quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

GOVERNO DE SP NÃO CUMPRE ORDEM JUDICIAL 1

http://www.youtube.com/watch?v=nrSNEEuT1Rk

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lula volta a cobrar do PT em SP abertura para alianças



Lula volta a cobrar do PT em SP abertura para alianças
"A gente perdia as eleições porque o PT era metido a besta, não fazia alianças políticas", diz
ANNE WARTH - Agencia Estado

Hélvio Romero/AE
Lula e a ministra interina da Saúde, Márcia Bassit, na inauguração de Unidade de Pronto AtendimentoSÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou hoje a alertar os integrantes do PT em São Paulo para o risco de o partido perder as eleições no Estado caso não sejam feitas alianças com outros partidos. Durante discurso na inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila São Pedro, em São Bernardo do Campo (SP), Lula disse que a eleição do petista Luiz Marinho para a prefeitura do município, em 2008, foi resultado de alianças que o sindicalista costurou durante o processo eleitoral."Como Deus escreve certo por linhas tortas, o companheiro (Luiz) Marinho conseguiu se eleger. Antes, a gente perdia as eleições porque o PT era metido a besta, queria sair sozinho, não fazia alianças políticas", afirmou o presidente. "Marinho, mais adulto e maduro, resolveu costurar uma aliança política e procurou outros partidos que ajudaram a elegê-lo prefeito de São Bernardo. Deus deu sua ajuda. Agora depende de nós."Na semana passada, Lula já havia considerado um grave erro o fato de o PT nunca ter repetido um candidato ao governo de São Paulo. Na ocasião, ele também criticou a política de alianças do partido no Estado, sempre "pela esquerda" (com partidos de esquerda) e sempre sem conseguir passar dos 30% das intenções de voto. "É a soma do zero com o zero", criticou. "Somos nós com nós mesmos."O presidente Lula é favorável a uma aliança no Estado entre PT e PSB, encabeçada pelo pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PSB-CE), para disputar a sucessão no Palácio dos Bandeirantes em 2010. As principais lideranças petistas no Estado, contudo, são avessas à possibilidade de o partido ceder espaço e deixar de disputar como cabeça de chapa as eleições estaduais.Hoje, o prefeito de São Bernardo afirmou, no entanto, acreditar na formação de uma chapa apoiada pelo PT e encabeçada por Ciro. Segundo ele, a dificuldade do partido com alianças faz parte do passado. "No governo de São Paulo, estamos trabalhando fortemente para a construção de uma aliança para o ano que vem. Eu particularmente enxergo a possibilidade da costura da maior aliança no Estado de São Paulo na história do PT. Uma das possibilidade é com Ciro na cabeça de chapa", afirmou.


O Estado de S. Paulo de 30 de dezembro 2009

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Lula é uma das 50 pessoas que moldaram a década



Lula é uma das 50 pessoas que moldaram a década, diz jornal
Segundo Financial Times, presidente combina 'charme e habilidade política' em suas relações com outros líderes

Celso Junior/Agência Estado
Lula é 'o líder mais popular da história do Brasil', segundo o jornalLONDRES - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi escolhido pelo jornal britânico Financial Times como uma das 50 personalidades que moldaram a última década. Segundo o diário, Lula entrou na lista porque "é o líder mais popular da história do Brasil". "Charme e habilidade política sem dúvida contribuem (para sua popularidade), assim como a baixa inflação e programas de transferência de renda baratos, mas eficientes", diz o jornal. "Muitos, inclusive o FMI, esperam que o Brasil se torne a quinta maior economia do mundo até 2020, trazendo uma mudança duradoura na ordem mundial." Vilões Ainda no campo da política, o Financial Times também destaca como as personalidades mais influentes da década o presidente do Irã, Mahmoud Ahamadinejad; o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; a chanceler alemã Angela Merkel; o ex-presidente e atual primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin; e o presidente da China, Hu Jintao. O jornal selecionou também o que chamou de "alguns vilões" que acabaram por determinar o curso da história destes últimos dez anos, como o líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden, e o ex-presidente americano George W. Bush. A lista do diário britânico também inclui personalidades das áreas de negócios, economia e cultura. Muitas delas refletem o crescimento e o fortalecimento da internet e das novas tecnologias, como os empresários Jeff Bezos, da loja virtual Amazon; Meg Whitman, do eBay; Larry Page e Sergey Brin, do Google; Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams, do Twitter; Mark Zuckerberg, do Facebook; e Steve Jobs, da Apple. Outras figuras foram eleitas pelo jornal britânico pelo mérito pessoal de terem se tornado ícones mundiais em suas áreas, como a escritora JK Rowling, autora dos livros do personagem Harry Potter; o jogador de golfe Tiger Woods; a apresentadora americana Oprah Winfrey; o diretor japonês de desenhos animados Hayao Miyazaki; o produtor de TV John De Mol, criador da fórmula do Big Brother; e os astros da música Beyoncé e Jay-Z. "Listas como estas são subjetivas e, de certa maneira, arbitrárias, mas tentamos capturar indivíduos que tiveram um grande impacto no mundo ou em sua região - para o bem ou para o mal", explicou o jornal.

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O Estado de S. Paulo de 29 de dezembro de 2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Lula fala com chefe da ONU e pede esforço para acordo de clima


Foto arquivo mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursando em sessão plenária da ONU sobre mundanças climáticas em 2009 em Copenhague no dia 18 de dezembro. Lula pediu nesta segunda-feira ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que mantivesse os esforços para avançar nas negociações sobre um acordo para deter as mudanças climáticas.
REUTERS/Bob Strong


Lula fala com chefe da ONU e pede esforço para acordo de clima
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009 13:06


BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que mantenha os esforços para avançar nas negociações sobre um acordo para deter as mudanças climáticas.
O pedido foi feito durante um telefona do secretário-geral da ONU ao presidente Lula, segundo uma fonte do governo brasileiro. A conversa, que durou cerca de 10 minutos, ocorreu 10 dias depois do fim da reunião da ONU sobre mudança climática, na Dinamarca, que terminou sem acordo sobre um novo pacto climático para suceder o Protocolo de Kyoto.
Lula e o chefe da ONU não classificaram como fracasso o resultado da reunião de Copenhague e combinaram que seguirão conversando sobre o tema para buscar avanços nas negociações de um acordo, segundo a fonte. Na conferência de Copenhague ficou acertado o compromisso de tentar um novo pacto mundial até o fim de 2010.
Em discurso de improviso no último dia da reunião, o presidente Lula se declarou frustrado com a falta de consenso entre as nações participantes.
Segundo a fonte, Lula disse ainda a Ban Ki-moon que considera a ONU o foro adequado para tratar da questão climática.
(Por Fernando Exman)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Lula é escolhido o homem do ano pelo Le Monde

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1181078-7823-LULA+E+ESCOLHIDO+O+HOMEM+DO+ANO+PELO+LE+MONDE,00.htmlhttp://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1181078-7823-LULA+E+ESCOLHIDO+O+HOMEM+DO+ANO+PELO+LE+MONDE,00.html

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

CIRO GOMES é um nome forte a ponto de desestabilizar os demais candidatos


Mercadante recua: diz que não ofendeu Ciro
Senador explica que se enganou ao falar que ele "tomou o pau-de-arara errado".
Agência Estado - 22/12/2009 - 22h33


Lucas Lacaz Ruiz/AOG
Mercadante: "A mãe de Ciro é de Pindamonhangaba, pegou a direção contrária, foi para o nordeste".Depois de dizer que renunciaria "em caráter irrevogável" ao cargo de líder do Governo no Senado por causa do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), e não ter renunciado, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), recuou em mais uma declaração. Ele afirmou ontem que não quis discriminar ninguém quando, numa entrevista à Rádio Jornal, do Recife, ao se referir à transferência do domicílio eleitoral do deputado Ciro Gomes (PSB) do Ceará para São Paulo, comentou que ele "tomou o pau de arara errado". Nascido em Pindamonhangaba (SP), filho de mãe paulista e pai cearense, ambos professores da rede pública, Ciro Gomes foi para o Ceará aos quatro anos de idade.

Mercadante admitiu que pode ter se enganado ao repetir a frase que, segundo ele, ouviu do próprio Ciro, ao trocar a qualificação do pau de arara, de "contrário" para "errado".

"Não tem nenhum juízo de valor. O que eu disse é que tivemos mais de 30 milhões de nordestinos que vieram para o sul e sudeste no conhecido pau de arara, por sinal como ocorreu com (o presidente )Lula e família", justificou. "A mãe de Ciro é de Pindamonhangaba, pegou a direção contrária, foi para o nordeste e ele se considera um nordestino culturalmente", disse Mercadante.

