sábado, 27 de fevereiro de 2010

A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência questiona se partidos farão "pacto de silêncio" sobre mensalões


Foto: Wilson Dias Agência


26/02/2010 - 21h20
Marina questiona se partidos farão "pacto de silêncio" sobre mensalões

DANIEL RONCAGLIA


colaboração para a Folha Online
A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência, questionou nesta sexta-feira se os partidos envolvidos em escândalos de corrupção irão fazer um "pacto de silêncio" durante a campanha deste ano.
"Agora tem o erro do PSDB, o erro do PT e o erro dos Democratas. O que vai se fazer agora? Um pacto de silêncio em relação a isso ou vamos aperfeiçoar as instituições?", questionou a senadora, depois de participar hoje do programa "Show da Gente", apresentado pelo cantor e vereador paulistano Netinho de Paulo (PC do B).
Marina classificou de "esqueleto no armário" a informação de que o ex-prefeito de Belo Horizonte e atual coordenador da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República, Fernando Pimentel (PT), foi um dos operadores do mensalão. A notícia é da revista "IstoÉ" desta semana. O petista alega que as acusações são absurdas.
"Os erros cometidos pelo PT foram graves e nos afetou a todos", afirma. Segundo a senadora, "a questão da corrupção envolvendo o sistema político é um fantasma e um esqueleto no armário porque não fomos capazes de fazermos uma reforma política".
Segundo ela, como não houve reforma seria preciso, ao menos, criar sistemas mais transparentes de financiamento. A senadora ainda afirmou é a favor de uma Constituinte apenas para a reforma política, proposta defendida pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS).
Marina ainda criticou a visão de uma eleição plebiscitária entre PT e PSDB. "Não é bom para o processo político. Quero fazer o debate e não o embate. Não sou inimiga da Dilma, do Serra ou do Ciro."

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes diz que convite para disputar governo de SP foi uma honra



Foto: Agência Brasil


Ciro Gomes diz que convite para disputar governo de SP foi uma honra


PAOLA VASCONCELOS


colaboração para a Agência Folha, em Fortaleza


O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) disse nesta sexta-feira em entrevista a uma rádio do Ceará que o governador José Serra (PSDB-SP) é a "Dilma do Fernando Henrique Cardoso" e que é "honroso" ter sido convidado para disputar o governo de São Paulo, mas mantém sua candidatura à Presidência.


Ciro disse ainda que tem mais "valor" que a ministra Dilma Rousseff (PT), também pré-candidata ao Planalto.


Apesar de se manter no páreo da sucessão a Lula, Ciro não rejeitou a possibilidade de disputar a vaga ocupada por Serra. "Não posso descartar porque quem me fez o apelo para admitir essa possibilidade, ajudar organizar as coisas, foi o presidente Lula e o meu partido."
Ele disse que é "extremamente honroso" ter sido convidado, "de uma forma quase insistente", para ser candidato a governador de São Paulo.


Para ele, a imprensa faz "exercício de futurologia" em querer antecipar as decisões. Quanto às especulações sobre a sua candidatura ao governo paulista, Ciro disse que se diverte com a reação do PSDB.


"A tucanada pira na cabeça, navega na maionese, enlouquece e solta os cachorros na grande mídia. Eu fico rindo, com a experiência que eu tenho nessa altura do campeonato", disse.
Sobre Dilma, Ciro disse que subiria no seu palanque e que ela merece seu voto "em 10 mil circunstâncias". "Apenas tenho mais valor do que ela hoje", afirmou. "Eu tenho 20 eleições, ela não tem nenhuma."


Ciro disse que FHC fez "o pior governo da história do país". Entre os motivos, apontou aumento de impostos e do desemprego, privatizações e a crise de energia elétrica.
"O Fernando Henrique não é um demônio, é o modelo, é a política. O Serra vai dizer que esse não é o seu modelo. Mas o Serra foi a Dilma do Fernando Henrique. Ele foi ministro do FHC oito anos e foi o seu candidato a presidente", disse.


Folha on line de 26 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes já não descarta governo de SP



Foto: Agência Brasil


Ciro Gomes já não descarta governo de SP


Agência Estado - 24/2/2010 - 21h52


O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) deu ontem o primeiro sinal de que pode atender ao apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser candidato ao governo de São Paulo. Em reunião com parlamentares e dirigentes do PT, PSB, PC do B e PDT, Ciro disse estar disposto a concorrer ao Palácio do Planalto, mas ressalvou que pode entrar no páreo em São Paulo se Lula precisar de um palanque para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no maior colégio eleitoral do País."Eu estou decidido, mas só o tempo vai dizer se minha decisão (de ser candidato à sucessão de Lula, já anunciada) vai se manter ou se serviremos o País deslocando a candidatura para São Paulo", afirmou o deputado, que é ex-ministro da Integração Nacional.Segundo turno – Segundo a avaliação de Ciro, uma campanha polarizada desde o início entre Dilma, pré-candidata do PT à Presidência, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), favorece o tucano. É com o argumento de que somente sua entrada na disputa pode levar a eleição para o segundo turno que Ciro prega esse cenário.Ele avisou, no entanto, que não será "linha auxiliar" do Planalto se mantiver sua intenção de concorrer à Presidência. "Eu sou muito melhor do que qualquer outro candidato", insistiu. "A Dilma é extraordinária, mas não tem a história de 20 eleições que eu tenho".Ciro vai conversar com Lula no dia 15 de março e ainda tem duas reuniões com o grupo de partidos que quer lançá-lo ao governo paulista, antes de dar a resposta final.Antes de deixar o encontro de ontem, em Brasília, o deputado recomendou aos dirigentes partidários que contenham a ansiedade por sua decisão final. "Precisamos, primeiro, olhar o quadro nacionalmente e botar um pouco de gelo nas veias", brincou.Representantes do PSB, PCdoB, PT e PCdoB estiveram reunidos ontem com o deputado para discutir mais profundamente a questão da sucessão ao governo de São Paulo. Os partidos pressionam Ciro Gomes a disputar o governo de São Paulo, tendo em vista que nenhuma das legendas tem um candidato definido – e o PT principalmente, estaria em franca desvantagem na disputa pelo maior colégio eleitoral do País. Ciro, porém, ainda resiste à pressão.Segundo um dos participantes da reunião, Ciro quer aguardar a conversa que terá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião, a princípio, está prevista para o final de março. É certo, contudo, que durante o próximo mês Lula dará continuidade às conversações com o PSB.Junto com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ele participará de inauguração de duas fábricas - uma de britas e outra de dormentes de concreto. Ao mesmo tempo, o PSB quer arrancar do PT apoio incondicional às reeleições de Cid Gomes, no Ceará, e de Eduardo Campos, em Pernambuco, e também à sucessão de Wilma Faria no Rio Grande do Norte.
Jornal Diário do Comércio de 24 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes dá sinais de que pode concorrer ao governo de SP


Dida Sampaio/AE


Ciro Gomes dá sinais de que pode concorrer ao governo de SP
Embora mantenha foco no Planalto, deputado ressalvou que pode entrar no páreo paulista se Lula precisar
Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo

O deputado Ciro Gomes (PSB), após reunião com líderes do PSB, PT, PC do B e PDTBRASÍLIA - O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) deu nesta quarta-feira, 24, o primeiro sinal de que pode atender ao apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser candidato ao governo de São Paulo. Em reunião com parlamentares e dirigentes do PT, PSB, PC do B e PDT, Ciro disse estar disposto a concorrer ao Palácio do Planalto, mas ressalvou que pode entrar no páreo em São Paulo se Lula precisar de um palanque para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no maior colégio eleitoral do país.

"Eu estou decidido, mas só o tempo vai dizer se minha decisão (de ser candidato à sucessão de Lula) vai se manter ou se serviremos o País deslocando a candidatura para São Paulo", afirmou o deputado, que é ex-ministro da Integração Nacional. "De repente, o projeto nacional que o presidente Lula representa precisaria ter como uma engrenagem modesta que eu aceitasse esse desafio (disputar São Paulo). Nesse caso, a serviço do Brasil, a serviço dessa fração de São Paulo eu não titubearia em ir", acrescentou.

Pressionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta tirá-lo da disputa presidencial para garantir espaço à pré-candidata do PT Dilma Rousseff, Ciro mudou seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo no ano passado.

Na avaliação de Ciro, uma campanha polarizada desde o início entre Dilma, pré-candidata do PT à Presidência, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), favorece o tucano. É com o argumento de que só sua entrada na disputa pode levar a eleição para o segundo turno que Ciro prega esse cenário.

Ele avisou, no entanto, que não será "linha auxiliar" do Planalto se mantiver sua intenção de concorrer à Presidência. "Eu sou muito melhor do que qualquer outro candidato", insistiu. "A Dilma é extraordinária, mas não tem a história de 20 eleições que eu tenho."

Ciro vai conversar com Lula no dia 15 de março e ainda tem duas reuniões com o grupo de partidos que quer lançá-lo ao governo paulista, antes de dar a resposta final. Antes de deixar o encontro desta quarta, em Brasília, o deputado recomendou aos dirigentes partidários que contenham a ansiedade. "Precisamos olhar o quadro nacionalmente e botar um pouco de gelo nas veias", brincou.

