domingo, 15 de maio de 2011

No PMDB, Skaf diz que 'partidos e ideologia não andam juntos'

Presidente da Fiesp, empresário deixou o 'socialista' PSB para se filiar à sigla símbolo do centrismo político brasileiro

Alberto Bombig, de O Estado de S. Paulo

O empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ingressou semana passada no PMDB com a missão de ajudar a reconstruir o partido no principal Estado da União. Com a ficha de filiação abonada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, ele diz: "O PMDB deve buscar sim a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado."

Ayrton Vignola/AE
Ayrton Vignola/AE
Skaf evita falar sobre candidaturas futuras

O projeto de Skaf é ser novamente candidato ao Palácio dos Bandeirantes em 2014. No ano passado, ele, que dá expediente todos os dias na imponente sede da Fiesp na Paulista, avenida que é uma espécie de medula cervical do capitalismo brasileiro, concorreu pelo "socialista" PSB. Agora no PMDB, símbolo do centrismo político, o empresário diz que "partidos e ideologia não andam juntos no Brasil". Leia a entrevista:

Por que o senhor trocou de partido?
Em 2009, quando pensei pela primeira vez em me filiar a um partido político, fui convidado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, a ingressar no PMDB. Tudo caminhava para isso, mas, por algumas razões, não deu certo, e o PSB me convidou. Acabei sendo candidato a governador no ano passado e fizemos uma campanha boa, porém com algumas dificuldades. Terminada e eleição, o Michel novamente retomou as conversas comigo. Eu deixei muitos amigos no PSB, que entenderam que o PMDB vive um outro momento aqui em São Paulo após a morte do (Orestes) Quércia (em dezembro).

Na última candidatura do Quércia a governador, em 2006, ele teve apenas 4% dos votos. O senhor também ficou nesse patamar. Como evoluir?
Os analistas dizem que meu desempenho foi bom porque eu não era conhecido, enquanto outros candidatos tinham 100% de conhecimento por parte do eleitor. Hoje, temos um capital político, um grau de conhecimento maior. Creio que em uma outra eleição majoritária eu não saia do zero. Já há um espaço percorrido.

O senhor pretende concorrer já no ano que vem?
Eu não impus condições para entrar no PMDB. Entrei para colaborar, para trabalhar. Candidatura são circunstâncias. Mas, sem dúvida, meu nome está à disposição do partido. Mas ser candidato não pode ser projeto pessoal.

Fonte: O Jornal O Estado de SP

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