Para o líder, Ciro Gomes tem todas as condições de ser candidato ao governo ou à Presidência da República, embora defenda a formação de uma aliança ampla em torno da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

"São nove partidos que discutem a possibilidade dessa aliança. Estamos abertos a construir essa alternativa e o Ciro é uma oportunidade, ajuda a construir essa possibilidade em São Paulo".

Pelas suas previsões, a disputa do próximo ano repetirá novamente a polarização entre o PT e o PSDB, o que deixaria o PSB de fora, no caso de o deputado se lançar candidato. "A avaliação dele (Ciro Gomes) é que duas candidaturas podem ajudar, é um direito democrático, mas eu preferiria uma candidatura só à Presidência".

Mercadante disse que vai procurar o presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para esclarecer eventuais ruídos provocados pela sua declaração. "Cabe ao PSB avaliar qual é a estratégia, que vamos respeitar. Não estivemos juntos na outra eleição, saímos separados e depois nos juntamos no segundo turno", afirmou.

PT com Roseana – Impensável num passado não muito distante, a aliança entre o PT e o PMDB no Maranhão está a um passo de ser consolidada. Motivo: o grupo petista favorável ao apoio à governadora Roseana Sarney venceu a eleição interna para o comando estadual do partido, numa disputa marcada por acusações de fraude entre os concorrentes.

Mesmo assim, a Executiva Nacional do PT decidiu ontem manter o resultado da eleição, com voto dos filiados, que deu a presidência da legenda no Maranhão ao ex-superintendente do Incra, Raimundo Monteiro.
Diário do Comércio de 22 d dezembro de 2009

Paulo Skaf do PSB procura PT para tentar sair candidato em SP


Paulo Skaf do PSB procura PT para tentar sair candidato em SP
AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A indefinição a respeito do candidato que representará o projeto do governo federal na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes no ano que vem levou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (PSB), a sair a campo para tentar diminuir a resistência do PT a seu nome. Skaf deu início à movimentação há mais de um mês, quando procurou o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP). Na conversa, ele pediu ao petista aval para conversar com líderes da legenda, na tentativa de amenizar as resistências ao seu nome.O próprio Berzoini se encarregou de passar a ele uma lista dos petistas que poderiam ser procurados para continuar a articulação. Skaf já conversou com o senador Aloizio Mercadante (SP) e com o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP). Procurou ainda o líder do PT na Assembleia paulista, Rui Falcão, ligado à ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, e se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recentemente na sede da Fiesp.A cúpula do PT defende a aliança com o PSB em São Paulo, desde que o candidato seja o deputado Ciro Gomes (PSB) - ideia, aliás, do próprio Lula, que se dá bem com Ciro. No entanto, o deputado resiste à ideia. No caso de Skaf, a história é bem diferente. O presidente da Fiesp não tem o respaldo da cúpula petista, isso sem contar a relação ruim com Lula no passado recente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Salário mínimo: Lula vai assinar MP com R$ 510

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1180207-7823-SALARIO+MINIMO+LULA+VAI+ASSINAR+MP+COM+R,00.html

Paulo Skaf é elogiado pelo presidente Lula, possível candidato do PSB ao Governo do Estado de São Paulo

Lula critica estratégia do PT paulista
Se quiser ganhar o governo de São Paulo, o partido tem que investir em alianças, argumenta Lula.
Agência Estado - 21/12/2009 - 21h24
Ailton de Freitas/AOG
"O PT precisa de um Zé Alencar como cara-metade. Ou então é a soma do zero com o zero", disse o Presidente Lula.Contrariado com os rumos da sucessão ao governo de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou, ontem, uma dura bronca no PT de São Paulo. Em café da manhã com jornalistas, Lula disse que o PT tem de fazer alianças com os diferentes partidos, se quiser ganhar as eleições do PSDB do governador José Serra. Os tucanos têm dois pré-candidatos no maior colégio eleitoral do País: os secretários Geraldo Alckmin (Desenvolvimento) e Aloisio Nunes Ferreira (Casa Civil).
"O PT precisa de um Zé Alencar como cara-metade", afirmou o presidente, numa referência ao vice-presidente da República. Dono da indústria têxtil Coteminas, uma das maiores do País, Alencar ajudou Lula a superar resistências e preconceitos no meio empresarial, na primeira campanha que levou a dupla ao Palácio do Planalto, em 2002. A dobradinha se repetiu na maratona pela reeleição, em 2006.
Lula disse que o PT sempre fez aliança "pela esquerda" em São Paulo e por isso não consegue passar dos 30% das intenções de voto. "É a soma do zero com o zero", criticou. "Somos nós com nós mesmos."
No diagnóstico do presidente, o PT "precisa entender" que um partido com 30% só ganhava eleição quando não havia segundo turno. "Foi assim que elegemos a Erundina, em 1988", argumentou, em alusão à ex-prefeita Luiza Erundina (1989-1992), que hoje é deputada pelo PSB.
Questão Ciro – Na prática, porém, o PT ainda continua refém do deputado Ciro Gomes (PSB-SP) em São Paulo. A pedido de Lula, o partido não lançou nem mesmo um pré-candidato à sucessão de Serra porque espera uma decisão de Ciro sobre seu destino político. O presidente gostaria que o PT desistisse da chapa própria no maior colégio eleitoral do País e apoiasse o seu ex-ministro da Integração, hoje deputado do PSB. Com a estratégia, tiraria Ciro do caminho da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.
Ciro, porém, resiste a esse projeto: diz que ou concorrerá à Presidência ou não disputará nada. Se o deputado não entrar no páreo, outros seis petistas se candidatam à vaga. O mais cotado, até agora, é o ex-ministro da Fazenda e deputado Antonio Palocci (PT-SP). O ministro da Educação, Fernando Haddad, também está de olho na cadeira de Serra.
Antes de dar conselhos ao PT, no café de ontem, Lula havia afirmado que não iria mexer no imbróglio paulista. "Tem muito cacique em São Paulo", brincou ele. Depois, não resistiu e considerou um grave erro o fato de o PT nunca ter repetido um candidato ao governo de São Paulo.
"Isso não é bom. O candidato começa com 5% e chega a 30% Na outra eleição, muda o candidato e começa tudo de novo. Se 30% elegesse alguém, ninguém precisava de aliados. Se você precisa de 50% mais um, tem que procurar os outros 20%. A palavra é aliança política", insistiu o presidente.
Foi nesse momento que Lula se referiu à conveniência de agregar "um segmento novo" ao PT e falou na dobradinha com um empresário. "Precisamos discutir com os partidos e saber quem tem esses 20% complementares. Não sei se é partido, empresário ou personalidade", ressalvou.
Nas fileiras do PSB, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, luta para obter a indicação do partido ao Palácio dos Bandeirantes. Mas também espera por uma decisão de Ciro. O PT admite, a contragosto, a possibilidade de apoiar o deputado, mas torce o nariz para Skaf.

Diário do Comércio de 21 de dezembro de 2009

"Não é peruca não. É cabelo normal", diz Lula sobre Dilma



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva olha para o seu vice, José Alencar, e para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rouseff, durante cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos. No Palácio do Itamaraty, Brasília, 21 de dezembro de 2009.
REUTERS/Roberto Jayme


"Não é peruca não. É cabelo normal", diz Lula sobre Dilma
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009 13:22


SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez gracejo nesta segunda-feira com a primeira aparição em público sem a peruca da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, desde a quimioterapia para tratar um câncer no sistema linfático.
"Vocês viram eu botando a mão no cabelo do Zé Alencar (o vice-presidente José Alencar). É que teve um tempo que tinha caído o cabelo do Zé Alencar. E vocês estão percebendo que a Dilma está de cabelo novo? Não é peruca não. É cabelo normal dela que voltou a se apresentar em público", disse Lula na abertura de um discurso.
Os dois participaram de cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos em Brasília. Dilma exibia cabelo encaracolado e curtinho e Lula disse que estava pedindo que ela tirasse a peruca há um mês.
Em setembro, os médicos que a acompanharam anunciaram que o tratamento contra o câncer tinha sido bem-sucedido e que a ministra estava livre da doença.
O diagnóstico de câncer foi anunciado em 25 de abril, quando os médicos informaram sobre a realização de um procedimento cirúrgico para retirada de um nódulo de 2,5 centímetros da axila esquerda. Na ocasião, disseram que ela tinha 90 por cento de chance de cura porque o tumor fora encontrado precocemente.
A pré-candidata à sucessão do presidente Lula pelo PT procurou manter suas atividades normais, mas chegou a ser hospitalizada em maio com fortes dores nas pernas, também decorrência da quimioterapia.
Quando deixou o hospital em São Paulo, admitiu pela primeira vez que usava uma "peruquinha básica" e reclamou do incômodo. "É muito chato peruca", comentou à época, prometendo que voltaria ao cabelo normal quando seu cumprimento estivesse parecido aos "dos masculinos", como classificou.
(Reportagem de Carmen Munari)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Lula recebe repúdio de empresários


Lula recebe repúdio de empresários
Sérgio Leopoldo Rodrigues - 20/12/2009 - 19h58

Patrícia Cruz/LUZ
"Como o presidente Lula tem força dos dois lados (capital e trabalho) poderá ajudar a buscar o que é melhor para o Brasil", Alencar Burti, da FacespO ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, entregará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje, a carta da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), que manifesta a posição da entidade contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 231/95, em tramitação no Congresso Nacional, que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e aumenta para 75% o valor da hora extra.


