segunda-feira, 31 de maio de 2010


Marcelo Sayão/Efe

O presidente Lula (centro) cumprimenta Evo Morales da Bolivia, na presença de Recep Tayyip Erdogan, da Turquia e Cristina Kirchner, da Argentina

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aumenta divergência entre EUA, Brasil e Turquia sobre Irã


O chanceler Celso Amorim concede entrevista à imprensa estrangeira em Brasília. 21/05/2010

REUTERS/Ricardo Moraes

Por Andrew Quinn e Brian Ellsworth
WASHINGTON/RIO DE JANEIRO (Reuters) - Autoridades dos Estados Unidos disseram na sexta-feira que o acordo de combustível nuclear com o Irã não deve impedir uma nova rodada de sanções contra o país, o que coloca Washington em atrito direto com Brasil e Turquia, mediadores desse acordo.

Reagindo ao endurecimento dos norte-americano, Brasil e Turquia, influentes membros não permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), reafirmaram sua defesa da proposta por considerá-la a melhor forma de reduzir as tensões em torno do programa nuclear iraniano.

"Sabemos que fizemos a coisa certa", disse o chanceler Celso Amorim a jornalistas, ao lado de seu colega turco, Ahmet Davutoglu, durante o 3o Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, no Rio de Janeiro.

"Estamos tentando um caminho de diálogo, um caminho de conversa e de entendimento, e isso produziu resultados", acrescentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, viajaram neste mês a Teerã para mediar o acordo pelo qual o Irã entregaria 1.200 quilos de urânio baixamente enriquecido à Turquia, para em troca receber, no prazo de até um ano, 120 quilos de urânio enriquecido a 20 por cento para uso em um reator de pesquisas médicas.

Essa proposta havia sido apresentada pela ONU em outubro, sob a premissa de que, enviando seu urânio ao exterior, o Irã não teria condições de enriquecer o material até o grau necessário para o uso em armas, um temor dos EUA e de seus aliados. Teerã garante que seu programa nuclear está voltado apenas para fins pacíficos.

Os EUA dizem que essa proposta não faz mais sentido porque, desde outubro, o Irã já acumulou mais urânio do que os 1.200 quilos que exportaria, além de ter anunciado que continuará enriquecendo urânio a despeito do acordo. Na opinião do governo Obama, Turquia e Brasil foram ludibriados pela República Islâmica.

"MOTIVAÇÕES DIFERENTES"

"Reconhecemos muito os sinceros esforços que foram feitos por Brasil e Turquia (...), mas infelizmente acho que as motivações das partes eram bastante diferentes", disse uma fonte norte-americana de alto escalão, pedindo anonimato.
"Acho que o principal interesse do Irã foi ter uma proposta em jogo que reduziria o impulso rumo a uma nova resolução com sanções."

Cinco grandes potências já aprovaram entre si o esboço de um quarto pacote de sanções ao Irã, que deve ser votado nas próximas semanas pelos 15 países do Conselho de Segurança.

"Na nossa opinião, a declaração conjunta (entre Brasil, Turquia e Irã) fica aquém do necessário. Mas a despeito dessa (...) proposta, é importante irmos a Nova York adotar a resolução", disse a fonte.

"Agora o Irã já praticamente dobrou a sua quantidade de urânio baixamente enriquecido. Mesmo que você mande 1.200 quilos para fora, há mais do que suficiente sobrando para produzir uma bomba nuclear", disse a fonte. "O tempo superou a proposta original, e isso não foi corrigido."

O Departamento de Estado dos EUA disse que a secretária Hillary Clinton deve discutir a questão do Irã na terça-feira com Davutoglu.

Falando nesta sexta-feira no Brasil, o chanceler turco disse que o seu país e o Brasil estão seguindo os passos do presidente dos EUA, Barack Obama, que se elegeu em 2008 propondo uma maior aproximação com o Irã.

"Este (acordo) é um sucesso para Turquia e Brasil, mas é também um sucesso para a política de engajamento do presidente Obama", afirmou Davutoglu.

(Reportagem adicional de Tsvetelia Tsolova, em Sofia)

Lula defende papel do Brasil no acordo com Irã


Lula arruma bandeira antes de encontro em Brasília. Em um discurso duro na abertura do 3o Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que o Brasil manterá seus esforços pela paz no Oriente Médio e fez duras críticas ao comportamento dos países desenvolvidos durante e após a crise financeira mundial.27/05/2010.

REUTERS/Ricardo Moraes

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em um discurso duro na abertura do 3o Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que o Brasil manterá seus esforços pela paz no Oriente Médio. Fez também duras críticas ao comportamento dos países desenvolvidos durante e após a crise financeira mundial.
"O mundo precisa de um Oriente Médio em paz. O Brasil não está alheio a essa necessidade. Defendemos um planeta livre de armas e o cumprimento do Tratado de Não-Proliferação (Nuclear)", disse Lula na abertura do evento.

O presidente lembrou que recentemente esteve no Irã com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, onde mediaram um acordo de troca de combustível nuclear com Teerã. No entanto, o acordo não impediu que potências ocidentais, que suspeitam que o Irã busca armas atômicas, seguissem pressionando por novas sanções ao país.

"Esse é um conflito que ameaça muito mais a estabilidade de uma região importante do planeta... acreditamos que a energia nuclear deve ser um instrumento para promoção do desenvolvimento, e não uma ameaça", disse.

Para Lula, as armas nucleares deixam o mundo mais inseguro e os arsenais são peças ultrapassadas e obsoletas de um tempo que ficou para trás.

O presidente foi duro ao falar dos países desenvolvidos que, para ele, resistem a promover mudanças que dêem maior protagonismo ao mundo em desenvolvimento após a crise financeira global.

"A crise financeira que se abateu sobre todos mostrou o quão necessário será contar com organizações multilaterais poderosas, à altura de um mundo cada vez mais diverso e multipolar. Mas constatamos grande resistência à mudança", disse.

"Incapazes de assumir seus próprios erros, alguns governantes buscam transferir o ônus da crise para os mais fracos. Adotam medidas protecionistas que oneram bens e serviços e, ao mesmo tempo, se mostram lenientes com os paraísos fiscais, responsabilizam imigrantes pela crise social. A comunidade internacional precisa reagir", disse.

Lula também atacou a tese de que está em curso um choque entre as civilizações ocidental e islâmica, justamente a ideia que o Fórum Mundial de Aliança de Civilizações tenta combater.

"Essas teorias são criminosas quando utilizadas como pretexto para ações bélicas ditas preventivas. O Brasil aposta num entendimento que faz calar as armas, investe na esperança que supera o medo. Faz da política econômica e social sua única e melhor arma."
Já o premiê turco afirmou que as potências nucleares deveriam eliminar suas próprias armas atômicas para ajudar nas negociações para a paz mundial.

"Ouvimos pessoas falando sobre impedir que o Irã consiga armas nucleares, mas quem fala contra essas armas têm armas nucleares", disse Erdogan, que recebeu aplausos da plateia.

"Não conseguiremos ter paz mundial com a proliferação de armas nucleares no planeta", acrescentou.

Para ele, sem esse gesto das potências nucleares, qualquer argumentação contra o país persa fica fragilizada. "Quem fala disso deveria eliminar as armas nucleares de seus próprios países... essa é a única forma de serem convincentes", ponderou.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Acordo nuclear com Irã não pode ser desperdiçado, diz Lula


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o premiê turco, Tayyip Erdogan, se encontram em Brasília na quinta-feira.

