terça-feira, 12 de abril de 2011

Audiência sobre Nova Luz termina em discussão na Câmara de SP

Foto de Vitor Santos

EVANDRO SPINELLI

DE SÃO PAULO

Acabou em discussão uma audiência pública sobre o projeto Nova Luz realizada na manhã desta terça-feira na Câmara de São Paulo.

Prefeitura inicia cadastramento de moradores da Nova Luz
Após tumulto, termina audiência do projeto Nova Luz em SP
Lojistas fazem nova passeata contra o projeto Nova Luz
Projeto prevê demolir 30% da cracolândia, em SP


O projeto, que pretende revitalizar a região no centro da cidade, enfrenta protestos desde que foi apresentada sua versão preliminar, em dezembro.

Comerciantes da rua Santa Ifigênia, tradicional centro de compras de eletrônicos, se posicionam contra o projeto. Eles dizem que serão prejudicados pelas desapropriações e já organizaram diversos protestos --uma audiência pública foicancelada e outra esvaziada.

Durante a audiência desta terça-feira, um comerciante da região --que não se identificou-- acusou vereadores de serem "vendidos ao capital".

Roberto Tripoli (PV), líder do governo, e Claudio Fonseca (PPS) reagiram à acusação e teve início uma discussão acalorada. Os envolvidos tiveram que ser apartados, e Tripoli disse que processaria o comerciante.

A audiência foi convocada pela Comissão de Finanças e Orçamento, por requerimento do vereador Antônio Donato (PT).

Participaram da audiência o secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, representantes do consórcio de empresas encarregado do projeto, comerciantes da região e representante do Ministério Público.

Ricardo Nogueira-18.dez.10/Folhapress
Rua Guaianazes, na região central, que será desapropriada pelo projeto Nova Luz
Rua Guaianazes, na região central, que será desapropriada pelo projeto Nova Luz

NOVA LUZ

O projeto da Nova Luz, feito pelo consórcio formado pelas empresas Concremat Engenharia, Cia City, Aecom e FGV (Fundação Getúlio Vargas), contempla a área delimitada pelas avenidas Cásper Líbero, Ipiranga, São João, Duque de Caxias e rua Mauá.

O objetivo do projeto urbanístico é incentivar o uso misto do bairro, onde os pavimentos térreos sejam ocupados por comércio e os pisos superiores tenham escritórios e residências.

Para isso, 50 mil m2 de áreas residenciais e 300 mil m2 comerciais sofrerão intervenções. A empresa que ganhar a licitação para executar o projeto irá desapropriar ou comprar esses prédios, demolir e reconstruir. Serão mantidos imóveis tombados pelo patrimônio histórico.

O cadastramento das famílias que moram no perímetro do projeto começou em março.

Fonte: Folha de SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário