domingo, 27 de fevereiro de 2011

Kassab admite que avalia convites de PSB e PMDB

SÃO PAULO (Reuters) - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou na sexta-feira que ainda não definiu seu futuro político, mas admitiu que avalia os convites para se transferir para o PSB ou o PMDB.

Se optar por um deles, Kassab sairia de uma sigla oposicionista para uma legenda da base do governo da presidente Dilma Rousseff.

Ele afirmou que a decisão será tomada após a convenção do Democratas, em 15 de março, que vai eleger uma nova direção, e que seria uma "deselegância muito grande" tratar do assunto agora.

O prefeito reuniu-se nesta sexta, em São Paulo, com a presidente Dilma e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para tratar da Copa do Mundo de 2014.

"Existe um convite feito de forma muito respeitosa pelo governador Eduardo Campos (presidente do PSB) e pelo (vice-presidente) Michel Temer (presidente licenciado do PMDB) para que no caso de identificarmos uma hipótese de saída do DEM eu possa examinar... a filiação, seja no PSB ou no PMDB", afirmou Kassab a jornalistas.

O prefeito disse ainda que haveria convites de outros partidos, sem identificá-los, e que consultará deputados e militantes do DEM antes de tomar uma decisão.

Segundo Kassab, ele pretende se reunir com os líderes do Democratas Jorge Bornhausen (SC), Marco Maciel (PE) e José Agripino (RN) depois da convenção do partido para discutir seu futuro político. Agripino vai disputar a presidência do DEM em chapa única.

Kassab está em busca de mais espaço político, o que inclui se candidatar ao governo paulista em 2014. Eleito pelo oposicionista DEM, no entanto, ele poderia perder o mandato de prefeito se o partido requisitar, no caso de ele mudar de sigla.

Além de dialogar com outros partidos, ele pode fundar um novo, levando junto seus correligionários.

Antes do encontro com o governador e o prefeito, Dilma almoçou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e o ministro do Esporte, Orlando Silva, acompanharam a presidente em São Paulo.

(Reportagem de Carmen Munari)

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