REUTERS/Ricardo Moraes

Por Brian Ellsworth e Raymond Colitt
RIO DE JANEIRO/BRASÍLIA (Reuters) - Brasil e Turquia pediram na quinta-feira às grandes potências que aceitem o recente acordo nuclear com o Irã, que os Estados Unidos qualificaram de "perigoso".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, acusaram as potências ocidentais de estarem agravando o conflito com o Irã por sua recusa em negociar.

"Tudo o que eles queriam foi tudo o que nós fizemos, agora é preciso que as pessoas digam claramente se querem construir possibilidade de paz ou se querem construir possibilidade de conflito. A Turquia e o Brasil são pela paz", disse Lula a jornalistas durante o encontro dos dois governantes em Brasília.

Para o premiê turco, o momento não é adequado para discutir sanções ao Irã. Ele acrescentou que os países que criticam o acordo mediado por ele e Lula são "invejosos".

"Os países que estão criticando são países que têm armas nucleares e isso é muito contraditório", declarou Erdogan. Segundo ele, o Irã reafirmou à Turquia que não tem planos de construir armas nucleares.

Ambos estiveram neste mês em Teerã para mediar o acordo pelo qual o Irã aceitava enviar urânio baixamente enriquecido à Turquia, para receber no prazo de um ano combustível enriquecido a 20 por cento para uso em seu reator de pesquisas médicas.

Isso supostamente eliminaria os temores ocidentais de que o Irã poderia enriquecer urânio para uso em armas nucleares, uma intenção que Teerã nega possuir.

O acordo foi recebido com ceticismo pelos EUA e seus aliados, que acusam o Irã de já ter descumprido tratos anteriores. O intercâmbio de material nuclear havia sido proposto em outubro pela ONU, mas as potências ocidentais dizem que agora as condições mudaram.

Pressionando os demais países do Conselho de Segurança da ONU a aprovarem novas sanções contra o Irã, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, condenou em Washington a abordagem de Brasil e Irã.
"GANHAR TEMPO"

"Achamos que ganhar tempo para o Irã, permitir que o Irã evite a unidade internacional a respeito do seu programa nuclear, torna o mundo mais perigoso, e não menos", disse ela em discurso no Instituto Brookings.

"Certamente temos sérias discordâncias com a diplomacia do Brasil a respeito do Irã", acrescentou ela.

Também em visita ao Brasil, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o Irã precisa se empenhar mais para afastar as preocupações internacionais. "No coração da crise parece haver uma séria falta de confiança no Irã", disse ele.

Ban, que participa de um evento da ONU no Rio, disse a jornalistas que o Irã, embora afirme não desejar armas nucleares, "declarou que vai continuar o processo de enriquecimento" de urânio mesmo com o intercâmbio de combustível nuclear.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU já concordaram com a adoção de novas sanções ao Irã, inclusive Rússia e China, que antes relutavam por causa das suas intensas relações econômicas com Teerã.

O apoio russo às sanções causou evidentes atritos entre os dois governos, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, não escondeu sua frustração com o comportamento da República Islâmica. "Para nosso grande pesar, durante anos - não só meses - a resposta do Irã a esses esforços foi insatisfatória, para falar em termos brandos", declarou.

Lavrov disse no entanto que o acordo mediado por Brasil e Turquia seria um avanço importante, caso viesse a ser implementado. Segundo uma nota do governo russo, ele mais tarde telefonou para o seu colega iraniano, Manouchehr Mottaki, a quem prometeu uma "cooperação ativa em levar adiante o processo de negociação."

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Paulo Skaf: preste atenção nesse cara


Paulo Skaf: preste atenção nesse cara
Com uma homenagem à Família de Miguel Arraes e a participação de mais de 700 pessoas entre militantes, lideranças nacionais e estaduais, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou, na última sexta-feira (21/05), a Pré-candidatura do Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ao governo do Estado de São Paulo.

Em evento na Assembléia Legislativa o PSB contou com as presenças do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do presidente estadual, Márcio França (deputado federal) e do presidente Municipal da legenda, vereador Eliseu Gabriel. Também estiveram presentes Ricardo Coutinho, prefeito de João Pessoa e pré-candidato ao governo da Paraíba, deputado federal Rodrigo Rollemberg, líder do PSB na Câmara dos Deputados, Wilson Martins, governador do Piauí, Renato Casagrande, líder do PSB no Senado Federal e pré-candidato ao governo do Espírito Santo. Também estiveram na Assembléia prefeitos, deputados federais e estaduais, vereadores e outras lideranças do PSB.

“Temos que descentralizar o poder do Palácio dos Bandeirantes para outras regiões do Estado”, destacou Skaf em seu pronunciamento. Salientou que seu governo não vai ficar esperando o Governo Federal para resolver os problemas de São Paulo. Além disso, frisou que São Paulo tem que ser referência no respeito às pessoas e no trato das áreas prioritárias como Educação, Saúde, Transporte, Segurança.

“Nós somos o novo, se já tivéssemos 20 % das intenções de voto, seriamos o velho”, disse Skaf para aqueles que não acreditam na sua vitória e ironizam sua performance nas pesquisas.

“Já está na hora de renovação, aproveitando as coisas boas que foram feitas" afirmou Eduardo Campos lembrando do longo tempo em que o Estado é governado pelo mesmo partido.

Marcio França destacou que o partido está apenas na primeira grande etapa, lançando o nome de Paulo Skaf. No dia 13 de junho teremos o maior congresso estadual já realizado pelo PSB.

Para Eliseu Gabriel Skaf é um empresário nacional, preocupado com desenvolvimento do país tem experiência para governar de forma moderna e inteligente.

SP: Kassab diz que justiça brasileira é muito séria

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1270290-7823-SP+KASSAB+DIZ+QUE+JUSTICA+BRASILEIRA+E+MUITO+SERIA,00.html

Terça-feira, 25/05/2010

Duas horas antes do julgamento, o prefeito cumpriu os compromissos da agenda na Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, no Morumbi. Gilbero Kassab disse estar tranquilo e elogiou a decisão judicial.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Atuação política, compromisso com o país, PAULO SKAF



Filiar-se, pôr-se à disposição do povo, é dever de todos os que podem contribuir para a democracia e para a solução dos problemas