Miguel Jorge recebeu, na última sexta-feira, o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, e outros 11 dos 27 presidentes das federações que integram a CACB. Todas as federações, que representam mais de 2,2 mil associações comerciais (ACs), ratificaram o documento.


"O governo sempre teve sensibilidade em ouvir os empresários, conversar e negociar, ou seja, há uma disposição de estabelecer permanentes canais de diálogo", disse Miguel Jorge. O presidente da CACB enfatizou ao ministro a preocupação do empresariado brasileiro com os efeitos colaterais negativos no mercado de trabalho se a PEC for aprovada: "Deverá atingir em cheio as empresas, sobretudo, as micros, pequenas e médias, gerando mais desemprego e informalidade no País".


O perigo da automação – Alencar Burti, também presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), alertou que a redução da jornada elevará o custo da mão de obra forçando as empresas a aumentar a automação, o que reduzirá o pessoal empregado na produção. "Como o presidente Lula tem força dos dois lados (capital e trabalho) poderá ajudar a buscar o que é melhor para o Brasil", afirmou Burti.


Carga tributária – Os presidentes das demais federações presentes ao encontro salientaram que a aprovação da PEC aumentará também o Custo Brasil reduzindo a competitividade dos nossos produtos no mercado mundial, sobretudo, em relação aos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). "Já temos uma carga tributária e burocrática abusiva que tem grande impacto nos preços dos nossos produtos e serviços", afirmaram George Pinheiro, do Acre, e Sérgio Roberto Medeiros Freire, do Rio Grande do Norte.


Burti e Cairoli comunicaram ao ministro do Desenvolvimento que a CACB prosseguirá mobilizando as ACs de todo o Brasil para fazer pressão no Congresso Nacional contra a PEC, apesar das dificuldades impostas por um ano eleitoral que começa para valer em 2010. "Vamos pedir às associações comerciais que mostrem às empresas em seus municípios o perigo que representa a aprovação da redução da jornada para 40 horas semanais", afirmou Cairolli.


Presentes na reunião com Miguel Jorge os presidentes e diretores das federações de São Paulo, Rio Grande do Norte, Amazonas, Acre, Tocantins, Rio de Janeiro, Alagoas, Rio Grande do Sul, Bahia, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo.
Diário do Comécio de 20 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

Lula se diz frustrado com a falta de um acordo na Cop-15

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1178583-7823-LULA+SE+DIZ+FRUSTRADO+COM+A+FALTA+DE+UM+ACORDO+NA+COP,00.html

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lula volta a discursar na COP-15

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1178224-7823-LULA+VOLTA+A+DISCURSAR+NA+COP,00.html

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Alexandre Garcia comenta acordo na Câmara Legislativa do DF

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1177495-7823-ALEXANDRE+GARCIA+COMENTA+ACORDO+NA+CAMARA+LEGISLATIVA+DO+DF,00.html

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Deputados do DF decidem sair de férias em plena crise do mensalão

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1177093-7823-DEPUTADOS+DO+DF+DECIDEM+SAIR+DE+FERIAS+EM+PLENA+CRISE+DO+MENSALAO,00.html

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Lula antecipa ida a Copenhague e viaja nesta terça-feira

Beto Barata/AE

Lula antecipa ida a Copenhague e viaja nesta terça-feira

Presidente tinha previsto participar da cúpula nos dias 17 e 18; avião presidencial chega à noite na Dinamarca Efe Presidente Lula chega na noite desta terça-feira em Copenhague para a cúpula da ONUBRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou para esta terça-feira, 15, sua viagem para Copenhague para participar da Cúpula das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP15), informaram fontes oficiais. Lula partiu de Brasília às 8h (horário local) e deve chegar à capital dinamarquesa à noite, segundo a agenda divulgada pelo Palácio do Planalto, que não deu mais detalhes da visita. Inicialmente, o presidente tinha previsto chegar a Copenhague entre os dias 17 e 18 para participar da conferência de presidentes que encerrará a COP15. O Brasil levou para a Dinamarca uma delegação de 700 pessoas, entre representantes do Governo, políticos e cientistas.
O Estado de S. Paulo de 15 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Empório Brasil: cada um no seu estilo


Empório Brasil: cada um no seu estilo
Sergio Kapustan - 13/12/2009 - 21h49

Tradição gastronômica do Natal, o panetone mudou seu simbolismo no Brasil com o escândalo de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda, e seu vice, Paulo Octávio. Mas já antes de a iguaria italiana entrar para a história do País, monarcas e políticos brasileiros tiveram os nomes associados à culinária e à bebida – por excesso, paladar, esperteza calculada ou deslize.

Em cada período histórico, os prazeres da mesa e de bebericar um destilado, por exemplo, foram explorados de forma jocosa. Também funcionaram como instrumentos de marketing e de habilidade política, quando não de ostentação de poder.

Marco da história do Brasil, a vinda da família real portuguesa, em 1808, ficou associada a um fato controverso. Casado com a rainha Carlota Joaquina, mulher de temperamento forte e hábitos pouco familiares, o rei D. João VI tinha o estranho hábito de carregar coxas de galinha nos bolsos e devorá-las quando lhe batia a fome.




Com a República, o País começou a conhecer os hábitos privados dos políticos por meio da mídia. Duas vezes presidente da República, Getúlio Vargas foi fotografado várias vezes em momentos de reclusão com bombacha de gaúcho e bebendo o típico chimarrão do Rio Grande do Sul.

Jânio, mortadela e poire – Apontado por especialistas com um fenômeno de marketing pessoal, Jânio Quadros lançou a vassoura na política para varrer a corrupção. Mas a sua trajetória também ficou marcada pelo gosto da bebida, pela caspa artificial nos ombros e pelo sanduíche de mortadela que, guardado no bolso do paletó, era exibido em comícios para mostrar sua origem popular.

Da mesma época de Jânio, Ulysses Guimarães pegou na bebida com elegância. Antigos aliados do PMDB recordam, que as reuniões e os jantares sempre incluíam uma garrafa de "poire" – aguardente de pêra. Era consumida pelos companheiros, entre eles, Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos e Tancredo Neves. O círculo de peemedebistas ficou conhecido como a "turma do poire".


Collor e Logan – Primeiro presidente eleito pelo voto direto após a redemocratização, Fernando Collor de Mello abriu a economia do País e, como Jânio, soube explorar sua imagem pessoal.
A Casa da Dinda, por exemplo, residência oficial de seu curto governo e alvo de denúncias envolvendo o esquema PC, ficou conhecida pelas corridas dominicais e por oferecer uísque Logan às visitas.
Após a queda de Collor, o vice Itamar Franco assumiu o cargo. Mineiro, Itamar recebia os amigos no final do expediente com pão de queijo acompanhado de scotch.

Era Lula – Líder sindical, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alvo de comentários por exagerar no consumo de bebida alcoólica durante sua trajetória política.
Ao ocupar a presidência, a situação não se alterou. A ocasião mais séria ocorreu em 2004, quando o jornalista Larry Rohter, do The New York Times, publicou uma matéria sobre o hábito de beber do presidente que, segundo ele, preocupava o País.
Irritado com a reportagem, o governo Lula suspendeu temporariamente o visto do correspondente e pretendia expulsá-lo. A repercussão do caso foi internacional, mas a expulsão não se consumou. Rother deixou o Brasil em 2007.
Na campanha de 2002, Lula foi personagem de outro fato curioso envolvendo bebida. Empolgado com o desempenho do então candidato petista no último debate do primeiro turno, o publicitário Duda Mendonça o presenteou com uma garrafa do vinho tinto francês Romanée Conti – um dos melhores e mais caros do mundo. O precioso vinho foi servido no restaurante Osteria Dell'Angolo, em Ipanema, no Rio de Janeiro. A imponente garrafa vazia foi exposta no estabelecimento até outubro, quando foi roubada.
Outra tradição da cultura italiana – a pizza – está indelevelmente presente na vida do PT e de forma simbólica. Em 2006, a então deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) fez a "dança da pizza" durante a votação da cassação do deputado João Magno (PT-MG). Ele foi acusado de se beneficiar do esquema do valerioduto. Foi absolvido, mas não conseguiu se reeleger. Nem ela: dançou, na pior acepção da palavra – nunca mais teve voto suficiente para assumir cargo no legislativo.