Com informações de Fernando Exman, da Reuters

Jornal O Estado de S. Paulo de 25 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes muda discurso e admite candidatura em SP; leia as frases estadao.com.br



Foto: Agência Brasil


Ciro muda discurso e admite candidatura em SP; leia as frases estadao.com.br
SÃO PAULO - A indicação de que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP) poderá desistir da disputa pelo Palácio do Planalto, nas eleições de outubro, para atender aos apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prefere sua candidatura ao governo de São Paulo, pode ser identificada na mudança de tom do presidenciável socialista. O estadao.com.br reuniu as últimas declarações de Ciro sobre o assunto. Entrevista ao Estado, em 2 de fevereiro. "O PSDB e o PT querem que eu retire a minha candidatura. Algum dos dois está errado. A única pessoa que está certa de querer tirar a minha candidatura é o Serra. Significa que o santo Lula nesse assunto está errado" "Não trato o Lula como um mito. Trato como líder político. O Lula me fez um apelo para transferir o título para São Paulo. Alegou que isso ajudaria a arrumar o quadro lá. Não sou candidato ao governo de São Paulo e falei isso para o Lula. Mantenho a minha candidatura à Presidência da República." "Mantenho a minha candidatura à Presidência da República". Em nova entrevista ao Estado, no dia 6 de fevereiro. "Eu estou dizendo que topo, mesmo isolado. Para mim é um imperativo moral. Se amanhã o meu partido me exonerar desse imperativo, também estou satisfeito, estou com a vida ganha. Não acho que eu seja indispensável para o País", Após reunião com líderes aliados nesta quarta-feira, 23 de fevereiro. "Eu estou decidido, mas só o tempo vai dizer se minha decisão (de ser candidato à sucessão de Lula) vai se manter ou se serviremos o País deslocando a candidatura para São Paulo" "De repente, o projeto nacional que o presidente Lula representa precisaria ter como uma engrenagem modesta que eu aceitasse esse desafio (disputar São Paulo). Nesse caso, a serviço do Brasil, a serviço dessa fração de São Paulo eu não titubearia em ir"


Jornal O Estado de S. Paulo de 24 de fevereiro de 2010 *Há 209 dias sob censura"

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Paulo Octávio decide renunciar ao governo do DF


Paulo Octávio decide renunciar ao governo do DF
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 16:37


SÃO PAULO (Reuters) - Logo após enviar pedido de desfiliação ao Democratas, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, anunciou que renunciará ao cargo nesta terça-feira.
A carta de renúncia de Paulo Octávio será lida ainda nesta tarde na Câmara Legislativa do DF, informou a assessoria do governador. O presidente da Câmara, Wilson Lima (PR), deve assumir o posto.
Octávio está há 12 dias no cargo, em substituição ao governador licenciado, José Roberto Arruda (sem partido), preso na PF por obstrução da apuração de investigação de um suposto esquema de pagamento de propina.
(Reportagem de Carmen Munari)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Advogados de Kassab vão entrar com recurso contra a cassação

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1215766-7823-ADVOGADOS+DE+KASSAB+VAO+ENTRAR+COM+RECURSO+CONTRA+A+CASSACAO,00.html


Segunda-feira, 22/02/2010

Além do prefeito Gilberto Kassab e da vice Alda Marco Antônio, oito vereadores também tiveram os mandatos cassados. O juiz Aloísio Silveira aceitou os argumentos do Ministério Público.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Kassab diz que confia na Justiça e não teme perda do mandato



Kassab diz que confia na Justiça e não teme perda do mandato
Enviado por Talita Cavalcante,


dom, 21/02/2010 - 13:21

Elaine Patrícia Cruz


Repórter Agência Brasil


São Paulo - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse hoje (21) não temer a perda do mandato e que confia na Justiça.


“Não temo perder [o mandato]. Estou realmente confiante na Justiça como sempre confiei e volto afirmar a certeza de que tudo foi feito corretamente”, disse ao visitar um centro esportivo da prefeitura em Tatuapé, na Zona Leste da capital pela manhã.
Segundo o prefeito, as contas de sua campanha já foram aprovadas pelo Tribunal Regional


Eleitoral (TRE). Mas, ao recorrer dessa decisão, os advogados terão mais uma vez a chance de comprovar a lisura dos dados de 2008.


“Essa ação [de receber doação de empresas ligadas a concessionárias do governo] já foi adotada com relação a outros candidatos e foi suspensa. Nossa confiança é de que a Justiça dê o mesmo encaminhamento.”


Kassab e sua vice, Alda Marco Antonio (PMDB) foram condenado à perda do mandato por causa de doações recebidas na campanha de 2008 e consideradas ilegais pela Justiça Eleitoral. A decisão do juiz Aloísio Sérgio Resende Silveira deverá ser publicada na terça-feira (23) no Diário Oficial. Os advogados, então, terão três dias para recorrer ao TRE.

Advogados de Kassab dizem que vão entrar com recurso contra decisão judicial

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1215405-7823-ADVOGADOS+DE+KASSAB+DIZEM+QUE+VAO+ENTRAR+COM+RECURSO+CONTRA+DECISAO+JUDICIAL,00.html


Domingo, 21/02/2010

O mandato do prefeito de São Paulo foi cassado. Gilberto Kassab cumpre a agenda normalmente. A decisão também vale para os mandatos da vice-prefeita e de pelo menos oito vereadores.

'Não temo perder o mandato', diz Kassab sobre cassação do cargo de prefeito



Prefeito Gilberto Kassab (DEM) chega a evento público no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo (Roney Domingos/G1)


'Não temo perder o mandato', diz Kassab sobre cassação do cargo de prefeito
Ele é acusado de receber recursos de fontes vedadas. Recurso da defesa garante permanência no cargo em SP.
Roney Domingos Do G1, em São Paulo

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) afirmou neste domingo (21) que não teme perder o mandato após saber que ele e a sua vice, Alda Marco Antonio, tiveram os cargos cassados pela Justiça Eleitoral. Eles foram condenados por captação ilícita de recursos durante a campanha eleitoral de 2008.

""Não temo. Não temo. Estou realmente confiando na Justiça como sempre confiei e volto a afirmar a certeza de que tudo foi feito corretamente", afirmou Kassab, durante visita a um centro esportivo da prefeitura no Tatuapé, na Zona Leste da capital.

"O importante é que nossa campanha foi feita corretamente, todas as doações. Agora nossos advogados terão a oportunidade de expor tudo que foi feito mais uma vez. Nossas contas já foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral [TRE]. E mais uma vez será demonstrada a correção da campanha. Tudo foi feito corretamente.”

O prefeito afirmou que confia na possibilidade de a Justiça garantir sua permanência no cargo até o julgamento final do processo, assim como ocorre com os 16 vereadores que tiveram o mandato cassado no final de 2009. "Os advogados vão recorrer. Essa ação já foi adotada em relação a alguns outros candidatos e a nossa confiança é de possa acontecer da parte da prefeitura o mesmo encaminhamento", afirmou. Questionado se a decisão judicial atrapalha a rotina da prefeitura, Kassab respondeu que não. Para ele, a questão não é política, mas técnica. "A própria Justiça Eleitoral já tinha se manifestado positivamente em relação à prestação de contas", frisou. Ao comentar os conceitos utilizados pelo juiz, Kassab argumentou que próprio Tribunal Superior Eleitoral já se manifestou favoravelmente em outros casos, inclusive do presidente da República. "Desde a eleição do presidente da República até a eleição de diversos vereadores tiveram procedimentos próximos, semelhantes e foram aprovados", disse Kassab.

O prefeito evitou comentar o fato de o juiz ter aprovado com ressalvas as contas de campanha da ex-prefeita Marta Suplicy e do ex-governador Geraldo Alckmin, seus concorrentes na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2008. O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloisio Sérgio Resende Silveira confirmou neste domingo a decisão sobre a casssação do mandato do prefeito Gilberto Kassab, da vice-prefeita Alda Marco Antônio e de pelo menos oito vereadores, por captação ilícita de recursos. A decisão deverá ser disponibilizada nesta segunda-feira (22) no site do Tribunal Regional Eleitoral e publicada na terça-feira (23) no Diário Oficial.

Silveira, que falou ao G1 por telefone, não revelou os nomes dos parlamentares cassados. De acordo com ele, assim que recorrer contra a decisão, Kassab e os parlamentares terão garantido o efeito suspensivo automático, que permite a eles permanecer em seus cargos até a decisão final. O mesmo já ocorreu com outros 16 parlamentes cassados em 2009.


O juiz cassou o mandato de Kassab e dos vereadores a partir de representação do Ministério Público Eleitoral que aponta doações de campanha irregulares oriundas da Associação Imobiliária Brasileira (AIB).

O MP pediu revisão da prestação de contas com base no artigo 30-A, da lei 9.504/97, e na lei 64/90, que prevêem a cassação de registro e declaração de inelegibilidade por três anos quando comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos. O advogado de defesa do prefeito Gilberto Kassab e da vice, Alda Marco Antonio, disse na noite de sábado ao G1 que o próprio juiz reconhece que baseou sua tese em voto vencido no Tribunal Superior Eleitoral. Silveira reconhece que adotou a tese do ministro César Peluso, mas esclarece que confia na decisão. "Eu estou convicto desse meu fundamento. Me pareceram sólidos os fundamentos do ministro", afirmou.

O juiz também afirmou que a ex-prefeita Marta Suplicy e o ex-governador Geraldo Alckmin, candidatos à prefeitura de São Paulo em 2008, também tiveram suas contas de campanha aprovadas, mas ressalvas. De acordo com ele, estes candidatos receberam doações dentro do limite legal. Silveira deve julgar até o final deste mês as contas de campanha do presidente da Câmara Municipal, Antônio Carlos Rodrigues e outras três representações envolvendo empreiteiras que têm contratos com a administração municipal e que fizeram doações de campanha.