Famílias, setores do ensino e a sociedade devem refletir sobre a queda de 25,65% no número de eleitores com 16 e 17 anos em relação às eleições de 2006, recém-divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para esses jovens, votar não é obrigatório, como ocorre com os maiores de 18. Assim, precisamos entender o porquê do desânimo em exercitar a mais importante das prerrogativas democráticas: o voto.
As causas do fenômeno podem estar no cenário político nacional, ainda marcado por clientelismo, corrupção e fisiologismo.
Esses problemas, em parcela anacrônica da classe política, são temas da mídia e enojam as pessoas, sem falar de políticas públicas não equacionadas.
Os avanços e conquistas da democracia, forjados a partir do voto -como a estabilidade monetária, o bom momento da economia, a ampliação da classe média e o menor número de excluídos-, acabam embaçados pelos problemas.
No plano federal, além de alguns descompassos de comportamento no Legislativo, persistem "dívidas" relativas à infraestrutura e às reformas política, tributária, previdenciária e trabalhista.
No Estado de São Paulo, com a população mais numerosa e a maior economia do Brasil, violência, saúde e educação, precárias, bem como poluição e trânsito, seguem desagradando à sociedade.
Cientistas sociais observam que os cidadãos, dentre eles os jovens, têm descrédito quanto à política.
Sentem a triste sensação de que é inútil votar. O acerto da análise sociológica, contudo, não avaliza a atitude de omissão à qual se resignam alguns brasileiros, pois a essência da democracia é a participação. E esta ocorre por meio do voto, da crítica e do protesto cívicos e da proposição de soluções.
São infrutíferas as atitudes de só criticar e/ou a posição panfletária de ser contra tudo e contra todos.
É necessário criar e propor alternativas! Muitas das medidas que viabilizaram o atual momento da economia brasileira nasceram de ações da sociedade, dentre elas algumas corajosamente defendidas por instituições lideradas pela Fiesp e pelo Ciesp, como o fim da CPMF, que deixou R$ 200 bilhões nos bolsos de todos os brasileiros.
Participar é ainda mais eficaz no âmbito dos partidos, base do sistema político. Filiar-se, colocar-se à disposição do povo, mais do que legítimo, é dever de todos os que podem contribuir para a solução dos problemas e para o fortalecimento da democracia.
É importante a experiência de cada um de nós, que atuamos em todos os níveis e setores -do sítio à grande fazenda, do microcomércio à rede de lojas, do artesanato à indústria, do autônomo à prestadora de serviços-, cuja expertise em gestão reforça compromisso com a sociedade, pois pode ser de extrema valia na administração do Executivo ou no Legislativo.
O empreendedor, comprometido com produtividade, eficiência e resultado, virtudes indispensáveis ao equilíbrio e sobrevivência das empresas privadas, pode trazer novas ideias para velhos problemas.
Assim, a participação político/eleitoral desses brasileiros é importante, inclusive para suprir a carência de lideranças alternativas. Só a quebra do paradigma da mesmice suscitará o exercício do voto como direito constitucional, não como mera obrigação burocrática.
O ingresso de novos nomes nos partidos e disputas eleitorais, oxigenando a política, é um estímulo à democracia participativa, um compromisso com a nação!


PAULO SKAF , empresário, é presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e pré-candidato a governador de São Paulo pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Folha de SP de 24 de maio de 2010

domingo, 23 de maio de 2010

Ahmadinejad diz que acordo com Brasil e Turquia abre nova era


Ahmadinejad diz que acordo com Brasil e Turquia abre nova era

'Irã quer continuar com a colaboração e a interação', disse.
Acordo fechado na segunda-feira prevê troca de combustível nuclear.

Do G1, em São Paulo, com agências
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Ahmadinejad e Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, insistiu neste domingo (23) em que o acordo para facilitar a troca nuclear assinado entre seu país, Turquia e Brasil é uma oportunidade para fortalecer a cooperação no mundo.

"Este documento significa o início de uma era nova nas relações políticas na arena internacional", disse Ahmadinejad durante uma conversa por telefone com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, citado pela agência local "Isna".

"Irã quer continuar com a colaboração e a interação com os países amigos para contribuir a uma nova atmosfera de justiça e cooperação", acrescentou.

Erdogan reiterou que seu país fará esforços para que a chamada "declaração de Teerã" consiga apoio das demais nações, assinalou a fonte.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o próprio Erdogan conseguiram na segunda-feira passada um compromisso escrito do Irã para que aceite trocar parte de seu combustível nuclear fora de seu território.

Troca de material
Segundo o acordo fechado, o Irã enviará 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento para a Turquia, que devolverá o material enriquecido para um reator de pesquisas do Irã.

Depois de até um ano, o Irã deverá receber 120 kg de urânio enriquecido a 20%. De acordo com o porta-voz do ministério das Relações Exteriores iraniano, o urânio enriquecido estará sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica na Turquia.

Sanções
Apesar do acordo, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que o projeto de novas sanções contra o Irã por conta de seu programa nuclear se mantém inalterado.

O governo americano disse que o programa fechado com a mediação de Brasil e Turquia é um passo positivo, mas o Irã ainda tem de demonstrar por atos que vai respeitar suas obrigações internacionais na questão nuclear.

"O Irã precisa tomar os passos necessários para assegurar à comunidade internacional que seu programa nuclear é voltado exclusivamente para propósitos pacíficos", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, em um comunicado.

Polêmica
No ano passado, os Estados Unidos, a Rússia e a França propuseram retirar do Irã urânio com baixo grau de enriquecimento em troca de combustível com urânio enriquecido a 20%. A proposta era que o material fosse enviado para a Rússia e a França.

No entanto o Irã queria a troca de seu urânio pouco enriquecido por urânio mais enriquecido em pequenas quantidades e em seu próprio território, temendo a possibilidade de não receber de volta seu urânio.

Globo.com

Lula negocia para assumir a ONU ou o Banco Mundial


Lula negocia para assumir a ONU ou o Banco Mundial
DE SÃO PAULO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou articulações com outros líderes mundiais para definir seu futuro após deixar o cargo. Gostaria de virar secretário-geral de uma renovada ONU (Organização das Nações Unidas) ou de presidir o Banco Mundial, informa reportagem de Kennedy Alencar, publicada neste domingo pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Lula já tratou dos dois temas com outros presidentes e primeiros-ministros. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, também fala com diplomatas estrangeiros.

A avaliação de Lula, Amorim e alguns líderes mundiais é que o brasileiro conquistou cacife político que o credencia a assumir um posto internacional de relevo.

No entanto, não interessaria a Lula virar secretário-geral da ONU no atual formato, muito dependente dos EUA e dos outros vencedores da Segunda Guerra Mundial --Reino Unido, França, Rússia e China.
Mas, se for aprovada uma reforma da ONU, a começar pelo Conselho de Segurança, Lula trabalhará para disputar a secretaria-geral.

Na Europa, três líderes endossam a postulação de Lula para secretário-geral: o presidente de governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, o premiê de Portugal, José Sócrates, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy.

Folha on line de 23 de maio de 2010

Foto: Agência Brasil

sábado, 22 de maio de 2010

PSB exige tratamento VIP e Dilma em palanques concorrentes do PT


PSB exige tratamento VIP e Dilma em palanques concorrentes do PT

Ao confirmar o apoio à pré-candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Palácio do Planalto, o PSB pediu mão dupla nos estados e tratamento igualitário na hora de ela escolher em quais palanques de candidaturas aos governos estaduais de partidos aliados vai subir. O objetivo é garantir que a petista não deixará os socialistas jogados para escanteio nos estados, relegados à própria sorte, num recado direto ao embate em São Paulo.

“Dilma não é só candidata do PT. Ela é candidata de um conjunto de partidos e todos esses partidos terão de ser tratados de forma respeitosa e equilibrada. De outro jeito seria inaceitável”, disse o presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Em São Paulo, o PSB lançou ontem como pré-candidato a governador o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Os socialistas querem o compromisso de que Dilma Rousseff pisará também no palanque de Skaf e não dará atenção apenas ao pré-candidato do PT Aloizio Mercadante. Um dos motivos para o presidente da Fiesp manter o nome no páreo é uma avaliação de que ele poderá enxugar votos do pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, viabilizando um segundo turno. Pesquisas de intenção de votos mostram o tucano com vantagem que o leva à vitória na primeira rodada de votações.