Diario do Comercio de 14 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

Lula é o líder melhor avaliado na América Latina

REUTERS/Edwin Montilva

Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega norte-americano, Barack Obama, são os líderes melhor avaliados na América Latina, enquanto que o ex-presidente cubano Fidel Castro e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, são os piores, revelou uma pesquisa do Latinobarómetro nesta sexta-feira. (Foto arquivo)
Lula é o líder melhor avaliado na América Latina, diz pesquisa
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009 16:36
SANTIAGO (Reuters) - Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega norte-americano, Barack Obama, são os líderes melhor avaliados na América Latina, enquanto que o ex-presidente cubano Fidel Castro e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, são os piores, revelou uma pesquisa do Latinobarómetro nesta sexta-feira.
De uma classificação que vai de um a dez, Obama recebeu 7, a mais alta, enquanto Lula ficou com 6,4.
O rei Juan Carlos da Espanha conseguiu 5,9 e o chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, 5,8.
Entre os líderes que foram melhor avaliados estão a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em quarto lugar com 5,8, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, com 5,4, e o uruguaio Tabaré Vázquez, com 5,3.
O presidente paraguaio, Fernando Lugo, e o equatoriano Rafael Correa, tiraram 5 cada.
Entre os pior avaliados estão o presidente boliviano, Evo Morales, que tirou 4,8, e sua colega argentina, Cristina Fernández, com a mesma nota. O peruano Alan García recebeu 4,7.
O ex-líder cubano Fidel Castro recebeu 4, enquanto o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ficou com a pior nota da pesquisa, 3,9.
Com relação à avaliação, as diferenças são dadas, sobretudo, por questões econômicas. "Essa é a diferença das reformas e políticas macroeconômicas praticadas na América Latina nos últimos anos", disse Marta Lagos, diretora do Latinobarómetro.
"Não estamos diante de cidadãos ingênuos, que não reconhecem as dificuldades do dia atual, por toda a pesquisa vemos como os cidadãos percebem os problemas da crise", explicou a analista.
A avaliação, incluída na pesquisa e publicada na sexta-feira em Santiago, no Chile, considerou 20.204 entrevistas em 18 países entre 1o de setembro e 26 de outubro, com uma margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
(Reportagem de Alvaro Tapia)

Lula estremece relação entre PT e PMDB

REUTERS/Mariana Bazo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve hoje em visita ao Peru, onde se reuniu com o presidente Alan Garcia.

Frase de Lula estremece relação entre PT e PMDB de Temer
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009 18:17

Por Natuza Nery e Fernando Exman
BRASÍLIA (Reuters) - Quando tudo parecia tranquilo, um repentino sabor amargo surgiu no noivado entre PMDB e PT e acendeu um sinal amarelo na desejada aliança para eleger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência.
De forma extemporânea, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu na quinta-feira uma lista tríplice do PMDB para escolha do vice, e acabou ferindo o presidente licenciado da legenda, deputado Michel Temer (SP), hoje no comando da Câmara Federal e principal cotado na dobradinha.
A declaração golpeou frontalmente o líder da sigla, fundamental para carimbar o consórcio governista no ano que vem, e maculou o recente período de tranquilidade entre as duas legendas.
Só o tempo e os movimentos do Palácio do Planalto dirão se essa mácula correrá indelével até a convenção nacional do PMDB, em junho, com potencial de melar o jogo da unidade.
Segundo integrantes da sigla, Temer foi publicamente preterido apenas dias depois de ser citado, sem provas, em denúncias de receber dinheiro indevido da construtora Camargo Corrêa e de ser beneficiário do propinoduto supostamente comandado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM).
Temer atribui a setores próximos ao presidente notinhas apócrifas nos jornais dando conta de seu enfraquecimento.
"A leitura é de que eles (governo) estão afastando o Temer, sinalizando o afastamento dele como o nome natural do partido para assumir a vaga de vice", disse uma fonte do PMDB.
"Lista tríplice? O que é isso, eleição para reitor de universidade?", questionou a mesma fonte.
Temer é o principal articulador da aliança e vem afirmando nunca ter colocado seu nome na posição de vice para viabilizar o casamento com o PT, mas sim de que o posto preferencial é do PMDB.
O Planalto ficou preocupado com a repercussão negativa e iniciou uma operação para reverter a situação. O ministro Franklin Martins, um dos mais fortes da Esplanada, telefonou a Temer para acalmá-lo e prometeu uma ligação do próprio Lula nas próximas horas.
BERZOINI DESAUTORIZA
Num sinal de que o problema atingiu em cheio as negociações para a formação da chapa, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), saiu a campo para tentar reduzir o constrangimento gerado no PMDB pela presidente: afirmou que Lula não falou pelo PT.
"Não houve nenhum tipo de encaminhamento nesse sentido (de lista tríplice) e quem está conduzindo as conversas com o PMDB é o PT. Eu já liguei para o Michel Temer e para o Henrique Eduardo Alves (líder do PMDB na Câmara) e já disse que isso não corresponde à posição do PT", destacou Berzoini.
"Chapa se compõe sempre pelo entendimento de dois lados. Nós estamos indicando a Dilma. Se eles tiverem alguma opinião em relação à Dilma, eles têm que dizer e vice-versa. Até agora, todas as conversas são o seguinte: quem indica o vice é o PMDB", acrescentou.
Berzoini disse acreditar que a operação realizada nesta sexta tenha contornado a situação. Para os peemedebistas, entretanto, o assunto não foi encerrado.
Nenhum integrante da cúpula comandada por Temer diz que o atual capítulo da crise se encerra com "um telefonema".
"É preciso mais que isso, pois não resolve a questão. É preciso ver ao longo do tempo se muda o comportamento", disse um dos peemedebistas consultados.
Um auxiliar de Lula disse, na condição de anonimato: "Nós vamos resolver isso".
A tarefa, no entanto, será árdua. Durante seu comentário, dado a duas rádios do Maranhão, o presidente da República afirmou que o vice precisa ter afinidade com a futura candidata, e é justamente esse o condimento que falta à relação do peemedebista com Dilma Rousseff.
O comentário de Lula desidrata Temer internamente, sobretudo num cenário de partido dividido entre um eventual apoio ao pré-candidato tucano, José Serra, e a hipótese remota de candidatura própria. O episódio dá robustez justamente à dissidência do PMDB.
Reforça também especulações sobre outros nomes que poderiam ocupar a vaga de vice na chapa de Dilma, o que a cúpula peemedebista encabeçada por Temer quer evitar. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, recém-filiado, e os ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e Hélio Costa (Comunicações) são frequentemente citados como possíveis alternativas ao nome do presidente da Câmara.
A relação de Michel Temer com Lula foi ruim nos quatro primeiros anos do governo. Ele representava a ala oposicionista do partido, enquanto Lula se ancorava no apoio de outros setores, comandados pelos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL) e o deputado Jader Barbalho (PA).
A paz acabou celebrada no segundo mandato. De fato, a convivência com o PMDB se tornou mais fluida no Congresso desde então, a ponto de Michel Temer patrocinar o acordo com o PT em setembro deste ano.
Apesar dessa aproximação, o convívio foi sempre distante e formal.
JUNHO, O MÊS DA DEFINIÇÃO
O rito e a prudência política rezam que a composição da chapa só pode vir após a convenção nacional peemedebista, onde a correlação interna de forças pode se configurar diferente da atual. Por meio de comunicado divulgado nesta sexta, o líder do PMDB na Câmara lembrou essa questão.
Henrique Eduardo Alves afirmou que a declaração do presidente "não bate à porta do PMDB" e fica nos "imprevisíveis caminhos que levarão à eleição presidencial".
"É o debate, é a decisão democrática e soberana da convenção nacional que escolherá, se for aprovada a aliança, o seu único candidato à vice-presidência da República. Essa prerrogativa, esse direito, por favor, ninguém tente restringir. Em respeito ao PMDB", sublinhou o peemedebista, cobrando reciprocidade do PT.
Um outro auxiliar do presidente Lula demonstrou concordância: "Fará a vice quem trouxer a maior parte do partido e quem tiver a aclamada afinidade com a candidata".
"A vice não pode ser definida sete meses antes da convenção. E se muda a correlação de forças?", indagou a fonte.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

José Roberto Arruda está sem partido

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Lula fala palavrão em discurso sobre saneamento do governo