Globo.com

GILBERTO KASSAB, prefeito de São Paulo tem seu mandato cassado

Foto: Agência Brasil

Justiça Eleitoral cassa mandato de Kassab
Condenação por captação ilícita na campanha inclui a vice. Ambos seguem no cargo enquanto recorrem
Roberto Fonseca, Fabio Leite e Eduardo Reina - Jornal da Tarde

SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e a vice, Alda Marco Antonio (PMDB), tiveram o mandato cassado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira, por recebimento de doações consideradas ilegais na campanha de 2008. A decisão, em primeira instância, torna Kassab o primeiro prefeito da capital cassado no exercício do mandato desde a redemocratização, em 1985. Como o recurso tem efeito suspensivo imediato, os dois podem recorrer da sentença sem ter de deixar os cargos.

Entre as doadoras consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos, como Camargo Corrêa e OAS. Ao todo, a coligação de Kassab e Alda gastou R$ 29,76 milhões na campanha, dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça. A sentença será publicada no Diário Oficial de terça-feira, quando passa a contar o prazo de três dias para o recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Silveira disse neste sábado, 20, ao Jornal da Tarde que já julgou os processos de Kassab, nove vereadores e dos candidatos derrotados na eleição à Prefeitura em 2008, Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), todos alvos de representação do Ministério Público Eleitoral (MPE), mas que não poderia informar quais dos réus foram cassados antes da publicação, na terça. Falta julgar o presidente da Câmara Municipal, Antonio Carlos Rodrigues (PR), e duas empresas acusadas de repasse ilegal.

O juiz afirmou, contudo, que manteve nas suas decisões o mesmo entendimento que levou à cassação de 16 vereadores no fim do ano passado. No caso, todos os políticos que receberam acima de 20% do total arrecadado pela campanha de fonte considerada vedada foram cassados. "Se passou de 20%, independentemente do nome, tenho aplicado a pena por coerência e usado esse piso como caracterizador do abuso de poder econômico na eleição, um círculo vicioso que dita a campanha e altera a vontade do eleitor", afirmou Silveira.

Além de cassar o diploma do prefeito e da vice, a sentença os torna inelegíveis por três anos. Dos 13 vereadores que aguardavam a decisão da Justiça Eleitoral, dez ultrapassavam o limite em doações consideradas ilegais. São eles: o líder do governo, José Police Neto (PSDB), Marco Aurélio Cunha (DEM), Gilberto Natalini (PSDB) e Edir Sales (DEM), da base governista, e os petistas Antonio Donato, Arselino Tatto, Ítalo Cardoso, José Américo e Juliana Cardoso, além de Rodrigues (PR).

Fonte vedada

Nas decisões, Silveira considerou como fonte vedada de doação eleitoral empreiteiras que integram concessionárias de serviços públicos e a AIB. A entidade é acusada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de servir de fachada do Sindicato da Habitação (Secovi). Por lei, sindicatos não podem fazer doações a candidatos, comitês e partidos. Só da AIB a campanha de Kassab recebeu R$ 2,7 milhões. A entidade e o Secovi negam haver irregularidades.

"Um acionista, mesmo que minoritário, que tem faturamento de R$ 500 milhões, faz estrago numa campanha porque ele tira renda da concessionária. Embora seja um voto vencido, por conta da decisão do ministro Velloso, me convenceu", afirmou Silveira, citando decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Velloso favorável a essas doações nas eleições de 2006.

O inciso 3º do artigo 24 da Lei das Eleições (Lei 9.504/97) proíbe "concessionário ou permissionário" de fazer doações de qualquer espécie a candidatos ou partidos políticos. E embora a última manifestação do TSE, em 2006, tenha considerado legais doações de empresas com participação em concessionárias, votos proferidos no passado pelos ministros Cezar Peluso, Carlos Ayres Brito e Ellen Gracie repudiaram a prática.

‘Perplexidade’

Procurado pela reportagem, o advogado de Kassab, Ricardo Penteado, afirmou que a defesa do prefeito vai entrar com recurso no TRE que, diz ele, "deve resultar na reforma da sentença e na confirmação da vontade popular."

Penteado afirmou ainda que "as contribuições foram feitas seguindo estritamente os mandamentos da lei e já foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral."

"Causa perplexidade e insegurança jurídica que assuntos e temas já decididos há tantos anos pela Justiça sejam reabertos e reinterpretados sem nenhuma base legal e contrariando jurisprudência do TRE e do TSE", completou.


Jornal O Estado de S.Paulo de 21 de fevereiro de 2010 (Há 204 dias sob censura)

Justiça eleitoral cassa mandato do prefeito Gilberto Kassab


Foto de Agência Brasil


Justiça eleitoral cassa mandato do prefeito Gilberto Kassab


da Folha Online
A Justiça Eleitoral condenou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), à perda do mandato pelo suposto recebimento de doações ilegais na campanha de 2008, informa reportagem de Flávio Ferreira e Fernando Barros de Mello, publicada neste domingo pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).


A sentença do juiz Aloísio Silveira, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, deve ser publicada no "Diário Oficial" na próxima terça-feira, e a cassação vale oficialmente após esse ato formal.
Em nota, a defesa do prefeito diz que as contas "foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral". Os advogados vão recorrer, o que suspenderá a cassação até o julgamento em segunda instância.


No processo, o prefeito é acusado de receber doações ilegais que somam R$ 10 milhões, provenientes de construtoras, do banco Itaú e da AIB (Associação Imobiliária Brasileira). A AIB foi apontada pelo promotor eleitoral Maurício Lopes como entidade de fachada do Secovi (sindicato do setor imobiliário). Sindicatos são proibidos por lei de realizarem tais contribuições. O Secovi afirma não ter vínculo com as doações.


No último dia 3, a Folha antecipou que Kassab corria o risco de ser cassado após perícia da Justiça Eleitoral apontar que obteve 33% de doações ilegais na campanha eleitoral de 2008.
Leia a matéria completa na Folha deste domingo, que já está nas bancas.


Folha on line de 21 de fevereiro de 2010

Defesa diz que recorrerá de decisão que cassou mandato de Kassab

Foto Agência Brasil

Defesa diz que recorrerá de decisão que cassou mandato de Kassab


da Folha de S.Pauloda Folha Online
A defesa do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirma em nota que irá recorrer da decisão que cassou o mandato do democrata por suposto recebimento de doações ilegais na campanha de 2008.


"A defesa do prefeito Kassab interporá recurso que, à semelhança de casos antecedentes, deve resultar na reforma da sentença e na confirmação da vontade popular."
Os advogados negaram irregularidades nas doações. "As contribuições foram feitas seguindo estritamente os mandamentos da lei --que é a mesma desde 1997-- e já foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral."


Segundo a defesa, causa "perplexidade e insegurança jurídica" que assuntos e temas já decididos há tantos anos pela Justiça sejam reabertos e reinterpretados sem nenhuma base legal e contrariando jurisprudência do TRE e do TSE.


"Por esse mesmo motivo seriam cassados desde o presidente Lula até o vereador do menor município do Brasil."


A decisão judicial deve ser publicada no "Diário Oficial" de terça-feira. A cassação do prefeito vale oficialmente após esse ato formal.


Como antecipado pela Folha no último dia 3, Kassab corria o risco de ser cassado porque perícia contábil da Justiça Eleitoral apontou que 33% dos recursos arrecadados pelo prefeito no último pleito municipal tiveram origem em fontes de contribuição consideradas ilegais pelo Ministério Público.


O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Silveira, também já apresentou em cartório as sentenças nos processos contra a petista Marta Suplicy e o tucano Geraldo Alckmin, candidatos em 2008.


No processo contra Kassab, o promotor eleitoral Maurício Lopes acusou o prefeito de ter recebido doações ilegais da AIB (Associação Imobiliária Brasileira), de sete construtoras e do Banco Itaú --cujas contribuições somaram mais de R$10 milhões em 2008.


Folha on line de 21 de fevereiro de 2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Vaticano pede geração de políticos que siga doutrina da Igreja

Vaticano pede geração de políticos que siga doutrina da Igreja
Tarcisio Bertone criticou maquiavelismo e exaltou o trabalho político desempenhado por líderes católicos
Ansa

VATICANO - O secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, defendeu o surgimento de uma nova geração de políticos, que aja de acordo com os preceitos da "doutrina social da Igreja Católica".

Ao discursar na cidade de Rimini, norte da Itália, o representante da Santa Sé ressaltou a necessidade de contar com políticos que assumam o empenho "de injetar boa e nova seiva na sociedade, orientando-a na direção das virtudes, com retidão e discernimento à luz do Evangelho".

"A política é chamada a se confrontar com a fragilidade do homem, a aprender com os erros do passado e do presente, mas cultivando sempre a responsabilidade", afirmou o cardeal.

Bertone citou o filósofo francês de orientação católica Jacques Maritain, para quem o maquiavelismo, "com sua própria causalidade, trabalha pela ruína e a bancarrota, como o veneno na seiva trabalha pela doença e a morte da árvore".

"É preciso superar o desinteresse dos jovens pela política", enfatizou o religioso, acrescentando que os novos políticos devem "conceber" sua atividade "como a arte do bem comum".

O secretário de Estado do Vaticano destacou as contribuições de dom Luigi Sturzo, sacerdote que dedicou sua vida à política, e Chiara Lubich, fundadora do Movimento Político pela Unidade, de orientação cristã.

Segundo Bertone, "a missão do católico está impregnada por ideias superiores, porque em tudo se reflete o divino". Caso contrário, ressaltou o religioso, "tudo se deturpa e a política se torna meio de enriquecimento".

Em seu discurso, o cardeal pediu ainda "uma política que emane da caridade em direção ao próximo e da inspiração do projeto de Deus sobre a vida e sobre a convivência humana".