“O perfil do Skaf mostra que ele cresce no eleitorado do Alckmin e é importante para a candidatura da Dilma”, disse o líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF). “Vamos querer tratamento igual”, reforçou o deputado.

A decisão de confirmar o apoio a Dilma partiu do Diretório Nacional, reunido ontem em Brasília. O órgão também marcou a convenção que chancelará a posição para 14 de junho, no dia seguinte à oficialização pelo PT de Dilma como candidata.

O diretório também descartou enquadrar as instâncias regionais do partido que decidirem pelo apoio à candidaturas de legendas de oposição, como é o caso do Paraná e de Alagoas. O PSB paranaense está ao lado do ex-prefeito de Curitiba Beto Richa na corrida pelo governo local contra o PT. Em Alagoas, os socialistas sustentam o palanque do governador, Teotonio Vilela, que busca a reeleição. Há outro caso ainda que é o inverso, o ex-prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho (PSB) disputará o governo da Paraíba com apoio tucano e contra o PT, que apoia a reeleição do governador José Maranhão.

Segundo Eduardo Campos, mesmo aliados a agremiações de oposição, os socialistas devem seguir a orientação nacional e votar em Dilma para presidente e em candidatos correligionários para deputados e senadores. O PSB terá 10 candidatos a governo e 9 ao Senado. “A nossa orientação é que vereadores e prefeitos têm que votar nos candidatos do PSB porque nosso objetivo é aumentar as bancadas no Senado e na Câmara”, disse Campos.

Ciro
O governador de Pernambuco buscou minimizar a insatisfação do deputado Ciro Gomes, que foi obrigado a desistir de sua pré-candidatura ao Planalto. O irmão do deputado, governador do Ceará, Cid Gomes, sustentou ontem, depois de encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que Dilma terá apoio de Ciro. Lula, segundo Cid, perguntou sobre o que o deputado anda fazendo. Ciro Gomes está nos Estados Unidos, licenciado do mandato.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/22/politica,i=193914/PSB+EXIGE+TRATAMENTO+VIP+E+DILMA+EM+PALANQUES+CONCORRENTES+DO+PT.shtml

Skaf se lança e prega fim da polarização entre PSDB e PT


Com o marqueteiro Duda Mendonça, campanha do PSB tenta apresentar presidente da Fiesp como alternativa em SP

Flávia Tavares - O Estado de S.Paulo
Ao som de "O Skaf chegou para te falar o que ninguém te falou", verso do jingle criado para sua campanha, Paulo Skaf foi recebido ontem pela cúpula do PSB no lançamento de sua pré-candidatura ao governo de São Paulo.


Algumas ausências foram sentidas no evento, como a de Ciro Gomes, que está nos Estados Unidos; a de seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes; a de Luiza Erundina, que se opõe a um empresário como candidato socialista; e a de Gabriel Chalita, também recém-filiado ao PSB.

Mas o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, estava lá, bem como Márcio França, presidente da legenda em São Paulo. E, em seus discursos, insistiram em apresentar Skaf como a alternativa à polarização entre PSDB e PT no Estado - embora o PSB tenha retirado a "alternativa" Ciro Gomes da disputa presidencial. "Está na hora de não fazer com arrogância, de congregar e ouvir outros", alfinetou Campos.

Skaf ironizou os 2% que tem apresentado em pesquisas de intenção de votos. "Se eu tivesse 20%, representaria o velho", declarou. Depois do evento, reafirmou o que Márcio França já havia dito sobre a aliança nacional com o PT. "Vamos apoiar na medida em que recebermos apoio. Se a Dilma quiser, será bem-vinda em meu palanque", disse Skaf, presidente da Fiesp até dia 31 de maio, quando se licencia.

Marqueteiro. O responsável pelo jingle é Duda Mendonça, que já prestou uma consultoria à Fiesp e, agora, contratado pelo PSB, comanda o marketing da campanha de Skaf. "Estou negociando outras campanhas", afirmou, revelando que teria mais de dez encaminhadas. E lamentou ter pouco tempo de TV para promover Skaf, que, até agora, só tem aliança com o PSL.

Sobre as propagandas de PSDB e PT que foram ao ar recentemente, Duda elogiou ambas, mas disse acreditar que, por enquanto, quem presta atenção é só político e jornalista. "O povo quer saber é por que o Ganso não foi convocado", brincou.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PSB lança pré-candidatura de Paulo Skaf ao governo de São Paulo

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1267852-7823-PSB+LANCA+PRECANDIDATURA+DE+PAULO+SKAF+AO+GOVERNO+DE+SAO+PAULO,00.html

Sexta-feira, 21/05/2010

Paulo Skaf, atual presidente da Fiesp, vai se licenciar do cargo para concorrer ao governo no fim deste mês. Ele afirmou que o partido está conversando com outras partidos sobre possíveis coligações.

Paulo Skaf é o pré-candidato do PSB em São Paulo


O PSB lançou nesta tarde seu candidato a Governador de São Paulo, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no auditório Franco Montouro, o empresário e Presidente da FIESP Paulo Skaf.

O evento contou com a presença de vários pré-candidatos, dentre eles o jornalista Vitor Santos, vereadores, deputados, senadores e do governador Eduardo Campos (PE), do governador do Piauí, Wilson Martins, com um público que lotou as dependências da Assembléia Legislativa, foi colocado um telão para os convidados acompanharem o evento.

Entre os presentes estavam o publicitário Duda Mendonça contratado para fazer a campanha de Skaf, além do ex-jogador Marcelinho Carioca.

Paulo Skaf falou durante o lançamento que representa uma nova opção para quem quer a renovação no Estado.

Em relação ao percentual de 2% apresentado nas pesquisas de intenção de votos, Paulo Skaf comentou que se tivesse 25% de intenção não representaria a renovação e a esperança de transformação.

Disse ainda, que o PSDB está a 16 anos no governo, é hora de mudar e renovar. São Paulo precisa de um governador que tenha coragem, vontade de trabalhar e saiba exercer a autoridade para resolver os problemas que afligem o Estado e a população.



Criticando o setor de transportes, falou que os trabalhadores levam três horas para ir e voltar do trabalho, são transportados de forma desumana e não tem a quem recorrer. Enquanto isso os políticos ficam com jogo de empurra, empurra, mas um governador não pode empurrar o problema para os outros, falta autoridade e vontande de fazer.

Pesquisas recentes dão conta de que 65% dos paulistas querem uma novidade e 35% querem algo novo, é com isso que conta o pré-candidato Paulo Skaf para ganhar as eleições.

Paulo Antônio Skaf, nasceu em São Paulo, no dia 7 de agosto de 1955, é empresário, de família de origem libanesa, Paulo Skaf cursou Administração de Empresas na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Proprietário da Skaf Indústria Têxtil Ltda, atualmente em outro ramo de atividade, destacou-se como líder patronal como presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e do Sindicato da Indústria Têxtil do Estado de São Paulo.

Desde 2004, é presidente da FIESP, do CIESP, do SESI e do SENAI em São Paulo, do Instituto Roberto Simonsen e ocupa a primeira vice-presidência da Confederação Nacional da Indústria.



