
Pressionado, Arruda pede desligamento da maçonaria
Arruda foi admitido na maçonaria antes de renunciar ao cargo de senador, em 2001, para não ser cassado pelo envolvimento na violação do painel eletrônico do plenário do Senado.
- 6/1/2010 - 10h13
Acusado pelo Ministério Público de comandar o chamado Mensalão do DEM e pressionado por maçons de todo o País, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), pediu desligamento da Loja do Grande Oriente de Brasília, onde ocupava o grau de "mestre". A iniciativa do governador, a exemplo do que ocorreu no DEM, antecipou a decisão de seus colegas de expulsá-lo, por infringir um dos princípios básicos da ordem, que deve ser voltada para o resgate da dignidade das pessoas.Arruda foi admitido na maçonaria antes de renunciar ao cargo de senador, em 2001, para não ser cassado pelo envolvimento na violação do painel eletrônico do plenário do Senado, na votação da cassação do então senador Luiz Estevão, de Brasília. Na época, além de renunciar ao mandato, Arruda pediu desculpas à população por ter cedido à tentação de dar uma espiadinha nos votos secretos. Agora, com o escândalo revelado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, em que foi filmado recebendo um pacote de dinheiro das mãos do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, Arruda não foi perdoado pela maçonaria. No início de dezembro, cerca de 50 membros da Ordem se reuniram para discutir a situação do governador. Saiu dali a constatação que não havia outra alternativa, senão a de expulsá-lo o quanto antes. Arruda acabou poupado da expulsão graças aos maçons com os quais mantém mais proximidade. Eles conseguiram adiar a medida para depois do recesso da Loja Grande Oriente, iniciado no último dia 20. Restou ao governador pedir o desligamento, o que foi feito por carta. Procurada, a assessoria do governador limitou-se a dizer que ele agiu "para evitar constrangimentos".
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Diário do Comércio de 6 de janeiro de 2020 (Museu da Corrupção)
NOTA DA REDAÇÃO:
A Maçonaria é uma sociedade discreta, na qual homens livres e de bons costumes, denominando-se mutuamente de irmãos, cultuam a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade entre os homens. Seus princípios são a Tolerância, a Filantropia e a Justiça. Seu caráter secreto deveu-se a perseguições, a intolerância e a falta de liberdade demonstrada pelos regimes reinantes da época. Hoje, com os ventos democráticos, os Maçons preferem manter-se dentro de uma discreta situação, espalhando-se por todos os países do mundo.
"CARTA DA MAÇONARIA PAULISTA CONTRA A CORRUPÇÃO"
GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO FEDERADO AO GRANDE ORIENTE DO BRASIL
Nós, maçons jurisdicionados ao Grande Oriente de São Paulo, federado ao Grande Oriente do Brasil e da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, reunidos na noite do dia 20 de agosto de 2007 na Capital do Estado, nas dependências da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em sessão solene comemorativa do Dia do Maçom, debatemos e aprovamos os seguintes princípios desta carta, denominada "Carta da Maçonaria Paulista Contra a Corrupção".
Tendo em vista que:
1. Vivemos no Brasil um cenário de exclusão social, onde, a miséria, o preconceito e a corrupção são os principais vilões do País emergente. A miséria leva à marginalidade milhões de pessoas; o preconceito afasta o indivíduo das relações sociais, marginalizando-o; e finalmente, a corrupção mostra a face mais sombria e tenebrosa dessa exclusão social, pois, como decorrência direta da malversação do dinheiro publico, faltam recursos para investimentos em educação, saúde, habitação, segurança e transportes. Assim, as populações mais pobres, que demandam a grande maioria dos serviços públicos, ficam prejudicadas, impedidas até mesmo de exercer o legitimo direito constitucional de ir e vir;
2. Combater a corrupção em todas as suas formas, é um dever maçônico e uma exigência da sociedade, acabando com essa epidemia social que subtrai do povo a possibilidade de uma vida digna e o pleno exercício da cidadania, negando a todos o direito à esperança de um futuro melhor;
E considerando que:
· A história pátria brasileira se confunde com a ação de vanguarda social exercida pela Maçonaria através de árduas lutas e conquistas nacionais, legando ao povo o desfrutar da verdadeira liberdade responsável;
· A permanente e relevante representatividade da Maçonaria na sociedade paulista e brasileira fazem-na uma força viva da sociedade;
· A constante preocupação da Maçonaria com as questões sociais regionais e nacionais, acompanhando a evolução humana e identificando um pensamento social cada vez mais exigente para o acolhimento de soluções sérias e definitivas, caracterizando um real interesse na valorização da família brasileira;
Concluímos que:
É necessário recuperar a moralidade publica e instituir a transparência como fio condutor das ações governamentais, criando através da Maçonaria sistemas de operação mais eficientes e permitindo melhor controle da gestão publica, viabilizando fiscalização efetiva e uma oitiva da vontade popular, incentivando a participação da sociedade nas questões de relevante interesse público. Portanto, as Potências Maçônicas que esta subscrevem decidem:
1. A Maçonaria atuará de maneira homogênea, exigindo dos maçons que se acham investidos em funções publicas, um comportamento ainda mais austero e compatível com o rigor da filosofia maçônica;
2. Estimular todos os maçons para que se transformem em focos permanentes de luta contra a corrupção na sociedade, trabalhando ainda para difundir essa luta junto a todos os cidadãos com quem convivem;
3. Acentuar em cada Loja Maçônica a importância da tomada de posição clara e firme que precisa ser tomada por ocasião das eleições municipais, estaduais e federais, orientando os maçons, e, sempre que possível, promovendo debates entre candidatos;
4. Criar no âmbito das Jurisdições maçônicas um Fórum permanente destinado à análise e discussão das origens, práticas e disseminação da corrupção, definindo e adotando ao final, medidas práticas e contundentes para extirpar todas as ramificações da corrupção;
5. Desenvolver um cadastro de restrição maçônica onde constem todos os nomes de pessoas envolvidas nas condenáveis práticas de corrupção e improbidade administrativa, mantendo tais indivíduos vigiados e afastados de qualquer contato maçônico, e sempre que possível, mantê-los fora do serviço publico;
6. Promover a construção de uma sociedade revigorada em seus princípios morais e sociais, baseando-nos para tanto na trilogia Liberdade, Igualdade e Fraternidade;
7. Para que sejam concretizadas as decisões anteriormente expostas, as Potências Maçônicas signatárias desta comprometem-se a manter uma comunicação comum e homogênea entre todos os maçons jurisdicionados, conscientizando-os da gravidade do problema e também da importância da participação individual para viabilizar as soluções propostas, a fim de obter um congraçamento de trabalho produtivo e sempre sob os auspícios do Grande Arquiteto do Universo.
São Paulo, 20 de Agosto de 2007.
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