Governo

As afirmações foram feitas por Bertone no momento em que alguns membros do governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi são acusados de corrupção.

O subsecretário de governo, Gianni Letta, e o chefe da Defesa Civil, Guido Bertolaso, foram envolvidos em um caso de supostas fraudes em licitações públicas.

As denúncias dizem respeito a concessões feitas a empresas para obras na cidade de La Maddalena, na Sardenha, que receberia a Cúpula do G8 realizada em julho de 2009. O evento acabou ocorrendo em L'Aquila, município que fora atingido por um terremoto em abril do mesmo ano.

Ontem, Berlusconi anunciou que pretende intensificar a luta contra a corrupção.

Jornal O Estado de S. Paulo de 20 de fevereiro de 2010 (Há 204 dias sob censura)

PT-SP discutirá sucessão estadual com Ciro Gomes



PT-SP discutirá sucessão estadual com Ciro Gomes
ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

SÃO PAULO - O grupo de dirigentes de partidos da base aliada do governo federal em São Paulo, liderado pelo PT, finalmente se reunirá com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) para tratar da sucessão do governo do Estado de São Paulo. O encontro será quarta-feira no diretório do PSB em Brasília, às 9 horas. A reunião tinha sido inicialmente marcada para a quinta-feira passada, mas o parlamentar alegou problemas de agenda.O deputado federal Márcio França, presidente do PSB paulista, não acredita que Ciro decida já na quarta-feira a respeito do convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que troque a disputa presidencial pela corrida ao Palácio dos Bandeirantes em outubro. "Ele deve esperar até reunir-se com Lula", afirmou.Segundo França, Lula e Ciro têm encontro marcado para o dia 15 de março, data que poderá ser antecipada pelas pressões do comando petista. Ontem, durante o 4º Congresso Nacional do PT, dirigentes discutiram a possibilidade de pedir ao presidente Lula um encontro ainda este mês para resolver o impasse.Edinho Silva, presidente do diretório paulista do PT, diz que na reunião de quarta-feira a legenda vai mostrar apoio ao deputado do PSB. "Queremos mostrar ao Ciro que, se ele se dispuser a concorrer ao governo de São Paulo, vamos oferecer as condições e a segurança política necessárias para isso. Queremos que o deputado tome a decisão que achar melhor", afirmou.O PT tem pressa em definir um nome para concorrer à sucessão do governador José Serra para aumentar suas chances no pleito estadual. A demora reduz o tempo do partido para promover um eventual candidato junto ao eleitorado. Caso Ciro insista em concorrer à Presidência, o mais cotado para disputar o governo paulista o posto é o senador Aloizio Mercadante (SP), que tem o aval do presidente Lula.


Jornal O Estado de S. Paulo de 20 de fevereiro de 2010 (há 204 dias sob censura)

Postura de presidenciável de Ciro na TV pressiona PT-SP


Postura de presidenciável de Ciro na TV pressiona PT-SP
Ele criticou a polarização entre PT e PSDB na disputa pela sucessão presidencial e se colocou como candidato da terceira via.
Fernando Exman/Reuters - 19/2/2010 - 14h55

BRASÍLIA (Reuters) - O programa de televisão do PSB em que o deputado Ciro Gomes (PSB) se mostrou como potencial candidato à Presidência da República colocou nesta sexta-feira, 19, mais pressão sobre os potenciais candidatos do PT ao governo de São Paulo. Ontem (18), Ciro criticou a polarização entre PT e PSDB na disputa pela sucessão presidencial deste ano e se colocou para o eleitor como uma espécie de candidato da terceira via.
Ciro tem reiterado que pretende disputar a Presidência, mas transferiu seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gostaria de ver o deputado na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes em uma chapa com o apoio do PT e de outras forças aliadas. Nesta sexta, o senador Aloizio Mercadante (SP), líder do PT no Senado, e a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy divergiram sobre os rumos do partido no Estado.
"O presidente (Lula) já tornou claro o convite ao Mercadante. Vamos depender dele. É uma decisão difícil para ele e temos que respeitar a decisão que ele virá a tomar," afirmou a ex-prefeita em intervalo do petista. "Vou para deputada, para o Senado, para o governo, vou para onde, a partir da decisão do partido, eu possa agregar mais votos para a Dilma (Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto," acrescentou Marta Suplicy.
Mercadante, no entanto, reafirmou a sua disposição de tentar a reeleição. "Já assumi a candidatura ao Senado," disse, ponderando que qualquer decisão do partido sobre o candidato ao governo de São Paulo deve ser tomada em março. Mercadante destacou que Ciro Gomes terá o apoio do PT se decidir disputar o governo paulista. O outro potencial candidato do PSB ao governo local, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, entretanto, pode enfrentar dificuldades no PT. "O Skaf é uma coisa, o Ciro Gomes é outra," resumiu a ex-prefeita de São Paulo.


D. Comércio de 19 de fevereiro de 2010

Ciro elogia Lula, mas critica plano eleitoral



Ciro elogia Lula, mas critica plano eleitoral

18 de Fevereiro de 2010
O deputado federal Ciro Gomes (CE) foi a estrela do programa apresentado nesta noite pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) na propaganda eleitoral gratuita na televisão e no rádio.
Pré-candidato do partido à Presidência da República, Ciro defendeu as políticas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o salário mínimo, a ampliação do acesso ao crédito e o Bolsa-Família, mas se posicionou contra uma eleição plebiscitária entre situação e oposição, como defende Lula. "Não podemos discutir um Brasil como se fosse apenas um passado e um presente. O PSB se apresenta a você como uma opção de futuro", afirmou.
"Eu mesmo sou testemunha de que isso só foi possível graças à sensibilidade e à vontade do próprio presidente Lula, que muitas vezes, contrariando setores de seu próprio governo, fez aquilo que muitos julgavam impossível. Eu e meu partido sempre estivemos firmes ao lado desse projeto liderado por Lula, principalmente nos momentos mais difíceis, quando muitos daqueles que se hoje se dizem amigos de Lula o atrapalharam, se escondiam ou faziam de tudo para derrubá-lo", disse.
"O desafio agora é olhar para frente e preparar o nosso País para as enormes tarefas que ainda temos de cumprir. O PSB quer apresentar ideias e propostas que preservem o legado de Lula, mas que também ampliem a discussão", declarou. Ciro afirmou que o "clima de Corinthians e Palmeiras, de Fla-Flu partidário" é "ruim para o Brasil".
"A condição para o Brasil dar um salto de desenvolvimento é excelente. Vai depender se a gente vai querer ficar olhando para o passado ou definitivamente encarar o futuro. Não podemos nem pensar em perder a oportunidade de consolidar e ampliar as mudanças iniciadas pelo presidente Lula."
Ciro também criticou a política de alianças do governo. "A política não pode se reduzir a acordos em troca de cargos. O PSB sabe que só se governa com alianças, mas acreditamos que as alianças podem e devem ser mais integras para fazer valer projetos de qualidade", criticou.
Ciro reiterou que é preciso investir em infraestrutura e educação de qualidade e apresentou os governadores de seu partido, Eduardo Campos (Pernambuco), Cid Gomes (Ceará) e Wilma de Faria (Rio Grande do Norte) como exemplos de gestão. Os dois primeiros são candidatos à reeleição e Wilma, ao Senado.


Fonte:


http://www.vitrinedocariri.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=25793&Itemid=1&mosmsg=Coment%E1rio+salvo.+Ele+ser%E1+publicado+ap%F3s+a+revis%E3o+do+administrador.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Postura de presidenciável de Gomes do PSB na TV pressiona PT de São Paulo



Postura de presidenciável de Gomes do PSB na TV pressiona PT de São Paulo


da Reuters, em Brasília
O programa de televisão do PSB em que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) se colocou como potencial candidato à Presidência da República colocou nesta sexta-feira mais pressão sobre os potenciais candidatos do PT ao governo de São Paulo.
No programa, Ciro criticou a polarização entre PT e PSDB na disputa pela sucessão presidencial deste ano e se colocou para o eleitor como uma espécie de candidato da terceira via.
Hoje, o senador Aloizio Mercadante (SP), líder do PT no Senado, e a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy divergiram sobre os rumos do partido no Estado.
Ciro tem reiterado que pretende disputar a Presidência, mas transferiu seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gostaria de ver o deputado na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes em uma chapa com o apoio do PT e de outras forças aliadas.
"O presidente [Lula] já tornou claro o convite ao Mercadante. Vamos depender dele. É uma decisão difícil para ele e temos que respeitar a decisão que ele virá a tomar", afirmou a ex-prefeita durante intervalo do 4º Congresso Nacional do PT.
"Vou para deputada, para o Senado, para o governo, vou para onde, a partir da decisão do partido, eu possa agregar mais votos para a Dilma [Rousseff, ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto]", afirmou Marta.
Mercadante, no entanto, reafirmou a sua disposição de tentar a reeleição. "Já assumi a candidatura ao Senado", disse, ponderando que qualquer decisão do partido sobre o candidato ao governo de São Paulo deve ser tomada em março.
Mercadante destacou que Ciro Gomes terá o apoio do PT se decidir disputar o governo paulista. O outro potencial candidato do PSB ao governo local, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, entretanto, pode enfrentar dificuldades no PT. "O Skaf é uma coisa, o Ciro Gomes é outra", disse Marta.


