quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aécio Neves critica PT, mas diz que não fará oposição agressiva

quarta-feira, 6 de abril de 2011 17:23 BRT

BRASÍLIA (Reuters) - Depois de dois meses de ter tomado posse, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), considerado o principal líder da oposição no Congresso, subiu à tribuna nesta quarta-feira, disse que não fará uma oposição agressiva e listou propostas tributárias e de segurança em um discurso de pouco mais de 20 minutos.

"Os que não me conhecem bem e esperam encontrar em mim ataques pessoais no exercício da oposição vão se decepcionar. Não confundo agressividade com firmeza. Não confundo adversário com inimigo", disse no discurso em que analisou o governo de Dilma Rousseff, além de falar sobre seu papel na oposição.

O mineiro ressaltou que o bom momento vivido pelo país é fruto de uma "vigorosa construção coletiva" e não da gestão petista. Segundo ele, "sempre que precisou escolher entre os interesses do Brasil e a conveniência do partido, o PT escolheu o PT".

Apesar da dura crítica ao PT, o senador elogiou o "adensamento e ampliação das políticas sociais, que foram fundamentais para que o Brasil avançasse".

Aécio Neves também falou sobre o papel da oposição nos próximos anos. "O tamanho da oposição será equivalente à nossa capacidade de interpretarmos e defendermos os valores e expectativas da nossa gente", disse.

O plenário do Senado estava lotado e até o ex-governador e candidato derrotado à Presidência, José Serra, compareceu para prestigiar o colega tucano.

O senador disse que os opositores devem ter uma postura firme para fiscalizar o governo e denunciar os desvios, defender o equilíbrio federativo que hoje está em risco com a concentração de receitas no governo federal e ter coragem para se aproximar da sociedade.

PROPOSTAS

O tucano usou o discurso para defender iniciativas na área tributária, citando promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff como o fim da cobrança de PIS e Cofins nos investimentos de saneamento.

Ele propôs ainda a transferência a gestão das rodovias federais para os Estados e o repasse de parte do que é arrecadado com a Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) para os governadores e prefeitos.

E defendeu também o repasse de 70 por cento dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, sem contingenciamento, para os Estados de acordo com o tamanho de suas populações.

(Por Jeferson Ribeiro)


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