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Governador Arruda pede desfiliação do DEM

Governador Arruda pede desfiliação do DEM, diz fonte
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009 16:02

BRASÍLIA (Reuters) - O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), envolvido em denúncias de corrupção, pediu nesta quinta-feira desfiliação do Democratas, informou um senador do partido.
"Ele pediu desfiliação hoje. Acho que ele começou a jogar a toalha", disse o senador à Reuters sob o compromisso do anonimato.
A assessoria do governador não confirma a informação e informa que ele deve fazer um anúncio ainda nesta quinta.
Também nesta tarde, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido do governador de suspender o processo interno aberto pelo Democratas que, segundo todas as indicações, levaria à sua expulsão. Arruda alegou que faltou direito de defesa.
Com a saída do partido, Arruda fica impedido de disputar a reeleição no ano que vem como desejava. Para concorrer, seria necessário estar filiado a uma legenda desde outubro, um ano antes das eleições.
(Reportagem de Natuza Nery; Edição de Carmen Munari)

Futuro político de Arruda será decidido nesta quinta (10)

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Lula assina projeto que transforma corrupção em crime hediondo

Lula assina projeto que transforma corrupção em crime hediondo
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira projeto de lei que transforma a prática de corrupção na administração pública em crime hediondo. O projeto será submetido ao Congresso.
Segundo Lula, é forte na sociedade a ideia de impunidade. "É que as pessoas percebem que um cara que rouba um pãozinho vai preso e um cara que rouba 1 bilhão não vai preso. Isso está muito forte na cabeça das pessoas", disse Lula em discurso durante cerimônia pelo Dia Internacional contra a Corrupção.
Lula disse ainda que a corrupção é algo difícil de descobrir.
"Às vezes, o corrupto é o cara que tem a cara mais de anjo, é aquele cara que mais fala contra a corrupção, é aquele cara que mais denuncia, porque ele acha que ele não vai ser pego", afirmou o presidente, prevendo que levará o projeto também ao G20 (grupo dos países ricos e emergentes).
Os crimes que passariam a ser classificados como hediondos (sem direito a fiança e indulto) são os de concussão (usar a função para pedir dinheiro ou vantagem), peculato (apropriação ou desvio de valores ou bens por servidor), corrupção ativa e passiva.
As penas para esses crimes passam a ser de 4 a 12 anos de prisão para o servidor comum. Para as altas autoridades (presidente, governador, prefeito, entre outros) as penas variam entre 8 e 16 anos.
Hoje, a legislação prevê detenção de 2 a 12 anos indiscriminadamente. Apenas no caso de concussão, a pena máxima prevista atualmente é de 8 anos. O projeto também amplia o período de prisão temporária.
(Reportagem de Ana Paula Paiva)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Popularidade de Lula sobe e otimismo atinge recorde


REUTERS/Ahmad Masood


O presidente Lula fala durante conferência em Berlim. A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a aprovação à sua maneira de governar o país subiram em novembro em relação aos índices registrados em setembro, de acordo com pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta segunda-feira.03/12/2009.


Popularidade de Lula sobe e otimismo atinge recorde
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


Por Natuza Nery
BRASÍLIA (Reuters) - A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou em novembro índice semelhante ao período pré-crise financeira internacional, mostrou nesta segunda-feira pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O governo recebeu "ótimo" ou "bom" por 72 por cento dos entrevistados em novembro, acima dos 69 por cento em setembro. Já a aprovação ao presidente passou para 83 por cento, ante 81 por cento em setembro. O recorde foi de 84 por cento em dezembro de 2008.
Há um ano, portanto no início do impacto da crise global no Brasil, Lula exibia 73 por cento de popularidade, o maior índice desde que assumiu a Presidência. Agora, tem apenas um ponto percentual a menos.
"Há uma recuperação. Houve melhora em todos os segmentos com relação à avaliação do governo Lula", afirmou Rafael Luchesi, diretor de Operações da CNI.
Mais uma vez, a economia é o motor dessa aprovação, que cresceu também entre pessoas de nível superior de escolaridade.
Segundo o Ibope, o brasileiro está extremamente otimista com o ano de 2010, com 92 por cento (ante 85 por cento em setembro) prevendo o ano que vem como "bom" ou "muito bom."
"A pesquisa registra um surpreendente otimismo, a mais alta taxa já registrada", acrescentou Luchesi.
"Dadas as expectativas diante da crise, o balanço que os brasileiros fazem é um balanço positivo deste ano", disse.
A sondagem mostra que 57 por cento dos brasileiros aprovam a atuação do governo no combate ao desemprego, contra 55 por cento na apuração anterior.
A pesquisa, porém, "captou contradições" na percepção do brasileiro, sustentou Luchesi. Para 49 por cento, haverá aumento da inflação nos próximos seis meses, assim como 42 por cento apostam no aumento do desemprego.
"Neste momento (essa expectativa de maior inflação e desemprego) não se reflete no conjunto das avaliações de governo", argumentou Amauri Teixeira, responsável pela pesquisa.
Em dezembro de 2008, 67 por cento acreditavam que a inflação aumentaria. No mesmo período, 63 por cento diziam que o desemprego iria aumentar nos seis meses seguintes.
EFEITO APAGÃO
A queda no fornecimento de energia em 18 Estados no início de novembro e a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil foram os assuntos espontaneamente mais lembrados pelos entrevistados. A pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff aparece em décimo lugar.
"(Mas) esses assuntos não impactaram nem na imagem nem na popularidade do presidente", ponderou Teixeira.
O encontro de Lula com o colega iraniano ocupou as páginas dos jornais brasileiros e estrangeiros. Na ocasião, Lula defendeu o programa nuclear iraniano para fins pacíficos.
Para as prioridades de 2010, os entrevistados apontaram, sobretudo, os temas da segurança pública, educação e combate à corrupção.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

COP 15 começa com música, dança, discursos e otimismo

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Lula comenta encontro em Copenhague

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Conferência do clima começa na Dinamarca

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Arruda lança operação-abafa para controlar CPI e salvar mandato


Arruda lança operação-abafa para controlar CPI e salvar mandato
Prestes a ser expulso pelo DEM, governador remaneja base em novos blocos para garantir comando da comissão
Marcelo de Moraes, BRASÍLIA

A quatro dias de ser expulso pelo DEM, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, pôs em andamento uma manobra para tentar escapar do impeachment e salvar o seu mandato. Nos últimos dias, ele reuniu a base partidária na Câmara Legislativa do Distrito Federal e avisou que não renunciará. Ainda ordenou que os aliados se dividissem em novos blocos partidários, para controlar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará as denúncias de pagamento de propina para o governador, integrantes do seu governo e deputados aliados, flagrados em gravações de vídeo que mostram partilha de dinheiro. O "mensalão do DEM" veio à tona com a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, há dez dias. A operação-abafa, deflagrada por Arruda, fez com que fossem formados quatro blocos com 14 deputados aliados distribuídos entre eles. Como o regimento da Câmara Legislativa prevê o critério de proporcionalidade para definir quem fica com as vagas e cargos importantes de comissões permanentes e especiais, como uma CPI, a formação dos blocos garante a hegemonia para o grupo político do governador.Na composição anterior, o PT, que faz oposição a Arruda, tinha a maior bancada. Crescia, assim, o risco político para o governador, uma vez que um petista assumiria uma das funções estratégicas na CPI. Com a recomposição de forças na Casa, os blocos aliados poderão indicar a maioria dos cinco integrantes da CPI, tendo força para escolher o presidente e ainda ficar com a relatoria.Como o ano legislativo está terminando e as comissões permanentes terão suas composições redefinidas no início de 2010, os aliados também poderão manter o controle de comissões importantes, como a de Constituição e Justiça, por onde passam os pedidos de impeachment contra Arruda.PRESSÃO POPULARA manobra aconteceu logo depois que Arruda percebeu que corria risco de perder o mandato por conta das denúncias e pela pressão da oposição e da opinião pública. O movimento foi tão explícito que os comunicados oficiais de formação de cada bloco foram publicados no Diário da Câmara Legislativa com o mesmo erro de concordância. Os quatro informes trazem estampada a seguinte expressão: "Os deputados abaixo assinados indica."Arruda e seus aliados ainda trabalham para neutralizar uma possível ação do grupo do ex-governador do DF Joaquim Roriz, candidato à sucessão local em 2010. Para isso, ameaçam ampliar o período de investigação da CPI até o mandato exercido por Roriz, uma vez que o pivô do escândalo e denunciante das irregularidades, o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, autor das gravações, também trabalhou no governo anterior.Como o pedido de CPI - proposto pela oposição - foi acertado politicamente, mas não formalizado (faltam as assinaturas), ainda há tempo para articulações parlamentares que resultariam na ampliação das investigações até a gestão Roriz.A solução ideal para o grupo de Arruda, no entanto, é o esvaziamento da investigação - repetindo o que ocorreu em outras CPIs abertas pela Câmara do DF no passado. A decisão será tomada amanhã. Alguns aliados do governador não descartam a possibilidade de a comissão nem ser instalada, embora achem improvável, por causa da reação popular. Apesar da movimentação, a situação política de Arruda continua desesperadora. Desde o início do escândalo, ele fez raríssimas aparições públicas e comanda a administração praticamente sem poder andar nas ruas de Brasília. Na sexta-feira, ele tentou romper o isolamento e foi fiscalizar o andamento de uma obra em Vicente Pires, periferia da capital federal. Com a Câmara Legislativa ocupada por estudantes - que anunciaram ontem a disposição de permanecer no local, apesar da decisão da Justiça de ordenar a reintegração de posse - e protestos diários em vários pontos da capital, porém, Arruda terá dificuldades para repetir o gesto.