Folha on line de 19 de fevereiro de 2010

CIRO GOMES,UM CANDIDATO QUE FAZ DIFERENÇA, O PT DE SÃO PAULO CONTINUA ESPERANDO A SUA DECISÃO



Marta e Mercadante afirmam que PT espera decisão de Ciro sobre governo de SP

GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
Em meio ao impasse no PT sobre a escolha do candidato que vai disputar o governo de São Paulo, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) disse nesta sexta-feira que o partido mantém as portas abertas para o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disputar o governo estadual com o apoio da legenda.
Apesar do programa do PSB veiculado ontem em cadeia nacional de rádio e TV ter Ciro como estrela, num sinal de que o deputado sairá candidato à Presidência da República, os petistas dizem esperar a sua decisão antes de definirem candidatura própria ao governo.
"Está se esgotando o tempo, mas a porta para o Ciro continua aberta. Em política, não podemos nos precipitar. Muita coisa pode acontecer", disse Marta, uma das pré-candidatas petistas ao governo de São Paulo.
Assim como Marta, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), também cotado para disputar o governo do Estado, disse que o partido espera uma definição de Ciro. "O Ciro poderia ser o nosso candidato em São Paulo. Aguardamos essa definição. Se o Ciro tiver mesmo a disposição de ser o nosso candidato em São Paulo, terá todo o nosso apoio", afirmou.
Mercadante e Marta negam que sejam pré-candidatos ao governo de São Paulo, mas nos bastidores estão entre os petistas dispostos a entrar no páreo --ao lado do prefeito de Osasco, Emídio de Sousa, do ministro Fernando Haddad (Educação) e do senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Apesar de não mencionar a pré-candidatura ao governo do Estado, Marta disse que se colocará à disposição do partido para disputar um cargo que traga votos para a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República. "Me coloco como soldado do partido em favor da candidatura da Dilma. Eu posso sair para deputada, senadora, para o governo, onde eu puder agregar mais votos à candidatura dela", afirmou.
Numa eventual desistência de Ciro disputar o governo de São Paulo, Marta disse que o partido prioriza o nome de Mercadante por ter sido indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o governo estadual. "O presidente já tornou claro o seu convite ao Mercadante. Esperamos ele, é uma decisão pessoal do Aloizio. Temos que respeitar a decisão que ele deverá tomar."
Mercadante, por sua vez, nega que Lula tenha lhe sondado para ser o candidato do PT em São Paulo caso Ciro lance seu nome à Presidência da República. "O presidente não pediu que eu fosse candidato, nem para mim, nem para nenhum dirigente partidário. Eu continuo com a disposição de continuar desempenhando meu papel no Senado", afirmou.
Alianças
Marta e Mercadante defendem que o PT consolide a aliança com o PSB em São Paulo, especialmente como forma de ampliar o leque de partidos em favor da candidatura de Dilma em nível nacional. Para o ex-ministro José Dirceu, a possível candidatura de Ciro não vai desviar votos da ministra. "A campanha de Dilma tem apoio da maioria dos partidos", disse Dirceu.


Folha on line de 19 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes do PSB fala em construir um Brasil melhor com menos desigualdes sociais

http://www.youtube.com/watch?v=mD2f0fYXAqo

Programa do horário político nacional do PSB, produzdo pela Link Comunicação & Propaganda.

Ciro Gomes (PSB) criticou no programa de TV a disputa entre PT e PSDB



Na TV, Ciro critica clima fla-flu e se mostra como alternativa
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


BRASÍLIA (Reuters) - Apresentando-se como uma espécie de "terceira via", o deputado Ciro Gomes (PSB) criticou no programa de TV de seu partido, o PSB, a disputa entre PT e PSDB nas eleições deste ano.
Mesmo defendendo o projeto de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebe o apoio do PSB, Ciro se mostrou como uma alternativa entre as duas legendas, sem citar nominalmente os dois partidos.
"Não podemos discutir o Brasil como se existissem apenas o passado e o presente. O PSB se apresenta a você como a opção do futuro", disse Ciro no programa desta quinta-feira.
A manifestação coincide com o lançamento da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) pelo PT nesta semana e coloca no xadrez eleitoral uma peça que desagrada ao presidente Lula, que quer empreender uma eleição plebiscitária entre governo e oposição.
No programa de TV, Ciro indica que defenderá um projeto de governo "melhorista", ou seja, de aperfeiçoamento dos programas da atual gestão, enquanto Dilma vem defendendo a continuidade.
"O PSB quer apresentar propostas que preservem o legado de Lula, mas que ampliem a discussão. Esse clima de Corinthians e Palmeiras, Fla-Flu partidário, que leva o cidadão a votar no partido 'A' com medo do partido 'B' e não pelas suas propostas é ruim para o Brasil", avisou Ciro.
Ele mencionou que o país conquistou "grandes avanços" com Lula, citando o Bolsa Família e as políticas de valorização do salário mínimo e do crédito popular, mas ponderou que essas medidas só foram possíveis "graças à sensibilidade e vontade de Lula, que muitas vezes contrariou setores do próprio governo".
O deputado dividiu os dez minutos do programa do partido apenas com os três governadores da legenda: Eduardo Campos (PE), Cid Gomes (CE) e Wilma Faria (RN), que descreveram suas gestões, sempre ao lado de Ciro.
Ciro sofreu pressões por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para abandonar a corrida presidencial e concorrer ao governo de São Paulo em uma união com o PT e outras forças aliadas. Um derradeira conversa está marcada para março.
Nesta quinta-feira, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), cotado para a vaga, reiterou que o nome preferido de Lula é o de Ciro, que ainda assim já transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo.
A propaganda do PSB pode servir também para alavancar o nome de Ciro junto às próximas pesquisas de intenção de voto para presidente.
Na sondagem do Instituto Sensus divulgada neste mês, Ciro registrou queda, indo de 17,5 por cento para 11,9 por cento no principal cenário, em que o governador José Serra (PSDB) e a ministra Dilma aparecem emparelhados no topo.
Em pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, Ciro aparece com índice próximo ao da Sensus, com 11 por cento.
(Reportagem de Carmen Munari)

Político alemão diz que Lula é 'sábio' por não tentar reeleição

Político alemão diz que Lula é 'sábio' por não tentar reeleição
Para o líder Gregor Gysi, alguns políticos que tentam permanecer no poder prejudica o prestígio da esquerda
Efe

SAN SALVADOR - O líder da coalizão parlamentar alemã "A Esquerda", Gregor Gysi, disse nesta sexta-feira, 19, em San Salvador, capital de El Salvador, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um "homem sábio", pois não busca sua segunda reeleição, ao contrário de vários de seus colegas da América Latina."Lula é um homem sábio, e não comete um erro que muitos outros cometem. Ele sabe que sua Constituição só prevê uma reeleição, coisa que (o líder da Nicarágua, Daniel) Ortega, não o quer aceitar, (o presidente da Colômbia, Álvaro) Uribe, também não", afirmou Gysi à imprensa de El Salvador, país onde fica até sábado.Segundo o político alemão, isto "não tem nada a ver com direita ou esquerda, é uma condição de personalidade e caráter" de cada líder. Para ele, a intenção de determinados políticos, que tentam permanecer no poder quando não podem, danifica o prestígio da esquerda e dos políticos em geral.O parlamentar alemão iniciou em Havana uma viagem de três semanas pela América Latina. Na agenda, está uma visita ao Brasil, além de passagens por Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela.Segundo disse, ele está interessado em obter uma "visão completa" destes países, especialmente dos partidos de esquerda, com os quais seu partido político espera iniciar contatos.Sobre Honduras e seu retorno às negociações de um Acordo de Associação com a União Europeia (UE) indicou que o reconhecimento do Governo deste país e sua vinculação ao processo com os europeus deve ser uma decisão dos países centro-americanos."Isso não deveria ser decidido pela União Europeia, mas pela América Central", acrescentou, sobre o processo de negociações, que foi suspenso depois do golpe de Estado de 28 de junho do ano passado em Honduras, que tirou do poder o então presidente Manuel Zelaya.

Jornal O Estado de S. Paulo de 19 de fevereiro de 2010 (Há 203 dias sob censura)

Lula diz que não pretende voltar em 2014



Lula diz que não pretende voltar em 2014
Em entrevista exclusiva ao 'Estado', presidente fala da expectativa em eleger a ministra Dilma
estadao.com.br

"Eu não iria escolher alguém para ser vaca de presépio", diz Lula sobre Dilma. Foto: Wilson Pedrosa

BRASÍLIA - Em entrevista exclusiva concedida ao Estado nesta quinta-feira, 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou ter escolhido Dilma Rousseff como candidata presidencial para apenas um mandato, com o objetivo de voltar ao poder em 2014. “Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio”, afirmou Lula. “Todo político que tentou eleger alguém manipulado quebrou a cara.” A entrevista, que poderá ser lida na íntegra na edição desta sexta-feira, 19, do Estadão, foi concedida aos jornalistas Vera Rosa, Tânia Monteiro, João Bosco Rabello, Rui Nogueira e Ricardo Gandour.

Ouça a íntegra da entrevista

Para o presidente, a eventual gestão Dilma não será mais à esquerda do que seu governo, mas afirmou que a ministra terá “o ritmo dela, o estilo dela”. O presidente avaliou que as diretrizes do programa petista podem ser mais “progressistas”: “O partido, muitas vezes, defende princípios e coisas que o governo não pode defender”.

Ao longo da entrevista, o presidente mostrou bom humor, quando questionado sobre a presença do Estado na economia: "O único Estado forte que eu quero é o Estadão". E acrescentou: "O governo tem dois papeis, e a crise reforçou a descoberta deste papel. O governo tem, de um lado, de ser o regulador e o fiscalizador; do outro lado, tem de ser o indutor, o provocador do investimento, aquele que discute com o empresário e pergunta por que ele não investe em tal setor".

