os seus lugares em que a eleição do ano. Desta vez, alguns deles não podem sequer entrar nas urnas .

As Américas

http://www.economist.com/node/16542611?story_id=16542611&fsrc=scn/tw/te/rss/pe

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Twitter assumiu papel de protagonista nestas eleições

Twitter acirra intrigas políticas
Foi no microblog que indiscrição de Jefferson sobre vice de Serra deflagrou crise com DEM
04 de julho de 2010

Lucas de Abreu Maia - O Estado de S.Paulo

O Twitter assumiu papel de protagonista nestas eleições antes mesmo de a campanha começar. Mas não da forma que os candidatos esperavam. Inicialmente pensado como um palanque para conquistar o eleitor jovem, o microblog transformou-se em espaço para intrigas políticas, comentários pessoais, cutucões virtuais e bate-boca online - ou, como preferiu definir o presidente do PT, José Eduardo Dutra, "bate-dedos".


Hoje, são muitos os políticos com perfil no site. Vão de deputados e senadores aos candidatos à Presidência, passando por lideranças partidárias. E o que surgiu como ferramenta de campanha transformou-se em hábito. "Já há algum tempo tento ser mais jovem e faço esforço para participar dessas redes", conta o presidente do PPS, Roberto Freire (@freire_roberto, 3.475 seguidores), um dos mais ativos no Twitter. "Às vezes eu tenho de tomar um certo cuidado para não virar a noite, porque você fica lendo e perde a noção."

Freire já atuou em algumas das polêmicas do Twitter. Durante a semana, chegou a ter uma breve discussão com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (@paulo_bernardo, 5.847 seguidores), sobre o crescimento econômico do País. "Mas o Paulo Bernardo é um petista democrático, é bom discutir com ele", minimiza Freire, acrescentando que já teve de bloquear alguns usuários "com quem não há a menor condição de interagir".

Indiscrição. A escolha do vice de José Serra (PSDB) foi a primeira crise com raízes no Twitter nas eleições deste ano. Seu estopim foi um tweet - texto de no máximo 140 caracteres -, postado no perfil do presidente do PTB, Roberto Jefferson (@blogdojefferson, 3.804 seguidores). "Falei agora com o Sergio Guerra. O vice será o Alvaro Dias", tuitou, antes que a notícia chegasse aos aliados do DEM. "Esqueci que sou político, agi como tuiteiro", explica Jefferson, que garante: "Eu não cometo excessos."

O anúncio antecipado gerou reações imediatas dentro e fora da rede. Líderes do PSDB e do DEM correram ao microblog a para comentar - uns para defender a escolha, outros para criticá-la. Quando os tucanos retrocederam e apontaram o deputado fluminense Índio da Costa (@depindiodacosta, 39.153 seguidores), mais uma vez foi no Twitter que a notícia chegou primeiro.

Jefferson conta que entrou "firme" no Twitter "há uns 30 dias". "Achei uma coisa excelente, você dá uma tuitada e já fica esperando as reações. É como se fosse uma pesquisa de tracking", comenta, empolgado. Ele é um dos políticos mais ativos na rede, com uma média de 14 tweets por dia. "Se você fizer um comentário ruim, se entrar errado, na mesma hora vai ver as reações", diz.

Petistas também já provaram o lado amargo do microblog. Em abril, o tuiteiro Marcelo Branco (@marcelobranco, 6.225 seguidores) - responsável na campanha de Dilma Rousseff (PT) pela mobilização de internautas - causou desconforto ao criticar a Rede Globo em sua página.

Dutra (@zedutra13, 3.334 seguidores) protagonizou uma troca de farpas via Twitter com o jornalista Ricardo Noblat. Ao se afastar da discussão, Dutra tuitou: "Caraca, esse negocio vicia mesmo. Estava no circo, sem bateria, e quase em crise de abstinência."

Notívagos. O horário de maior atividade dos políticos tuiteiros é à noite, depois das 21 horas. Já se tornou tradição, às vésperas da divulgação de nova pesquisa eleitoral, políticos passarem madrugadas estimando os resultados. Com a velocidade típica da rede, com frequência notícias falsas ganham destaque. "Aquilo tem uma velocidade muito grande, é uma Babel", opina Freire.

Por vezes, os comentários políticos dão lugar a recomendações musicais, detalhes da rotina ou - em tempos de Copa do Mundo - análises futebolísticas. "Acho que está constatado que existe um certo voyeurismo tuítico", avalia Alfredo Sirkis (@alfredosirkis, 1.561 seguidores), vice-presidente do PV e um dos coordenadores da campanha de Marina Silva. "As pessoas se interessam por aspectos da rotina e pela vida pessoal das figuras públicas. Mas sou da velha escola, não misturo público com privado." No entanto, opina: quem fala da própria vida no microblog ganha seguidores. "Isso, aliás, faz muito sucesso."

Os três principais candidatos à Presidência também têm perfil na rede. José Serra (@joseserra_, 275.712 seguidores) é o mais participativo. Notívago confesso, ele costuma escrever nas madrugadas, quando envia vários tweets em sequência. Serra se mostra familiarizado com a linguagem típica do microblog e usa abreviaturas como "rs" (risos). Fala de música e futebol, mas principalmente comenta sua agenda de campanha. Ele já prometeu que continuará a escrever no site, se for eleito.

Dilma Rousseff (@dilmabr, 99.479 seguidores) é a candidata que menos escreve e restringe seus tweets aos compromissos de campanha. Marina Silva (@silva_marina, 81.506 seguidores) é a presidenciável que usa o Twitter há mais tempo. Ela evita falar da vida pessoal, mas nos jogos do Brasil na Copa foi uma das tuiteiras mais assíduas, comentando os jogos em tempo real.


Jornal O Estado de SP

quinta-feira, 1 de julho de 2010

PSB lança candidatura de Paulo Skaf ao governo de São Paulo

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1291396-7823-PSB+LANCA+CANDIDATURA+DE+PAULO+SKAF+AO+GOVERNO+DE+SAO+PAULO,00.html
O Partido Socialista Brasileiro contra o com apoios do PSL, Partido Social Liberal. A convenção dos partidos aconteceu neste domingo (27). Skaf acredita na experiência da administração privada.