O EStado de S. Paulo de 7 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

Patrimônio de Arruda cresceu mais de 1.000%

Rodrigo Rangel

Patrimônio de Arruda cresceu mais de 1.000%
Transações imobiliárias envolvem os filhos e registros fora de Brasília

Acossado por denúncias de corrupção e filmado recebendo dinheiro vivo no escândalo do "mensalão do DEM", o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, tem hoje um patrimônio que, em apenas sete anos, cresceu 1.060%. Nas declarações apresentadas à Justiça Eleitoral, em 2002 e 2006, a soma dos bens do governador não passava de R$ 600 mil. Agora, o patrimônio real da família Arruda, só em imóveis, em Brasília, acumulou um valor de mais de R$ 7 milhões.Antes, o governador declarava R$ 598 mil em bens, que incluíam apenas um imóvel em Brasília. As demais propriedades, um apartamento, uma casa e um lote, ficavam na cidade mineira de Itajubá, sua terra natal. Uma caminhonete, uma linha telefônica e uma conta com R$ 20 mil, no Banco do Brasil, completavam o patrimônio.Da posse como governador do DF, em 2007, para cá, a maneira como as aquisições foram feitas levanta suspeita - em pelo menos dois casos, os imóveis foram comprados por terceiros e depois transferidos para filhos de Arruda. O hábito de registrar imóveis em nome dos filhos fez com que as declarações de bens apresentadas à Justiça Eleitoral ficassem modestas diante de seu patrimônio real.A lista inclui aquisições recentes. Uma delas foi feita neste ano, após a gravação dos vídeos que mostram a farta distribuição de dinheiro do "mensalão do DEM". Em 17 de setembro, ele comprou cinco salas em novíssimo prédio comercial com localização nobre em Brasília, em frente ao Banco Central, ao preço de R$ 1,6 milhão. O negócio, registrado em nome do próprio governador, chama a atenção por várias razões.Quem vendeu as salas foi a Brasal Incorporações e Construções, cujo dono é um correligionário do governador, o deputado federal Osório Adriano (DEM-DF), empresário de sucesso na cidade. De acordo com a escritura, pelas cinco salas, mais seis vagas de garagem, Arruda deu um sinal de R$ 350.000,08 e financiou a diferença direto com a construtora, em 91 prestações, sem juros.A julgar pelas cifras previstas na escritura, o governador teria de comprometer uma parte considerável de seu salário só para pagar as prestações das salas. São R$ 9.999,98 por mês em prestações, quase dois terços dos R$ 16 mil que Arruda recebe como governador, mais as prestações intermediárias anuais de R$ 49.999,98.Há mais negócios da família com a construtora do deputado-empresário Osório Adriano. Pouco depois da aquisição feita por Arruda, um de seus filhos comprou uma sala e duas garagens no mesmo prédio, por R$ 519 mil.As salas do governador estão vazias até hoje. Na do filho funciona a Nabuko, empresa de design da qual é sócio. O filho também é sócio da Notabilis, que recebeu pelo menos R$ 604 mil da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), estatal que, segundo a investigação da Polícia Federal, na Operação Caixa de Pandora, teria abastecido o caixa 2 da campanha de Arruda em 2006.Em 1992, bem antes de ser governador, Arruda incorporou ao patrimônio um apartamento de 245 metros quadrados na Asa Sul de Brasília. À época, ele era secretário de Obras do governo de Joaquim Roriz (ex-PMDB, hoje no PSC), atualmente seu inimigo político. O Estado entrevistou na semana passada o antigo proprietário do imóvel - avaliado hoje em R$ 1,5 milhão. O imóvel foi pago por um empresário e registrado em nome de Arruda.CIDADE-SATÉLITEO enredo é semelhante ao da compra de outro apartamento, registrado em 2007, também em nome de um parente direto do governador.A antiga proprietária, Ruth Chandler, disse ao Estado que vendeu o imóvel para um empresário do setor de transportes de Brasília, Milton Menezes Machado, que não chegou a passar o apartamento para seu nome. Na formalização da transferência, foi um dos filhos de Arruda quem passou a figurar como proprietário. A escritura foi lavrada em um cartório do Núcleo Bandeirante, cidade-satélite de Brasília - procedimento usual no Distrito Federal quando se deseja esconder transações imobiliárias.Em nome do mesmo parente de Roriz está registrado um apartamento no bairro do Cruzeiro, comprado em abril deste ano, por R$ 115 mil. "Foi à vista", relatou a arquiteta Natalie Tramontini, proprietária anterior. A escritura foi registrada em um cartório da cidade-satélite de Brazlândia. Outro apartamento, na quadra 112 da Asa Norte, foi comprado em 2005 e registrado em nome de mais um filho do governador.EX-MULHERNo rol de imóveis adquiridos nos últimos anos por Arruda há ainda uma casa em um condomínio do Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul de Brasília. A propriedade, avaliada em pelo menos R$ 2 milhões e comprada pelo governador em 2004, estava em nome dos filhos do primeiro casamento. Em outubro do ano passado, foi doada para a atriz Mariane Vicentini, com quem o governador teve um segundo casamento.


O Estado de S. Paulo de 6 dedezembro de 2009

Entenda a crise que atinge o governador do DF

REUTERS/Jamil Bittar

SAIBA MAIS-Entenda a crise que atinge o governador do DF
sábado, 5 de dezembro de 2009

BRASÍLIA (Reuters) - O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), está sendo acusado de participação em esquema de pagamento de propina a parlamentares aliados, no que vem sendo chamado de "mensalão do DEM". Estão envolvidos também assessores do governador.
Ao contrário de outros escândalos do gênero, há fartas imagens gravadas e veiculadas na TV que mostram Arruda recebendo maços de dinheiro, assim como deputados distritais e também o empresário Alcyr Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil.
Os recursos viriam de empresas que prestam serviços ao governo do Distrito Federal.
As filmagens foram feitas por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais de Arruda, que aceitou ajudar nas apurações em troca de uma futura redução de pena, a chamada delação premiada.
Além de sofrer um processo interno de expulsão de seu partido, a Câmara Legislativa do Distrito Federal recebeu dez pedidos de impeachment contra o governador.
Em sua defesa, Arruda alegou que contabilizou o dinheiro recebido e que as imagens são truncadas. Acusou Barbosa de ser uma "herança maldita" do governo anterior.
Veja, a seguir, detalhes do caso.
A OPERAÇÃO CAIXA DE PANDORA
No dia 27 de novembro, a operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, cumpriu 29 mandados de busca e apreensão em Brasília, Goiânia e Belo Horizonte. Expedidos pelo ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, os mandados tiveram o objetivo de coletar provas sobre suposta distribuição de recursos ilegais à base aliada do governo do Distrito Federal, segundo nota da Polícia Federal.
DURVAL BARBOSA
As investigações sobre suposto repasse ilegal de recursos contaram com a ajuda do então secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal, Durval Barbosa, ex-integrante do governo de Joaquim Roriz, que antecedeu Arruda. Ele aceitou colocar aparelhos de captação ambiental e de áudio em suas roupas para cooperar com a PF nas investigações.
Barbosa colaborou no inquérito utilizando o instrumento de delação premiada, pois é alvo de cerca de 30 ações na Justiça. Apenas no Tribunal de Justiça do Distrito Federal são cerca de 20 as ações, a maioria por improbidade administrativa.
Segundo despacho do Superior Tribunal de Justiça, Durval Barbosa gravou conversas entre ele, o governador Arruda e o então chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, negociando pagamentos para a base aliada.
No dia 27, após a deflagração da operação da PF, Barbosa foi exonerado do cargo por Arruda.
VÍDEOS
Mais de 30 vídeos, nem todos com autorização judicial, mostram políticos e o próprio Arruda recebendo dinheiro supostamente irregular. A primeira explicação oficial do governador foi de que o recursos serviriam para a compra de panetones para os pobres.
Foram exibidas imagens em que Arruda aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa e que citam ainda o vice-governador Paulo Octávio, outros integrantes da cúpula do governo local e deputados distritais.
DEFESA
No dia 30, Arruda afirmou em sua defesa que Barbosa faz parte da "herança maldita" do governo Roriz (ex-PMDB e atual PSC) e tentou desqualificar a denúncia. Apesar de admitir ter recebido os valores, ele alega que registrou o dinheiro visto nas imagens exibidas na televisão.
Arruda argumentou que Barbosa permaneceu em seu governo por não haver condenação da Justiça contra ele.
FONTE DO DINHEIRO
Os recursos para pagar membros da base aliada do governo vieram supostamente de empresas que prestam serviços ao governo do Distrito Federal.
Ao Ministério Público, Durval informou que todas as despesas de campanha de Arruda ao governo em 2006 foram pagas com dinheiro arrecadado de prestadoras de serviços do governo local. Após a campanha, as empresas continuariam pagando para manter seus contratos com o governo distrital.
OUTROS PERSONAGENS DO ESCÂNDALO
Nas declarações de Durval em um diálogo gravado com Arruda e Maciel, outras pessoas são citadas. Entre elas, José Luiz Vieira Valente, ex-secretário de Educação do Distrito Federal, Domingos Lamoglia, membro do Tribunal de Contas do Distrito Federal, e Gilberto Lucena, um dos proprietários da Linknet.
Os gabinetes dos deputados distritais Rogério Ulysses (PSB), Eurides Brito (PMDB) e Pedro do Ovo (PRP) também sofreram mandados de busca e apreensão pela PF no dia 27 de outubro.
CRIMES
Segundo o inquérito da investigação que corre no STJ, Ministério Público e Polícia Federal, os crimes cometidos pelos envolvidos seriam os de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, fraude de licitação e crime eleitoral.
(Reportagem de Ana Paula Paiva)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Escândalo do mensalão de Brasília repercute no exterior