Reportagem de Vitor Santos



foto: Márcio Pinheiro

Editoriais pelo mundo afora condenam a aproximação do presidente brasileiro com o ditador iraniano Mahmoud Ahmadinejad


Foto por Andre Penner/AP

Ô, Lula,,,
Editoriais pelo mundo afora condenam a aproximação do presidente brasileiro com o ditador iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
DC - 18/5/2010 - 21h50

"Caro Lula,

É com a mais profunda tristeza que vejo você abraçando a encarnação de tudo que nega os direitos humanos, a justiça social e tudo de bom que os sindicatos representaram(e que são a base da sua história). Sua imagem ao lado do tirano iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, como se ele fosse o melhor amigo da democracia brasileira, chocou os democratas ao redor do mundo. Este homem preside um regime que tortura, mata, aprisiona e humilha aqueles cidadãos que ousam clamar pela liberdade e pela democracia. Adolescentes são enforcados em guindastes; manifestantes são mortos impunemente nas ruas. Mulheres são tratadas como cidadãos de segunda categoria e apedrejadas até a morte. Escritores e jornalistas são volta e meia aprisionados, suas publicações censuradas e os sindicatos inexistem. Iranianos homossexuais vivem no temor de que sua sexualidade seja descoberta pelos clérigos fanáticos, que odeiam os direitos humanos e governam o país, com Ahmadinejad como seu boneco.

Seu novo amigo é um exterminador que conclamou que os judeus de Israel fossem varridos da face da Terra. Seu novo companheiro manda foguetes e bombas para o Hezbollah, terroristas assassinos de judeus. Ele anda ao redor do mundo ameaçando cada democracia com sua ira. Seu regime é uma corrida para obter a bomba nuclear, que poderia desestabilizar totalmente a região. (...)

O que aconteceu com o Lula a quem apoiei e prestei minha solidariedade? Eu nunca tive ilusões sobre o decadente Castro, com o corrupto campo de prisioneiros que se tornou a Cuba de hoje, onde escritores apodrecem na cadeia e oposicionistas pró-democratas, como Orlando Zapata, são condenador a morrer presos. Já tive a esperança de que Hugo Chavez usaria seu carisma para fazer da Venezuela uma democracia, onde a justiça social falaria mais alto. Mas ele é só mais um populista, como Perón.

(...) O seu papel global como campeão dos direitos humanos foi admirado em todos os lugares. E então você posa ao lado de Ahmadinejad, que é a negação de tudo que você sempre sustentou, e tudo o que as democracias da Europa e do resto do mundo conseguiram construir. Como pôde chegar a isso?

Gosto de voar nas aeronaves da Embraer e apoio o incremento do comércio e dos contatos com o Brasil. Seu belo país tem muito a contribuir para um mundo melhor, exatamente como você sempre contribuiu para a chegada dele a uma democracia moderna. Por que, então, tomar um chá com um tirano e envergonhar sua história de vida?

Denis Macshane foi secretário para a América Latina na administração do primeiro-ministro britânico Tony Blair

A menos que detalhes de um novo acordo (uma carta deve ser enviada à Agência Internacional de Energia Atômica) contenha surpresas agradáveis, parece que o Irã conseguiu repetir com sucesso seu velho truque de alargar a divisão entre os países que se preparam para reforçar as sanções em torno dele. Israel já disse que o Brasil, inexperiente na diplomacia do Oriente Médio, pode ter sido manipulado, e o ceticismo certamente aumentará nos próximos dias. Messrs Erdogan e Lula não terão muito tempo para saborear suas conquistas.


The Economist

Pouco depois de o Irã ter anunciado a execução de cinco ativistas políticos curdos, no dia 9, um domingo, recebi e-mail de uma militante dos direitos humanos em Teerã, que conhecia um dos executados, pedindo que eu divulgasse algumas palavras sobre os enforcamentos. "Estamos realmente desprotegidos", ela escreveu, "e nos sentimos perdidos."

O Irã rotulou os cinco de "terroristas", mas defensores dos direitos humanos afirmam que os prisioneiros negaram todas as acusações contra eles; foram submetidos à tortura e condenados injustamente. Um dos cinco, Farzad Kamangar, foi sentenciado à morte depois de uma defesa que durou cinco minutos, segundo disse seu advogado.

Outra condenada, Shirin Alam-houli, escreveu diversas cartas da prisão, afirmando ter feito falsas confissões depois de passar por torturas. As famílias dos prisioneiros, segundo as informações recebidas, não foram notificadas das execuções com antecedência.

Se a comunidade internacional falha em condenar tais atrocidades, o regime do Irã continuará a espezinhar os direitos básicos dos indivíduos, muitos dos quais foram detidos simplesmente por levantar, pacificamente, a bandeira dos direitos humanos universais.
É comum que os prisioneiros de Teerã – incluindo jornalistas, blogueiros, militantes dos direitos das mulheres, estudantes ativistas e aderentes da minoria religiosa Baha’i – sejam presos e confinados em solitárias por longos períodos, sem acesso a advogados para defendê-los contra acusações fabricadas, como espionagem e "propaganda contra o Islã" ou contra o regime.


Do Jerusalem Post

O acordo-golpe anunciado na segunda-feira pelo Irã , juntamente com o Brasil e a Turquia, em nada conterá o programa nuclear de Teerã. Mas poderia inviabilizar os esforços da administração de Obama – de focar a pressão internacional sobre o Irã – e ganhar mais tempo para o regime enriquecer urânio e derrotar a oposição interna. Em outras palavras, poderia ser um grande golpe diplomático para o regime do aiatolá Ali Khamenei, que explorou habilmente a ânsia dos líderes brasileiro e turco de provar a si mesmos que são peças globais.

Como o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad esperava, os dirigentes brasileiro e turco declararam que as negociações ampliaram as discussões sobre o impasse das sanções ao país.
Este é um momento é crucial para o Irã: está se aproximando o dia 12 de junho, aniversário da última eleição presidencial, e o regime tenta prevenir o ressurgimento da oposição do Movimento Verde. Evitar sanções por mais algumas semanas ajudaria Khamenei e Ahmadinejad a reforçar sua trincheira extremista.

Washington Post

Jornal Diário do Comércio

Lula anuncia pacote de bondade para prefeitos e joga problema para futuro presidente


Foto: Getty Images

SIMONE IGLESIAS
FÁBIO AMATO
da Sucursal de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje pacote de medidas aos prefeitos, entre elas um mecanismo permanente de compensação para evitar perdas dos municípios nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

Com a medida, o governo fica obrigado a transferir aos municípios no mínimo o valor pago de FPM no ano anterior. Isso significa que, caso haja de um ano para o outro queda na arrecadação de impostos que irrigam o fundo, o governo terá que completar o repasse com verba do Tesouro.

A proposta tem que ser aprovada pelo Congresso. Como o governo não enfrenta queda na arrecadação neste ano, na prática os efeitos da medida serão sentidos pelo seu sucessor.

O sistema de compensação é uma forma de estancar as críticas dos prefeitos que reclamam das medidas de desoneração do governo adotadas no ano passado para conter os efeitos da crise econômica internacional, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

O FPM é composto de uma parcela do IPI e de uma parcela do Imposto de Renda. As medidas do governo para enfrentar a crise, como a redução do IPI para vários setores, diminuíram a arrecadação desses impostos e, consequentemente, o repasse de verba aos municípios.