Segundo o presidente, o Estado deve se fazer presente na economia para ter "poder de barganha": "Se a gente não tiver uma empresa que tenha cacife de dizer 'se vocês não forem, eu vou', a gente fica refém das manipulações das poucas empresas que querem disputar o mercado. Então, nós queremos uma Eletrobrás forte, para construir parceria com outras empresas. Não queremos ser donos de nada".

O presidente respondeu com números às críticas da oposição sobre inchaço da máquina pública. "A cada 100 mil habitantes, o governo federal tem 11 cargos comissionados. O governo de São Paulo tem 31 cargos por 100 mil habitantes", cutucou, em referência à administração do governador e presidenciável tucano, José Serra.


Jornal O Estado de S. Paulo de 18 de fevreiro de 2010 (Há 203 sob censura)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

CIRO GOMES, O ÚNICO CANDIDATO QUE PODERÁ DERROTAR JOSÉ SERRA



Pesquisa mostra Serra com 36% e Dilma com 25%
Agência Estado - 17/2/2010 - 19h54


SÃO PAULO - Pesquisa Ibope/Diário do Comércio, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo e realizada entre os dias 6 a 9 deste mês, indica que a corrida à sucessão presidencial de outubro continua polarizada pelos pré-candidatos do PSDB e do PT, respectivamente o governador de São Paulo, José Serra, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Nessa mostra, Serra tem 36% das intenções de voto e Dilma 25%. Em terceiro lugar está o deputado federal Ciro Gomes (PSB) com 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV) com 8%. O porcentual de votos brancos e nulos somou 11% e dos que disseram não saber em quem vota atingiu 9%.A última pesquisa divulgada pelo Ibope foi no dia 7 de dezembro do ano passado. Na mostra, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Serra registrava 38% das intenções de voto, seguido de Dilma Rousseff com 17%, Ciro Gomes com 13% e Marina Silva com 6%. Naquela pesquisa, o porcentual de votos brancos e nulos atingiu 13% e dos que disseram não saber em quem votar ou não quiseram responder somou 12%.No cenário sem Ciro Gomes, a pesquisa Ibope/Diário do Comércio aponta José Serra com 41%, Dilma Rousseff com 28%, Marina Silva com 10%, brancos e nulos 12% e não sabem ou não opinaram 9%.Na simulação de um eventual segundo turno entre José Serra e Dilma Rousseff, o tucano lidera com 47% e Dilma registra 33%.A maior rejeição apontada pela pesquisa é de Ciro Gomes, com 41%, seguido de Marina Silva com 39%, Dilma Rousseff com 35% e José Serra com 29%.ContinuidadeA pesquisa Ibope/Diário do Comércio avaliou também o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 47% dos entrevistados, a administração de Lula é boa, para 29% é ótima, para 19% é regular, para 3% é péssima e para 2% é ruim.A mostra indagou ainda o que os eleitores gostariam que o próximo presidente fizesse. Do total de entrevistados, 34% querem a total continuidade do atual governo, 29% querem pequenas mudanças com continuidade, 25% querem a manutenção de apenas alguns programas com muitas mudanças e 10% querem a mudança total do governo do País. Para 78% dos entrevistados, o presidente Lula é confiável, enquanto 18% disseram não confiar no presidente.A pesquisa foi realizada com 2.002 eleitores em 144 municípios de todo o Brasil. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Esta pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral, sob o protocolo nº 3196/2010.


Conheça a íntegra da pesquisa Ibope/Diário do Comércio


Diário do Comércio de 17 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes é pré-candidato a sucessão presidencial em 2010


Ciro Gomes recorre à TV para melhorar nas pesquisas

ANDREZA MATAISda Folha de S.Paulo, em Brasília

Na semana em que o PT irá lançar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial, o PSB vai usar o programa eleitoral de rádio e TV para tentar alavancar a candidatura do deputado Ciro Gomes ao Palácio do Planalto.

Nos dez minutos de programa, Ciro só irá dividir o tempo com os três governadores do partido --de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
Apesar do destaque, Ciro não monopolizará as inserções nos Estados onde o PSB deverá lançar candidatura a governador. Pelo menos em sete Estados --incluindo São Paulo e Espírito Santo-- as entradas (distribuídas ao longo da programação) serão destinadas à promoção do candidato a governo.

Como as inserções têm maior impacto eleitoral, essa última chance de Ciro poderia ser prejudicada.
Num contraponto à candidata petista, vendida como de continuidade, Ciro irá se apresentar como capaz de aprimorar o governo Lula.

Ao dar espaço para Ciro, o PSB aposta num crescimento capaz de influenciar na decisão do presidente Lula, que ainda resiste em lançar dois candidatos da sua base de apoio.
"O programa todo vai ser apresentado pelo Ciro. Ele tem destaque, é o nosso pré-candidato à Presidência. Vamos fazer o que todos os partidos fizeram, dar espaço para nossa liderança", disse o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Em nota ontem, a própria assessoria de Ciro disse que o programa iria "confirmar" sua candidatura à sucessão presidencial. O movimento foi emblemático porque a assessoria não costuma divulgar os passos do deputado federal.

O PSB definiu com o presidente Lula um prazo até março para a decisão sobre o futuro de Ciro. Preocupa os socialistas, mesmo os que defendem a postulação à Presidência, o fato de o deputado não ter conquistado apoios entre os demais partidos, o que deixaria o PSB isolado. Neste cenário, a candidatura é inviável, dizem.

Lula poderia ajudar a atrair esses apoios, caso se convença do argumento de socialistas de que Ciro pode ajudar a tirar votos do tucano José Serra e, num segundo turno entre PSDB e PT, ele pode ser um apoio importante. A definição do PSDB sobre quem será o seu candidato também é um senão para o partido, uma vez que Ciro não disputaria se o nome tucano fosse outro.


Folha on line de 17 de fevereiro de 2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Cientista político fala sobre os desdobramentos do caso do Mensalão do DEM

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1209850-7823-CIENTISTA+POLITICO+FALA+SOBRE+OS+DESDOBRAMENTOS+DO+CASO+DO+MENSALAO+DO+DEM,00.html


Sexta-feira, 12/02/2010

O cientista político João Paulo Peixoto fala que há uma imprevisibilidade no quadro político do Distrito Federal após a prisão de José Roberto Arruda.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

'El País': Com Serra ou Dilma, 'Lula vencerá' eleições de 2010

'El País': Com Serra ou Dilma, 'Lula vencerá' eleições de 2010
da BBC Brasil

Um artigo no diário espanhol "El País" avalia que, qualquer que seja o vencedor das eleições de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sairá simbolicamente vencedor no pleito.
A análise, assinada pelo correspondente do jornal no Brasil, Juan Árias, discorre sobre os dois principais pré-candidatos na disputa - a petista Dilma Rousseff, candidata do Planalto, e o tucano José Serra, da oposição - afirmando que ambos, se eleitos, "seguirão o caminho" de Lula.
"A partir do próximo dia 1º de janeiro, o Brasil será um Brasil sem Lula. O que acontecerá? Nada", diz o repórter.
"Continuará sendo um país com instituições democráticas consolidadas, que não apenas conseguiu sair, sem se quebrar, da crise mundial, mas que está crescendo; um país sem possibilidades de golpe de nenhum tipo e que, apesar de alguns rompantes populistas em alguns momentos - sobretudo pela influência do chavismo - não se deixou arrastar pelo populismo da vez na América Latina."
Juan Árias aposta que a disputa presidencial deste ano será disputada. De um lado está Dilma, "uma espécie de sombra" de Lula, diz o analista. "Se ela vencer, as eleições seriam na verdade um terceiro mandato de Lula e garantiriam a continuidade de um certo lulismo."
Porém, diz o texto, "Dilma não é Lula". "É quase um anti-Lula porque, mais que uma iluminada e uma improvisadora como ele, é uma gestora, que carece do carisma transbordante de seu chefe", descreve.
Já Serra "suporia a alternância normal, interrompendo de alguma forma a continuidade do PT no poder", avalia Árias.
Mas o autor acredita que o tucano não é um "anti-Lula" e que, portanto, a escolha entre sua política e a política atual é "um falso dilema". "Com Serra, o Brasil seria um país sem Lula, mas ainda com Lula, no sentido de que o governador paulista não nega nenhuma das conquistas sociais de seu governo."
Na opinião do correspondente, a campanha de Serra não seria "contra Lula", mas "depois de Lula". "Para Serra, seu governo não seria uma fotocópia do passado social-democrata, mas uma página nova."
Na avaliação do correspondente do "El País", "sem Lula agora, e talvez com Lula amanhã de novo, o Brasil é um país que tomou o trem na direção certa, que o levará a consolidar o milagre de seu desenvolvimento".

Folha On Line de 15 de fevereiro de 2010

Brasil não pune lavagem de dinheiro, aponta entidade

Brasil não pune lavagem de dinheiro, aponta entidade

da Folha Online

O Brasil não consegue combater e punir a lavagem de dinheiro, informam Mario Cesar Carvalho e Lilian Christofoletti* em reportagem publicada nesta segunda.

Segundo relatório do Gafi (Grupo de Ação Financeira), faltam leis, disposição das autoridades para sequestrar bens comprados com dinheiro ilícito e preparo dos tribunais superiores para combater o crime, que une traficantes, corruptos e criminosos do colarinho branco.
A reportagem lembra que as duas das maiores investigações de lavagem no Brasil, sobre o banco Opportunitty e a empreiteira Camargo Corrêa, foram paralisadas por decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do STF (Supremo Tribunal Federal).

A lavagem de dinheiro acontece quando criminosos investem o dinheiro obtido ilegalmente em um negócio legal, como posto de gasolina, por exemplo.