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1170613-7823-ESCANDALO+DO+MENSALAO+DE+BRASILIA+REPERCUTE+NO+EXTERIOR,00.html

Pedidos de impeachment contra Arruda avançam na Câmara do DF

Pedidos de impeachment contra governador José Roberto Arruda, em foto de arquivo, avançam na Câmara do DF.
REUTERS/Jamil Bittar

Pedidos de impeachment contra Arruda avançam na Câmara do DF
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009


BRASÍLIA (Reuters) - A Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal deu nesta sexta-feira parecer favorável a dois de oito pedidos de impeachment apresentados contra o governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de participação em esquema de pagamento de propina a parlamentares aliados.
Segundo a assessoria de imprensa da Casa, os pareceres da Procuradoria são apenas opinativos. Quem decidirá a legalidade dos pedidos será a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa.
Se aprovados por pelos menos três dos cinco integrantes do colegiado, os pedidos seguem para o plenário da Casa. Lá, precisarão do apoio de 16 dos 24 parlamentares.
De acordo com a interpretação do órgão, os cinco pedidos de entidades --PT, PSOL, PSB, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Ordem dos Ministros Evangélicos do Gama-- não poderiam ser aceitos porque cabe somente ao cidadão protocolar requerimentos de impeachment.
A Procuradoria também interpretou que só há base legal para iniciar o processo contra o governador, e não contra o vice.
Os dois pedidos considerados procedentes pelo órgão foram feitos por pessoas físicas e diretamente contra o governador Arruda. Eles foram protocolados pelo advogado Evilázio Viana Santos e pelo presidente do PT do Distrito Federal, o ex-deputado distrital Chico Vigilante.
Um outro pedido feito por pessoa física foi considerado irregular, pois não tinha reconhecimento de firma.
Nesta sexta, mais dois pedidos de impeachment foram feitos por cidadãos, totalizando 10 requerimentos. No entanto, esses últimos ainda não foram analisados pela Procuradoria da Câmara Distrital.
Para evitar a recusa do órgão, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu encaminhar na segunda-feira dois requerimentos em separado, um contra Arruda e outro contra Paulo Octávio, ambos assinados pela presidente da entidade no Distrito Federal, Estefânia Viveiros.
Arruda é acusado de participação em esquema de pagamento de propina a parlamentares aliados. Ele nega as acusações.
Foram exibidas imagens em que ele aparece recebendo dinheiro de seu ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, autor das denúncias, que envolvem ainda o vice-governador Paulo Octávio, outros integrantes da cúpula do governo local e diversos deputados distritais.
(Reportagem de Ana Paula Paiva e Maria Carolina Marcello)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Lula ''ressuscita'' Constituinte para reforma política


Lula ''ressuscita'' Constituinte para reforma política
Presidente repete a proposta, após caso do 'mensalão do DEM', e agora diz que as imagens são 'deploráveis'
Tânia Monteiro, KIEV


Três anos e quatro meses depois de ter lançado a ideia no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o escândalo do "mensalão do DEM", no Distrito Federal, para ressuscitar a proposta de convocar uma Constituinte só para fazer a reforma política e eleitoral.Lula considerou "deploráveis" as imagens dos políticos embolsando maços de dinheiro no esquema montado na gestão de José Roberto Arruda (DEM-DF). Segundo ele, as siglas deveriam defender agora, para levar adiante após as eleições de 2010, "uma Constituinte específica para fazer uma legislação eleitoral para o Brasil".Lula falou do tema em uma rápida entrevista, após encontro com o presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko. Nas cinco perguntas a que respondeu, tratou a reforma como instrumento para "moralizar o funcionamento dos partidos".Depois de lembrar que somente no governo dele já foram enviadas duas propostas nesse sentido, o presidente arrematou: "Enquanto não fizermos a reforma política, a gente vai ser pego de sobressalto com notícias dessa magnitude."Em agosto de 2006, depois de um encontro, no Planalto, com a direção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lula concluiu que havia um "esgotamento do sistema político atual" e defendeu a convocação de uma Constituinte só para a reforma política, que funcionaria paralelamente à rotina do Congresso.A ideia foi combatida por muitos juristas, sob o argumento de que isso jamais havia ocorrido no Brasil e poderia gerar um movimento social pedindo para ampliar os poderes da Constituinte, transformando a convocação em um "golpe constitucional" - nos moldes do que fez o venezuelano de Hugo Chávez.Parafraseando o ex-presidente Jânio Quadros, Lula disse que há uma espécie de "força invisível" que barra a aprovação das mudanças necessárias. "Se fosse o Jânio Quadros, eu diria que tem um inimigo oculto que não deixa os projetos serem votados no Congresso. Não tem um ser vivo que não entenda que tem de ter reforma política, mas, quando chega no Congresso, não votam.""COISINHA"O presidente aproveitou a entrevista para dizer que não foi "condescendente" quando afirmara, no dia anterior, que as imagens do novo mensalão "não falam por si". "Eu não fui condescendente, nem incriminei ninguém. Apenas disse que tem um fato em apuração, que é preciso que termine a apuração, que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça estão investigando. Eu não posso, como presidente da República, condenar alguém numa pergunta ou entrevista, com a mesma facilidade que vocês. Tenho de esperar o fim da investigação para falar", justificou-se.No final, Lula se incomodou com a insistência dos repórteres em indagá-lo sobre um assunto interno, em meio à agenda diplomática. "Para mim é desagradável, acabando de assinar seis acordos, e, na nossa vez, a gente perguntar uma coisinha que o presidente da Ucrânia nem sabe o que é."

