sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Postura de presidenciável de Gomes do PSB na TV pressiona PT de São Paulo



Postura de presidenciável de Gomes do PSB na TV pressiona PT de São Paulo


da Reuters, em Brasília
O programa de televisão do PSB em que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) se colocou como potencial candidato à Presidência da República colocou nesta sexta-feira mais pressão sobre os potenciais candidatos do PT ao governo de São Paulo.
No programa, Ciro criticou a polarização entre PT e PSDB na disputa pela sucessão presidencial deste ano e se colocou para o eleitor como uma espécie de candidato da terceira via.
Hoje, o senador Aloizio Mercadante (SP), líder do PT no Senado, e a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy divergiram sobre os rumos do partido no Estado.
Ciro tem reiterado que pretende disputar a Presidência, mas transferiu seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gostaria de ver o deputado na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes em uma chapa com o apoio do PT e de outras forças aliadas.
"O presidente [Lula] já tornou claro o convite ao Mercadante. Vamos depender dele. É uma decisão difícil para ele e temos que respeitar a decisão que ele virá a tomar", afirmou a ex-prefeita durante intervalo do 4º Congresso Nacional do PT.
"Vou para deputada, para o Senado, para o governo, vou para onde, a partir da decisão do partido, eu possa agregar mais votos para a Dilma [Rousseff, ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto]", afirmou Marta.
Mercadante, no entanto, reafirmou a sua disposição de tentar a reeleição. "Já assumi a candidatura ao Senado", disse, ponderando que qualquer decisão do partido sobre o candidato ao governo de São Paulo deve ser tomada em março.
Mercadante destacou que Ciro Gomes terá o apoio do PT se decidir disputar o governo paulista. O outro potencial candidato do PSB ao governo local, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, entretanto, pode enfrentar dificuldades no PT. "O Skaf é uma coisa, o Ciro Gomes é outra", disse Marta.


Folha on line de 19 de fevereiro de 2010

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