Em outra reportagem também publicada hoje, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., diz que a maioria das críticas feitas pelo Gafi serão corrigidas por um projeto de lei de iniciativa do Ministério da Justiça que aguarda aprovação desde 2008.

Beija-Flor esbanja luxo com Brasília sem corrupção


Beija-Flor esbanja luxo com Brasília sem corrupção
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010


RIO (Reuters) - A Beija-Flor passou longe dos conhecidos escândalos de corrupção de Brasília e levou para a avenida um desfile luxuoso, tapado de plumas para contar a história dos 50 anos de capital federal.
A tradicional escola de Nilópolis, que se viu no centro de um furacão depois da prisão do governador licenciado José Roberto Arruda, dias antes do desfile, devido ao suposto envolvimento num esquema de pagamentos de propina, encerrou a primeira noite de desfiles na Marquês de Sapucaí aclamada por sua torcida.
Para apresentar o enredo "Brilhante ao sol do novo mundo, Brasília do sonho à realidade, capital da esperança", a Beija-Flor não poupou brilho e a experiência de quem já foi cinco vezes campeã nos últimos sete anos.
Escândalos políticos recorrentes no poder central deram uma trégua à Brasília que passou pelo sambódromo. Não houve um respingo nem do caso Arruda, cujo governo acertou um patrocínio de 3 milhões de reais para a agremiação.
Deixando de lado as polêmicas, um desfile colorido e cativante mostrou desde lendas indígenas da região e as belezas do Cerrado até a construção da cidade com obras de Oscar Niemyer e Lúcio Costa.
"A Brasília do nosso desfile é a Brasília cultural, não é a Brasília política. O que acontece lá em Brasília o povo todo sabe, mas Carnaval é alegria, aqui é outra coisa," disse a jornalistas o intérprete da escola, Neguinho da Beija-Flor, de volta à Sapucaí um ano após ter se casado antes do desfile da escola de 2009.
"Não temos que nos preocupar, o único político do nosso desfile é o Juscelino Kubitschek, e ele não colocou dinheiro na meia", acrescentou o músico, lembrando as imagens veiculadas na tevê mostrando um aliado de Arruda recebendo suposto dinheiro de propina e escondendo nas meias.
Antes do desfile, o carnavalesco Alexandre Lousada chegou a passar mal na concentração, alegando "cansaço e emoção". Lousada, que se recuperou a tempo para desfilar com a escola, reclamou da ligação feita pela mídia nos últimos dias entre a escola e o escândalo no governo do DF.
"Estou magoado sim. Queria fazer um protesto contra os jornalistas que têm falado isso de umas das escolas que mais contribuíram para o sucesso do Carnaval do Rio," desabafou.
Acolhida pelo público, quando o dia amanhecia, a escola deixou a passarela sob gritos de campeã, apesar da correria para fechar um buraco na última alegoria que teve um problema para entrar na avenida.
No fim, Neguinho resumiu bem o sentimento da escola: "O problema de Brasília a Justiça está resolvendo. O nosso problema aqui a gente resolve com muita garra e disposição."
(Por Pedro Fonseca e Maria Pia Palermo, com reportagem de Hugo Bachega)

Lula: Brasil é o país mais preparado para encontrar o ponto G



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou nesta sexta-feira, em discurso, que a imagem do Brasil melhorou muito e que hoje o país é um respeitado interlocutor global.
REUTERS/Ricardo Moraes (BRAZIL - Tags: POLITICS)


Lula: Brasil é o país mais preparado para encontrar o ponto G


GOIÂNIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou nesta sexta-feira, em discurso, que a imagem do Brasil melhorou muito e que hoje o país é um respeitado interlocutor global.
Bem-humorado, o presidente mencinou vários dos grupos internacionais que o país passou a fazer parte recentemente.
"Por isso que o Brasil é importante no G20, é importante no G8, é importante no G3, é importante no G4. Cria um G que o Brasil está dentro. Não tem país mais preparado para encontrar o ponto G que o Brasil", disse durante evento em Goiânia.
MUDANÇAS NAS LICITAÇÕES
Lula aproveitou para defender mudanças na lei de licitações e criticou o fato de que, hoje, algumas pequenas contestações ambientais acabam provocando grandes atrasos em obras públicas.
"Não queremos diminuir as exigências, queremos fazer as coisas sérias", disse
Ele citou como exemplo que obras na BR-101 ficaram paralisadas durante seis meses por temores de que colocariam em perigo um tipo de anfíbio que estaria em extinção, e só depois perceberam que o animal não sofria essa ameaça.
"Graças a Deus, porque a perereca não pode se extinguir nunca", acrescentou.
Lula também reafirmou que a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) será lançada em 26 de março, incluindo todas as obras inacabadas da primeira edição do projeto.
Entre as obras incluídas no PAC2, o presidente citou a Ferrovia Leste-Oeste e eclusas.
(Por Isabel Versiani)

Dilma samba com gari na pista do sambódromo do Rio

Dilma samba com gari na pista do sambódromo do Rio
Carlos Magno/Reuters


CIRILO JUNIOR

da Folha Online, no Rio

A ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, sambou com um gari na pista do sambódromo do Rio no fim da noite deste domingo.

Dilma segurou a vassoura do gari Gilson Lopes, 47, sambou com ele e fez rodopios, como dançam mestre-sala e porta-bandeira.

Ao final, Lopes, que trabalha há 13 anos na Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), deu nota 9,5 para a ministra. "Foi bom. Foi gostoso sambar com ela; ela samba bem", disse.
Dilma, que estava no camarote do governo do Estado, desceu até a pista, ao lado do recuo da bateria, acompanhada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB).

Antes, a ministra afirmou que torce para a Mangueira, mas que não vai acompanhar o desfile da escola de samba, no segundo dia de apresentações do Grupo Especial, devido a um compromisso.
Ainda no camarote, Cabral, eufórico, apontava para Dilma como a "primeira presidente mulher do Brasil".

Ministra Dilma Rousseff samba com o gari Gilson Lopes na Sapucaí, durante desfiles do Grupo Especial

Folha On Line de 15 de fevereiro de 2010

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes reafirma em Recife que é candidato a presidente


Ciro reafirma em Recife que é candidato a presidente


da Agência Brasil
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) reafirmou neste sábado, ao lado da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que será candidato à Presidência da República nas eleições deste ano. Eles assistiram ao desfile do Galo da Madrugada, tradicional bloco carnavalesco de Pernambuco.
Questionado se o encontro com a ministra em Recife serviria para demovê-lo da ideia de ser candidato, Ciro respondeu categoricamente que não. "Sou candidato a presidente, isso está decididíssimo".
O deputado e a ministra chegaram ao desfile acompanhados do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.


A Folha de S.Paulo de 13 de fevereiro de 2010

Arruda passa primeiro dia de prisão na Polícia Federal lendo, diz advogado



Arruda passa primeiro dia de prisão na Polícia Federal lendo, diz advogado


MÁRCIO , em Brasília
No primeiro dia em que ficou preso na Superintendência da Polícia Federal, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), se dedicou a leitura de livros para passar o tempo. O advogado Nélio Machado, que esteve com o governador na noite de hoje para traçar uma estratégia para reverter o pedido de prisão, não soube informar o nome dos títulos.


Arruda está preso desde a noite de ontem em uma sala do INC (Instituto Nacional de Criminalística) por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Segundo Machado, foi disponibilizada uma cama "de criança" para o governador. Ele ainda está sendo monitorado por dois agentes. No local, há um banheiro privativo, ar condicionado. O advogado negou que ele tenha acesso a televisão e a aparelho de celular.
"É uma cama pequenininha, mais ou menos de criança. Nenhuma prisão é boa, mas não tenho do que reclamar em relação ao tratamento que tem sido dado a ele", disse.


Ministro do Supremo decide manter Arruda presoArruda passa a noite no gabinete da diretoria do ICHabeas corpus não inclui pedido para volta ao governoLula pede a Polícia Federal que trate Arruda com respeitoSobrinho de Arruda também se entrega à PFEntenda as denúncias contra o governador Arruda


Ao longo do dia, o governador afastado que é acusado de tentar subornar uma das testemunhas do esquema de corrupção, não recebeu visitas de familiares. Machado disse que vai fazer uma consulta aos parentes para saber se há o interesse no encontro.
O advogado afirmou que o governador está esperançoso em retomar a liberdade nos próximos dias e que está abatido.


Além de Machado também passaram para visitar o governador o secretário Alberto Fraga (Transportes) --que teria sido o primeiro a informação da rejeição do habeas corpus pelo ministro Marco Aurélio-- o advogado José Gerardo Grossi, e o chefe da Casa Militar, coronel Ivan Rocha.


O coronel disse que Arruda é injustiçado e vive uma "situação humilhante" para um governador.
Sérgio Lima/Folha Imagem

Prisão
Na decisão tomada nesta sexta-feira que mantém o governador Arruda preso, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, afirma que a decisão do STJ de decretar a prisão do governador cumpriu todos os requisitos legais necessários.
Marco Aurélio afirma que a prisão do governador era necessária para "preservar a ordem pública e campo propício à instrução penal considerado o inquérito em curso".


O ministro diz, ainda, que o momento é "alvissareiro" para a correção de rumos no país, extinguindo a impunidade. "Indefiro a liminar. Outrora houve dias natalinos, hoje avizinha-se a festa pagã do Carnaval. Que não se repita a autofagia", diz o ministro.
Com a o pedido de liminar negado por Marco Aurélio, a defesa de Arruda terá que esperar o fim do Carnaval para que o plenário do STF julgue o mérito da decisão do ministro. A próxima sessão plenária do Supremo está marcada para quarta-feira de Cinzas.
Até lá, Arruda fica preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A defesa do governador ainda não comentou o teor da decisão do STF, nem se pretende pedir a revisão da liminar de Marco Aurélio.