O Estado de S. Paulo de 3 de dezembro de 2009

Iniciado processo de impeachment contra Arruda


Relator no DEM do caso de José Roberto Arruda (foto) diz que fará julgamento político.
REUTERS/Jamil Bittar

Iniciado processo de impeachment contra Arruda
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


Por Fernando Exman
BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara Legislativa do Distrito Federal deu início nesta quarta-feira ao procedimento que pode resultar no impeachment do governador José Roberto Arruda (DEM) e do vice-governador Paulo Octávio (DEM), em meio a uma invasão de manifestantes que exigiam a saída dos governantes do cargo.
Após quebrarem parte da porta de vidro da entrada da Câmara Legislativa e ferirem um dos seguranças que tentavam impedir a invasão, cerca de 150 manifestantes arrombaram a porta do plenário da Casa e ocuparam o ambiente de discussões e votações.
Em paralelo, o PT e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) protocolavam mais dois pedidos de impeachment contra Arruda, totalizando seis processos.
O PSOL, a Ordem dos Ministros Evangélicos do Gama --cidade satélite de Brasília-- e dois cidadãos já haviam apresentado pedidos semelhantes. Todos acusam o governador de cometer crime de responsabilidade.
"A Câmara tem toda a disposição de investigar todas as denúncias, mas precisa de condições para fazer isso", disse a jornalistas o presidente em exercício da Câmara Legislativa, deputado Cabo Patrício (PT), após sessão que contou com a presença de apenas seis dos 24 parlamentares.
Arruda é acusado de participar de esquema de pagamento de propina a parlamentares aliados.
Foram exibidas imagens em que ele aparece recebendo dinheiro de seu ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, autor das denúncias, que envolvem ainda o vice-governador Paulo Octávio, outros integrantes da cúpula do governo local e diversos deputados distritais.
A Câmara Legislativa, que iria ter sua primeira sessão presidida por Cabo Patrício (PT) depois que Leonardo Prudente (DEM) se afastou do cargo em razão do envolvimento no escândalo, só conseguiu realizar a leitura dos seis requerimentos com o pedido de impeachment depois que deputados distritais petistas fecharam um acordo com os manifestantes e conseguiram liberar o plenário.
"Temos a plena consciência de que o povo precisa pressionar, mas todos os documentos que chegam à Câmara precisam ser lidos em sessão ordinária", argumentava a deputada Érika Kokay (PT) aos manifestantes.
"Se eles não forem lidos, não se oficializam nesta Casa. Se a gente não ler os pedidos, eles não começam a andar nesta Casa."
No entanto, parte dos manifestantes resistia. "Ocupa e resiste", gritavam, exigindo a renúncia do governador.
LONGO CAMINHO
O processo de impeachment, entretanto, ainda tem um longo caminho a seguir. Além de ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e ser analisado pela procuradoria da Casa, precisa do crivo de dois terços (16) dos 24 parlamentares.
"O voto em plenário é aberto. Tenho certeza que os parlamentares não vão se omitir da sua responsabilidade", comentou Cabo Patrício.
O presidente do PT do Distrito Federal, Chico Vigilante, acredita que o desafio será grande, mesmo após PSDB, PPS, PV, PDT e PSB terem abandonado a base do governo Arruda.
"Eles (deputados da base aliada) não vão abandoná-lo aqui (Câmara Legislativa). Foi só uma saída estratégica para justificar para a opinião pública", disse Vigilante à Reuters.
A Câmara também deu início à investigação sobre a participação de deputados distritais no esquema que foi alvo da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
A INVASÃO
Depois de realizarem uma concentração em frente à Câmara Legislativa, os manifestantes decidiram ocupar o plenário da Casa.
Servidores correram para o plenário para guardar computadores, uma impressora e os microfones das tribunas. Algumas atas e cópias de projetos de lei foram encontrados pelos manifestantes e espalhados pelo chão.
Os vidros que separam o plenário da galeria de visitantes foi pintado com dizeres "Vamos extinguir a Câmara Legislativa. O DF não precisa de mais corruptos" e "Fora, ladrões."
O grupo de manifestantes foi integrado por estudantes, servidores e sindicalistas que portavam bandeiras dos partidos PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT e PSTU, além de estandartes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outras centrais sindicais e movimentos sociais.
Segurando um caixão que simbolizava o enterro político de Arruda, os manifestantes gritavam "O Arruda vai cair, vai cair o Arruda". Subiram nas cadeiras e na mesa do plenário e diziam palavras de ordem no microfone, ameaçando prolongar a ocupação.
Ainda no saguão, gritavam "Arruda para a Papuda (presídio do DF) e PO (Paulo Octávio) no xilindró" e "Arruda, cadê meu panetone?," em referência à justificativa do governador de que o dinheiro que aparece recebendo em imagens gravadas serviria para a compra de panetones para famílias carentes.
Nenhum manifestante foi preso, e a Polícia Militar ficou do lado de fora da Câmara Legislativa praticamente todo o tempo em que a ação durou, pelo menos cinco horas.
Após a trégua para leitura dos pedidos de impeachment, os manifestantes retornaram ao plenário e prometiam passar a noite no local.
(Reportagem de Fernando Exman; Edição de Carmen Munari)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Mensalão: PF investiga relatório de movimentações financeiras suspeitas

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1169247-7823-MENSALAO+PF+INVESTIGA+RELATORIO+DE+MOVIMENTACOES+FINANCEIRAS+SUSPEITAS,00.html

Para Lula, imagens de Arruda "não falam por si"

Foto de arquivo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Marisa Letícia e o governador de Brasília José Arruda nas comemorações da Independência na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no dia 7 de setembro de 2009. Lula afirmou nesta terça-feira (1o) que não pretende dar palpite e prefere esperar pela apuração da Polícia Federal sobre as denúncias envolvendo o governador Arruda (DEM-DF), acusado de receber e intermediar recursos dirigidos a sua base na Câmara Distrital no que está sendo chamado de mensalão do DF.

Para Lula, imagens de Arruda "não falam por si"
terça-feira, 1 de dezembro de 2009


ESTORIL, Portugal, 1o de dezembro (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que não pretende dar palpite e prefere esperar pela apuração da Polícia Federal sobre as denúncias envolvendo o governador José Roberto Arruda (DEM-DF).
Quanto às imagens de Arruda veiculadas na TV embolsando maços de dinheiro, Lula disse que "não falam por si" e que o caso precisa ser investigado.
"O que fala por si é todo o processo de apuração, todo o processo de investigação. Quando tiver toda a apuração, toda a investigação terminada, a Polícia Federal vai ter que apresentar um resultado final, um processo, aí anuncia", disse Lula a jornalistas em Portugal, antes de embarcar para Ucrânia, onde realiza visita na quarta-feira.
"Aí você pode fazer juízo de valor. Mesmo assim, quem vai fazer juízo de valor final é a Justiça. O presidente da República não pode ficar dando palpite, se é bom, se é ruim. Vamos aguardar a apuração", completou.
O governador do Distrito Federal é acusado de receber e intermediar recursos dirigidos a sua base na Câmara Distrital, no que está sendo chamado de mensalão do DF. Uma das possibilidades é que os recursos tenham sido usados em campanha eleitoral. Apesar do registro em imagens, Arruda nega irregularidades.
O presidente Lula afirmou ainda que já enviou propostas de reforma política para o Congresso, em que, segundo ele, há regulamentação do financiamento público de campanhas.
"Eu espero que o Congresso Nacional tenha maturidade para compreender que grande parte dos problemas que acontecem com dinheiro é a questão da estruturação partidária no Brasil", afirmou Lula.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pivô de denúncias envolve PSDB no mensalão do DEM no DF

Pivô de denúncias envolve PSDB no mensalão do DEM no DF

Pivô das denúncias do mensalão do DEM, o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa acusa o PSDB de também participar do esquema de caixa dois que teria sido montado pelo governador José Roberto Arruda (DEM) durante a campanha eleitoral de 2006, informa reportagem de Hudson Corrêa e Fernanda Odilla, publicada nesta terça-feira pela Folha.
Segundo a reportagem, quem atuou pelos tucanos na coleta de propina e distribuição do dinheiro a aliados políticos, segundo Barbosa, foi o próprio presidente da legenda no DF, Márcio Machado.
Filiado ao PSDB há 14 anos, Machado assumiu a Secretaria de Obras do governo do DF quando Arruda tomou posse. Ele era cotado para ser candidato ao Senado na chapa que uniria DEM, PSDB e PMDB.
Em depoimento ao Ministério Público do DF, em 16 de setembro, Barbosa disse que o presidente do PSDB-DF ia às vezes até a sua casa para tratar do dinheiro da propina.
O ex-secretário mencionou aos promotores três pagamentos supostamente feitos pelo tucano: R$ 6 milhões para o deputado Benedito Domingos (PP); R$ 200 mil para Adalberto Monteiro, presidente local do PRP; e R$ 100 mil para Omar Nascimento, que comanda o diretório regional do PTC.
Outro lado
Márcio Machado disse que atuou só como um amigo na campanha do governador José Roberto Arruda (DEM) em 2006. Ele negou que tenha arrecadado dinheiro de propina para pagar apoio de partidos ao então candidato.
Machado afirmou que a responsabilidade pela arrecadação de recursos era do tesoureiro de campanha e que tudo foi declarado legalmente à Justiça Eleitoral. Disse também que não falaria sobre o processo, pois seus advogados não tiveram acesso a todos os documentos da investigação.
Domingos não foi localizado. Monteiro negou ter recebido qualquer contribuição de Machado. "Nem o conheço", afirmou. Omar Nascimento, que comanda o PTC-DF, disse que não apoiou Arruda em 2006.

Folha de S. Paulo de 1 de dezembro de 2009