Foto de Vitor Santos
DA REUTERS, EM SÃO PAULO
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, realiza nesta quarta-feira em Brasília a formalização jurídica do PSD (Partido Social Democrático), a nova legenda de seu grupo político.
Ainda não será o momento do registro definitivo, que só será concedido pela Justiça eleitoral após a obtenção de quase 500 mil assinaturas de eleitores, previsto para agosto, informou à Reuters uma fonte da nova sigla.
O ato de quarta, marcado para as 12h na Câmara dos Deputados, deve ter a presença de cerca de cem políticos de nove unidades da federação. Em seguida, haverá o registro em um cartório marcando a instalação do partido.
Entre os políticos que devem migrar para o PSD estão, além de Kassab, o vice-govervador Guilherme Afif, a senadora Kátia Abreu, e Índio da Costa, que foi candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB) --todos dissidentes do DEM.
O vice-governador da Bahia, Otto Alencar (PP), e o vice do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PMN), também devem aderir e a sigla pretende atrair 42 deputados.
Desde o lançamento da legenda, em 21 de março, o PSD vem sofrendo questionamentos.
O PPS ingressou nesta terça-feira com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF
(Supremo Tribunal Federal) em que questiona a possibilidade de um político se transferir para um novo partido sem que se configure quebra de fidelidade partidária.
Pela lei, se a migração for para um partido existente, é possível a tomada do mandato pela sigla anterior.
O DEM, que deve ser o mais esvaziado com a criação do novo partido, abriu processo disciplinar na semana passada contra Kassab por ele ter usado o CNPJ do partido para criar domínios na Internet, um do PSD e outro com a sigla JK, em referência ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, que foi filiado a um partido de mesmo nome.
"Essas ações não vão vingar. Representam a execução do sentimento de vingança", disse o advogado do novo partido, Alberto Rollo.
Fonte: Folha de SP
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