O valor a que cada cidade tem direito no bolo é calculado de acordo com o tamanho de sua população. Os municípios pequenos são os mais dependentes do repasse.

Para compensar as perdas ocasionadas aos municípios por conta da queda da arrecadação, o governo liberou uma ajuda extra de R$ 2,3 bilhões que igualou o FPM liberado em 2008.

O anúncio foi feito por Lula durante cerimônia de encerramento das 13ª edição da Marcha dos Prefeitos, em Brasília. O presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkosky, reconheceu a importância da medida do governo, mas disse que ela não resolve a falta de verbas enfrentada pelos prefeitos neste ano.

"[A medida do governo] é um projeto para o futuro e não atende ao momento. É uma manifestação de vontade que vai ficar para o futuro. Os prefeitos atuais queriam uma decisão agora", disse. O governo informou que o mecanismo passa a valer assim que aprovado pelo Congresso.

Ziulkosky reclamou ainda que o projeto prevê apenas a complementação da verba do FPM, mas o que os prefeitos realmente querem é "coisa a mais."

A compensação contra perdas do fundo é anunciada por Lula em seu último ano de seu mandato, apesar de ser uma demanda antiga dos prefeitos.

O governo anunciou ainda na cerimônia que vai tocar algumas das obras do PAC-2 (Programa de Aceleração do Crescimento) sem a contrapartida dos municípios, em especial os mais pobres, sem dar mais detalhes sobre o assunto. O presidente também assinou um decreto instituindo um plano de combate ao crack, que prevê o investimento de R$ 410 milhões neste ano em ações de prevenção, tratamento e reinserção social.

Sobre a regulamentação da emenda 29, que trata do rateio entre governo federal, Estados e Municípios do custeio da Saúde e que contou com forte cobrança dos prefeitos, Lula disse que a responsabilidade pela não aprovação do projeto é do Congresso.

Folha on line de 21 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Filmes em Cannes mostram "assalto" que causou a crise bancária


JAMES MACKENZIE
MIKE COLLETT-WHITE
da Reuters, em Cannes

Um retrato devastador de um sistema corrupto e descontrolado emerge de dois documentários sobre a crise financeira que coincidem com o retorno de Oliver Stone a uma Wall Street fictícia no Festival de Cinema de Cannes.

"Inside Job", dirigido por Charles Ferguson, e "Cleveland versus Wall Street", do diretor suíço Jean-Stephane Bron, dissecam meticulosamente o desastre que colocou o sistema bancário global de joelhos.

Decompondo uma série altamente complexa de eventos, os filmes examinam o frenesi especulativo que vinculou compradores de casas nos EUA, autoridades complacentes e financistas globais irresponsáveis e, de tudo isso, destilam uma mensagem simples.

"O que aconteceu foi um assalto bancário, mas foi um assalto cometido pelo presidente do banco, não por algum sujeito aleatório que entra com uma arma na mão", disse Ferguson à Reuters em entrevista.

"Foi um crime cometido pelas pessoas que comandavam o sistema financeiro", disse ele. "Nós deixamos essas pessoas correrem soltas, sem freios, e elas afundaram o sistema."

Hoje os nomes mais ilustres de Wall Street estão travando uma batalha de relações públicas para salvar suas reputações da maré de indignação pública contra o setor. Eles dizem que a opinião pública com frequência é injusta e mal informada.

Divulgação

Cena da sequência de "Wall Street", do diretor Oliver Stone, que teve sua estreia em Cannes fora da competição

Mas, com o velho vilão Gordon Gekko, criado por Oliver Stone, também presente em Cannes em "Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme", o clima crescente de ira pública evidentemente se alastrou para o maior festival de cinema do mundo.

"Acho que os banqueiros deveriam estar na cadeia, mas as coisas não acontecem assim", disse Stone à Reuters em entrevista depois de seu filme ser exibido em Cannes, fora da competição.

"Hoje as pessoas já sabem: que os bancos nos estão ferrando e que eles saíram impunes."

Os dois documentários são os equivalentes cinematográficos da onda de livros sobre o derretimento financeiro que vem marcando presença nas listas de livros mais vendidos nos últimos meses, enquanto o público procura explicações sobre o que deu errado.

O filme de Ferguson procura explicar a crise dos bancos. Já Bron emprega o formato de um filme sobre julgamento, para mostrar as vítimas do colapso das hipotecas de alto risco que perderam suas casas quando os ventos financeiros mudaram de direção.

"Todo o mundo conhece o termo 'hipoteca de alto risco', mas não sabemos exatamente o que isso significa, o que está por trás desse termo", disse o diretor. "A gente precisa de personagens. Foi por isso que fizemos o filme no formato de um julgamento."

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Senado aprova por unanimidade o projeto Ficha Limpa

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1266493-7823-SENADO+APROVA+POR+UNANIMIDADE+O+PROJETO+FICHA+LIMPA,00.html

Plenário do Senado nesta quarta-feira (19) durante
discussão do projeto ficha limpa
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Senado aprova projeto ficha limpa por unanimidade
Projeto que tenta barrar candidato condenado teve 76 votos a favor.
Movimento que fez a proposta deseja que regra valha para esta eleição.
Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília


O Senado aprovou nesta quarta-feira (19) o projeto ficha limpa, que impede a candidatura de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada em processos ainda não concluídos. Foi mantido o texto aprovado na Câmara. O projeto teve 76 votos a favor, sem votos contrários e abstenções –o presidente do Senado não votou e quatro senadores não compareceram à sessão. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Uma emenda de redação foi acrescentada ao projeto, padronizando expressões no texto. Mesmo com a emenda, que acabou aprovada por 70 votos, também sem votos contrários e abstenções, o projeto não volta à Câmara, porque não altera o mérito, afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que fez a proposta com o respaldo de mais de 1,6 milhão de assinaturas, acredita ser possível aplicar a nova regra já nas eleições deste ano, se Lula sancionar o projeto até 9 de junho.

saiba mais

Senador questiona TSE sobre validade de ‘ficha limpa’ em 2010 Juristas divergem sobre validade e constitucionalidade da 'ficha limpa' O texto aprovado na Câmara e mantido integralmente no Senado pelo relator Demóstenes Torres (DEM-GO) proíbe por oito anos a candidatura de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada, mesmo que o trâmite do processo não tenha sido concluído no Judiciário. Esse tipo de decisão colegiada acontece, geralmente, na segunda instância ou no caso de pessoas com foro privilegiado.

O projeto prevê ainda a possibilidade de um recurso a um órgão colegiado superior para garantir a candidatura. Caso seja concedida a permissão para a candidatura, o processo contra o político ganharia prioridade para a tramitação.


O texto que sai do Congresso é mais flexível do que o proposto pelo movimento. A ideia inicial era proibir a candidatura de todos os condenados em primeira instância. Atualmente, só políticos condenados em última instância, o chamado trânsito em julgado, são impedidos de disputar eleições.

A votação aconteceu de forma acelerada depois de um recuo do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). Na semana passada, ele chegou a dizer que o Senado não decidiria o tema sob pressão. Nesta semana, ele mudou o discurso e defendeu a votação com urgência.