Na noite desta sexta-feira, o ex-deputado distrital Geraldo Naves (DEM) também se entregou à Polícia Federal. Naves foi o último a se apresentar. Ele deve permanecer preso na Superintendência da PF até ser transferido amanhã para o presídio da Papuda, em Brasília. Lá, estão presos o ex-secretário de Comunicação Weligton Moraes, o sobrinho do governador afastado, Rodrigo Arantes, e o diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília), Haroaldo Brasil de Carvalho, além de Antonio Bento da Silva, conselheiro do Metrô que foi preso em flagrante durante a tentativa de suborno do jornalista.


Jornal A Folha de S. Paulo de 13 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

José Roberto Arruda segue preso no Distrito Federal

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1209815-7823-JOSE+ROBERTO+ARRUDA+SEGUE+PRESO+NO+DISTRITO+FEDERAL,00.html


Sexta-feira, 12/02/2010

Pela primeira vez na história da República brasileira, um governador é preso por corrupção durante o exercício do mandato. José Roberto Arruda passou a noite na sede da Polícia Federal no DF.

Arnaldo Jabor fala sobre a prisão de José Roberto Arruda

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1209681-7823-ARNALDO+JABOR+FALA+SOBRE+A+PRISAO+DE+JOSE+ROBERTO+ARRUDA,00.html



Quinta-feira, 11/02/2010

O comentarista Arnaldo Jabor afirmou que é histórica a decisão do STJ de encanar o governador do DF. Ele espera que comece uma nova era de prisão para políticos, após mais de dez anos de paralisia.

Brasília no Distrito Federal se tornou palco dos escândalos

Em 20 anos de autonomia política, DF acumulou coleção de escândalos

Rui Nogueira
BRASÍLIA

Em 20 anos de autonomia política, que serão completados em outubro próximo, o Distrito Federal cultivou uma verdadeira coleção de escândalos. O tamanho do pântano brasiliense pode ser medido por dois grandes recordes nacionais.Primeiro recorde: em apenas cinco mandatos de governadores eleitos desde que o DF voltou a escolher livremente os seus representantes - três de Joaquim Roriz (1991-1995 e 1999-2006), um de Cristovam Buarque e outro de José Roberto Arruda -, Brasília contabiliza um governador preso e outro que escapou a duras penas de um processo de cassação.Arruda foi preso ontem. Roriz reelegeu-se em 2002 para um terceiro mandato com o uso tão escancarado da máquina pública - distribuindo lotes e títulos de propriedade - que foi alvo de 35 processos. No último deles, julgado no TSE em 2005, foi absolvido por 4 votos a 2. Apesar dos documentos anexados, o TSE decidiu que não tinha como provar que foi o uso da máquina que o elegeu.O segundo recorde do DF diz respeito à qualidade dos seus parlamentares, no Congresso Nacional e na Câmara Distrital. O primeiro senador cassado na história da República brasileira é de Brasília: Luiz Estevão, senador pelo PMDB, foi cassado em junho de 2000 por quebra de decoro parlamentar - mentiu à CPI do Judiciário, no caso do desvio de R$ 169 milhões nas obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. O governador preso ontem, era senador em 2001 quando teve de renunciar ao cargo para escapar da cassação por envolvimento no escândalo da violação do painel eletrônico da Casa. O motivo da violação é que ele queria saber como foi a votação secreta da cassação de Estevão.O mesmo Senado assistiria seis anos depois, em junho de 2007, à renúncia do senador e ex-governador Roriz. O método da renúncia para escapar à cassação livrou o senador de explicar o caso da "bezerra de ouro", envolvendo um cheque de R$ 2,2 milhões recebido do empresário Nenê Constantino, dono da Gol. Escutas legais da Operação Aquarela revelaram que o cheque foi descontado na boca do caixa do Banco Estatal de Brasília (BRB). Roriz disse que do total descontado ele ficou "apenas" com R$ 300 mil para pagar uma bezerra arrematada em um leilão de gado. Jamais apresentou a bezerra.Em 1993, no escândalo dos Anões do Orçamento, Roriz, então governador em primeiro mandato eleito, foi flagrado distribuindo cheques para pelo menos quatro deputados distritais - um mensalinho que Arruda, 17 anos depois, repetiria em proporções só vistas no mensalão do primeiro mandato do governo Lula (2003-2006). Hoje, no "mensalão do DEM", pelo menos um terço da Câmara Distrital, que tem 24 deputados, está envolvida no esquema de propinas distribuídas pelo governo Arruda.

Jornal O Estado de S. Paulo de 12 de janeiro de 2010 (Há 196 dias sob censura)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

OAB diz que prisão de Arruda é 'luz no fim do túnel'



Foto: Eugenio Novaes/divulgação

OAB diz que prisão de Arruda é 'luz no fim do túnel'


STJ decretou prisão preventiva de governador do Distrito Federal.Em nota, Associação dos Magistrados também apoiou decisão do STJ.Fausto Carneiro e Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante


O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, disse nesta quinta-feira (11), por meio de nota, que a prisão do governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) “pode ser o marco histórico da quebra da impunidade na política brasileira”.A nota diz que "a decisão confere esperança à sociedade de que é possível derrotar a corrupção” e que “a Justiça agiu, como é de seu dever”. Segundo o presidente da OAB, "a sociedade brasileira pode, enfim, acreditar que há luz no fim do túnel". O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares Pires, disse, também por meio de nota, apoiar a decisão do STJ de decretar a prisão de Arruda. “Há fortes indícios de que o governador do DF estaria tentando destruir provas do processo no qual é acusado de corrupção. E esse é um dos requisitos para a decretação de uma prisão preventiva”, afirmou. Na nota, o presidente da AMB disse esperar que a prisão preventiva não seja revogada logo e que Arruda permaneça preso enquanto durara conclusão do processo. “Ele pode atrapalhar as investigações e a sociedade não suporta mais casos de corrupção como esse”, afirmou. Veja a nota da OAB


"A prisão do governador José Roberto Arruda pode ser o marco histórico da quebra da impunidade na política brasileira. A Justiça agiu, como é de seu dever.Não bastassem as cenas indecorosas de vídeos que falam por si, mas que não geraram efeito prático, a paralisia que se seguiu estimulou os infratores a obstruir as investigações. A prisão, requerida pelo Ministério Público Federal, decretada pelo ministro Fernando Gonçalves e confirmada pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, repõe a ordem, a lei, o bom senso e confere esperança à sociedade de que é possível derrotar a corrupção.Não se pede vingança ou linchamento. Apenas Justiça, o estrito cumprimento da lei, dentro do devido processo legal. A sociedade brasileira pode, enfim, acreditar que há luz no fim do túnel.


Ophir Cavalcante Presidente do Conselho Federal da OAB"

Globo.com

José Arruda vai passar a noite preso

Sem decisão sobre habeas corpus, Arruda vai passar a noite preso

Marco Aurélio Mello não decide nesta noite sobre liberdade ao governador.Arruda está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Diego Abreu e Nathalia Passarinho Do G1,

em Brasília O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou na noite desta quinta-feira (11), por meio da assessoria do STF, que não vai decidir nesta noite sobre o pedido de habeas corpus do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Arruda está preso desde a tarde desta quinta na Polícia Federal, em Brasília. Como o ministro não vai tomar a decisão nas próximas horas, o governador passará a noite preso. Arruda vai passar a noite na sala da diretoria ténico-científico da Polícia Federal. A sala não tem cama, apenas um sofá. A Polícia Federal não informou o tamanho da sala nem se há banheiro nela. Até as 22h40, Arruda não havia recebido a visita de nenhum familiar. O decreto de prisão preventiva de Arruda foi expedido após parecer da Procuradora-Geral da República. Por 12 votos a 2, os ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinaram a prisão do governador e de mais quatro pessoas envolvidas na tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. Arruda teria proposto o pagamento de propina na tentativa de fazer com que Sombra mentisse em depoimento à Polícia Federal. O advogado do governador argumentou que Arruda está sendo submetido a constrangimento ilegal, pois a prisão, segundo ele, é "abusiva, ilegal e desnecessária". O ministro Marco Aurélio recebeu em sua casa, nesta noite, as informações que havia solicitado sobre o decreto de prisão de Arruda.

Prisão

A prisão do governador foi decidida na tarde desta quinta-feira pela Corte Especial do STJ por 12 votos a 2. Arruda é suspeito de envolvimento em esquema de corrupção que envolve membros do governo, deputados e empresários. O pedido de prisão foi baseado na suposta tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. Por meio de um enviado, o governador teria proposto o pagamento de propina na tentativa de fazer com que Sombra mentisse em depoimento à Polícia Federal. O STJ também decretou a prisão de mais quatro envolvidos na suposta tentativa de suborno: Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário do governador, que se entregou àPF nesta noite, Welinton Moraes, ex-secretário de governo, o ex-deputado distrital Geraldo Naves (DEM), que agora é suplente, e Haroaldo Brasil Carvalho, ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB).

Busca e apreensão

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), na residência oficial e na sede administrativa do governo do Distrito Federal após a prisão do governador, decretada no final da tarde desta quinta-feira (11) pelo STJ. A PF não informou o que foi apreendido nos três locais nem o objetivo das buscas. Os mandados foram expedidos pelo STJ, mas a PF não informou a pedido de quem. Segundo a PF, a operação já foi encerrada.

Globo.com