Foto de Vitor Santos
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
Acabou em discussão uma audiência pública sobre o projeto Nova Luz realizada na manhã desta terça-feira na Câmara de São Paulo.
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O projeto, que pretende revitalizar a região no centro da cidade, enfrenta protestos desde que foi apresentada sua versão preliminar, em dezembro.
Comerciantes da rua Santa Ifigênia, tradicional centro de compras de eletrônicos, se posicionam contra o projeto. Eles dizem que serão prejudicados pelas desapropriações e já organizaram diversos protestos --uma audiência pública foicancelada e outra esvaziada.
Durante a audiência desta terça-feira, um comerciante da região --que não se identificou-- acusou vereadores de serem "vendidos ao capital".Roberto Tripoli (PV), líder do governo, e Claudio Fonseca (PPS) reagiram à acusação e teve início uma discussão acalorada. Os envolvidos tiveram que ser apartados, e Tripoli disse que processaria o comerciante.
A audiência foi convocada pela Comissão de Finanças e Orçamento, por requerimento do vereador Antônio Donato (PT).
Participaram da audiência o secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, representantes do consórcio de empresas encarregado do projeto, comerciantes da região e representante do Ministério Público.
| Ricardo Nogueira-18.dez.10/Folhapress | ||
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| Rua Guaianazes, na região central, que será desapropriada pelo projeto Nova Luz |
NOVA LUZ
O projeto da Nova Luz, feito pelo consórcio formado pelas empresas Concremat Engenharia, Cia City, Aecom e FGV (Fundação Getúlio Vargas), contempla a área delimitada pelas avenidas Cásper Líbero, Ipiranga, São João, Duque de Caxias e rua Mauá.
O objetivo do projeto urbanístico é incentivar o uso misto do bairro, onde os pavimentos térreos sejam ocupados por comércio e os pisos superiores tenham escritórios e residências.
Para isso, 50 mil m2 de áreas residenciais e 300 mil m2 comerciais sofrerão intervenções. A empresa que ganhar a licitação para executar o projeto irá desapropriar ou comprar esses prédios, demolir e reconstruir. Serão mantidos imóveis tombados pelo patrimônio histórico.
O cadastramento das famílias que moram no perímetro do projeto começou em março.
Fonte: Folha de SP

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