Jucá concordou até com uma manobra que permitiu ao projeto furar a fila de outros projetos.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Lançamento da pré-candidatura de Paulo Skaf para o Governo de São Paulo


Lançamento da pré-candidatura de Paulo Skaf para o Governo de São Paulo.

Será na próxima sexta-feira, 21 de maio, às 16 horas, no auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa de São Paulo.

O ato marcará o início da caminhada do PSB rumo à vitória nas eleições de 2010. Estarão presentes, entre outros: o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Presidente Nacional do PSB; o Deputado Federal Marcio França, Presidente Estadual do PSB; o Vereador Eliseu Gabriel, Presidente Municipal do PSB de São Paulo.

domingo, 16 de maio de 2010

Lula anuncia criação de linha de crédito para financiar exportação de alimentos para o Irã

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1264556-7823-LULA+ANUNCIA+CRIACAO+DE+LINHA+DE+CREDITO+PARA+FINANCIAR+EXPORTACAO+DE+ALIMENTOS+PARA+O+IRA,00.html

Domingo, 16/05/2010

Segundo o presidente, o Brasil não vai alcançar suas ambições sem um mecanismo ágil. Lula afirmou que não faz sentido que os negócios entre as empresas dependam de bancos estrangeiros.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Lula visita a Rússia para falar do programa nuclear do Irã

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1263857-7823-LULA+VISITA+A+RUSSIA+PARA+FALAR+DO+PROGRAMA+NUCLEAR+DO+IRA,00.html

Sexta-feira, 14/05/2010

O presidente russo, Dmitri Medvedev, lembrou que o Brasil foi o único país latino americano a combater o fascismo e o nazismo na guerra.

Lula vê 99% de chances de acordo com Irã durante visita


Foto: reutrs
MOSCOU (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira estar confiante de que conseguirá convencer o Irã a fechar um acordo sobre seu programa nuclear.
Perguntado quais as chances de um acordo com o Irã durante sua visita ao país entre os dias 15 e 17 numa escala de zero a dez, Lula disparou: "Eu daria 9,9". A declaração foi dada em entrevista ao lado do presidente russo, Dmitry Medvedev.

(Reportagem de Fernando Exman)

Lula diz que se esforçará para convencer a dialogar


Foto: reutrs

MOSCOU (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu nesta sexta-feira fazer o melhor que puder durante sua visita a Teerã para convencer o Irã da necessidade de diálogo sobre o programa nuclear da República Islâmica.
"Farei meu melhor para convencer meus parceiros da necessidade de diálogo", disse Lula em comentários traduzidos no Kremlin após se reunir com o presidente russo, Dmitry Medvedev, numa referência à visita que fará ao Irã.

Assim como a Rússia, o Brasil não está disposto a apoiar a quarta rodada de sanções contra o Irã até que todas as vias de diálogo estejam esgotadas.

Programa nuclear iraniano é tema de Lula na Rússia


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de cerimônia ao desembarcar em Moscou para visita oficial à Rússia.

REUTERS/Alexander Natruskin

Por Fernando Exman
MOSCOU (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita Moscou nesta quinta e sexta-feira com o objetivo de tentar aproximar as políticas externas do Brasil e Rússia, um dos protagonistas nas negociações sobre o programa nuclear iraniano.

Os presidentes Lula, que já chegou à capital russa, e Dmitry Medvedev devem anunciar durante a visita o lançamento de um plano de ação que incluirá os principais temas da agenda bilateral que precisam avançar nos próximos anos.

Segundo a embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, diretora-geral do Departamento de Europa do Ministério das Relações Exteriores, o desarmamento e a não proliferação de armas nucleares, no qual serão incluídas as conversas sobre a questão iraniana, constarão do plano.

"É natural que (a negociação sobre o programa nuclear iraniano) seja tratada, porque é um tema da atualidade e de grande envolvimento dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), e a Rússia é um deles", disse à Reuters a diplomata.

"Estamos ampliando a coordenação em organismos multilaterais e no estabelecimento de mecanismos de consulta política, inclusive no Bric (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China)."

Depois de deixar a capital russa, Lula seguirá para o Catar e Teerã. Lideradas pelos Estados Unidos, potências ocidentais acusam Teerã de buscar a fabricação de armas nucleares e defendem a aplicação de uma quarta rodada de sanções contra o país persa pela ONU. O governo de Mahmoud Ahmadinejad nega ter tal intenção, e alega querer a energia nuclear para fins pacíficos.

Em meio à disputa, o Brasil vem trabalhando para que o Irã alcance uma solução negociada com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), depois que os dois lados chegaram a um impasse sobre a troca de urânio iraniano por combustível nuclear já pronto para o uso. O Brasil também desenvolve a energia nuclear com objetivos pacíficos.

No âmbito externo, o governo Lula tem trabalhado para conquistar um maior espaço na cena internacional, mas enfrenta dificuldades para conseguir participar com efetividade da agenda do Oriente Médio. Os EUA e outras potências ocidentais têm criticado a postura do Brasil quanto ao Irã. Alertam que Ahmadinejad está usando o Brasil para ganhar tempo, cenário rechaçado pelo governo brasileiro.

COMÉRCIO BILATERAL
O comércio também estará na pauta da visita de Lula a Moscou. Um dos temas do plano de ação será a realização de estudos por parte dos bancos centrais dos dois países para viabilizar trocas comerciais em moeda local. Segundo a embaixadora, a iniciativa ainda está em um estágio "embrionário".

A representatividade das exportações brasileiras nas importações russas caiu para 1,50 por cento em 2009 de 1,59 por cento no ano anterior. Na outra ponta da corrente comercial, a participação do Brasil nas exportações da Rússia em 2009 foi de 0,46 por cento, abaixo do 0,71 por cento registrado em 2008.

"Temos muito espaço para aumentar as exportações para a Rússia. Nós exportamos muito pouco. Como a Rússia é um mercado grande, vale a pena insistir, e essa é uma das missões do presidente", sublinhou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral.

Segundo ele, as principais dificuldades do empresário brasileiro são as barreiras sanitárias --sobretudo às exportações de carne de porco, que representam uma ameaça aos produtores russos do alimento-- e o tamanho do mercado russo. O exportador nem sempre consegue consolidar uma rede de centros de distribuição de mercadorias, comentou Barral.

Enquanto o Brasil exporta principalmente alimentos, as vendas da Rússia ao Brasil se concentram em fertilizantes.

"Falta agregar valor. É fundamental que haja mais investimentos dos dois países", comentou o presidente da Câmara Brasil Rússia de Comércio, Indústria e Turismo, Gilberto Ramos.

Ele considera positivo o comércio com moedas locais. "Não acho complicado, e já está sendo feito entre a Rússia e a China e a Rússia e a Índia", disse Ramos.

"Garante economicidade e o sigilo das operações. É uma questão de acerto entre os BCs."

De acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento, os produtos brasileiros com maior potencial de exportação para a Rússia são carnes bovina, suína e de frango, queijos não fundidos, bananas, laranjas, maçãs, óleo de soja, cacau e chocolate, fumo, medicamentos, pneus, caixas de papelão, tubos de ferro ou aço, máquinas e equipamentos domésticos.
Por outro lado, analisa o ministério, as compras brasileiras poderiam aumentar sobretudo em óleos combustíveis, níquel, carvão, adubos e fertilizantes, celulose, produtos siderúrgicos, papel, peixes congelados, borracha sintética, amoníaco, válvulas e torneiras, produtos de titânio, polímeros e hidrocarbonetos.

No primeiro trimestre de 2010, as exportações brasileiras para a Rússia totalizaram 869,4 milhões de dólares, alta de 55,1 por cento em relação ao mesmo período de 2009. Já as compras de produtos russos pelo Brasil somaram 345,6 milhões de dólares no mesmo período, crescimento de 91,0 por cento.

No acumulado de 2009, as vendas brasileiras ao mercado russo foram de 2,87 bilhões de dólares, queda de 38,4 por cento na comparação com 2008. Já as importações de produtos russos totalizaram 1,41 bilhão de dólares, baixa de 57,6 por cento. O saldo da balança comercial bilateral foi positivo para o Brasil em 2009 e 2008 em 1,46 bilhão de dólares e 1,32 bilhão de dólares, respectivamente.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Lula começa nesta quarta-feira giro pelo Oriente Médio e Europa


Antes de embarcar, na terça-feira (11), Lula ainda
comentou a escalação de Dunga, considerada
'positiva' pelo presidente.(Foto: Dida Sampaio/AE)

Do G1, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa nesta quarta-feira (12) uma viagem de sete dias por cinco países do Oriente Médio e Europa. Entre os temas que serão tratados pelo presidente durante o roteiro, estão assuntos polêmicos, como a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e o programa nuclear iraniano. Lula também pretende apresentar o Brasil como um destino atraente para negócios.

Governo da França dá apoio ao esforço diplomático de Lula com o Irã Lula espera gestos do Irã de abertura ao diálogo, diz Presidência A primeira escala do petista será na Rússia. Lá, Lula discutirá com o presidente, Dmitri Medvedev, e com o primeiro-ministro Vladimir Putin, a possível ampliação do Conselho de Segurança. De acordo com o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, o encontro será uma oportuniadade também para discutir a crise financeira internacional, além de uma "avaliação dos papéis desempenhados pelos dois países em suas regiões”.

A segunda escala será no Catar, onde chegará na noite de sexta-feira (14). Lula participa de um seminário empresarial, além de se reunir com o Emir do país. Os dois países estabeleceram relações diplomáticas em 1974, mas essa é será a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro ao Catar. Lá, Lula pretende intensificar os vínculos comerciais brasileiros com a região para atrair investimentos.

No domingo (16), Lula desembarca no Irã. Em Teerã, o presidente vai “aprofundar o diálogo político entre Brasil e Irã”, segundo o porta-voz. No domingo, Lula se reúne com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e com o aiatolá Ali Kamenei, antes de participar do Fórum Empresarial Brasil-Irã. Entre 2002 e 2007, o intercâmbio comercial do Brasil com o Irã passou de US$ 500 milhões para quase US$ 2 bilhões.

Europa

Do Oriente Médio, Lula parte a Europa. O primeiro destino é Madri, na Espanha, onde o presidente participa da 6ª Cúpula América Latina, Caribe e União Européia. Em pauta, além dos rumos da própria cúpula, a crise europeia e as situações do Haiti e do clima global. Havia a possibilidade de Lula não participar do evento devido à possível presença do presidente de Honduras, Pepe Lobo, cuja legitimidade o governo brasileiro não reconhece. No entanto, segundo Baumbach, o governo espanhol informou que Lobo irá a Madri, mas para participar de um evento paralelo à Cúpula.

A última parada de Lula antes de retonar ao Brasil será em Portugal, onde o presidente se encontra com o presidente Aníbal Cavaco Silva e participa da 10ª Cimeira Luso-Brasileira. Lá, pretende apresentar aos empresários portugueses as oportunidades de negócios que serão geradas no Brasil com a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Lei Eleitoral estimula desobediência, mas não pode ser revogada pelos partidos

por João Bosco Rabello

A legislação eleitoral brasileira precisa de muitos aperfeiçoamentos,como reconhecem os especialistas.
Como está estimula os truques para contorná-la, usados na proporção em que a Lei se distancia da realidade política.
É o que ocorre, por exemplo, quando a norma que fixa a data de início da campanha não coincide com a que fixa a data de desincompatibilização dos candidatos.
Entre ambas institucionalizaram-se a pré-campanha, o pré-candidato e a pré-convenção. Por três meses vive-se o teatro da não campanha, ou da “campanha antecipada”.
E, como diz a vice-procuradora eleitoral, Sandra Cureau, os candidatos ficam cada dia mais “engenhosos” nas táticas de dissimulação.
Seria bom harmonizar tudo isso. Se aquele que exerce cargo público se desincompatibiliza, é óbvio que o fez para ser candidato.
Por quê tem que fazê-lo até 3 de abril (seis meses antes das eleições) , mas só pode assumir a candidatura e a campanha três meses depois, em 6 de julho?
Se o que moveu o legislador foi a data das convenções partidárias, que ungem os candidatos, isso perde o sentido quando os mesmos foram escolhidos por aclamação – casos de Serra, Dilma e Marina Silva.
Se foi em respeito ao horário comercial das tevês, nesse aspecto nada precisa ser mudado, conciliando-se os interesses.
Mas essas incoerências não dão salvo-conduto aos partidos políticos para desconhecerem uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) baseada na Lei.
Como fez o PT ao veicular a propaganda de Dilma Rousseff no horário eleitoral gratuito do partido, antes da vigência legal da campanha.
Mas ao fazê-lo, o partido reproduz o comportamento do seu líder, o presidente Lula, que embora multado, continua a desafiar a Lei e o Judiciário.
No seu caso, com a agravante de revogar o texto legal naquilo que ele tem de justo e preciso: impedir o uso do cargo para fazer campanha em benefício próprio ou de outrem.


Comentário do jornalista Vitor Santos no jornal O Estado de São Pauo

"No Brasil temos uma das melhores legislação do mundo moderno, porém não é respeitada principalmente pelos parlamentares. Já algum tempo venho provocado uma discussão ampla sobre a criação do Código de Processo Eleitoral para uniformizar as decisções dos magistrados e não deixar espaço para impunidade reinante no País."




jornalista Vitor Santos

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ranking de doação a partidos é liderado por construtoras


As empreiteiras foram as principais financiadoras dos grandes partidos políticos em 2009, sendo responsáveis por 68% das doações recebidas por PT, PSDB, DEM e PMDB, informa reportagem da Folha desta terça-feira (04) (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo as prestações de contas dos partidos entregues ao Tribunal Superior Eleitoral, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Carioca Christiani Nielsen e JM Terraplanagem transferiram para as principais siglas R$ 6,2 milhões. Isso representa 39% de tudo o que essas siglas receberam de doações no ano passado.

Todas as construtoras têm ou tiveram contratos milionários com o governo federal e governos estaduais.

Os maiores financiadores do PT foram a Andrade Gutierrez (R$ 2,5 milhões), a Suzano Papel e Celulose (R$ 2,5 milhões) e a Carioca Christiani Nielsen Engenharia (R$ 1,2 milhão). Do PSDB, foi a Queiroz Galvão (R$ 2,2 milhões). A campeã de doações ao DEM foi a JM Terraplanagem, com R$ 287 mil. O PMDB (receita de R$ 28,4 milhões) recebeu uma doação: R$ 300 mil da TNL Contax.
Editoria de Arte

Flha on line