
Foto: Agência Brasil
Ciro Gomes já não descarta governo de SP
Agência Estado - 24/2/2010 - 21h52
O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) deu ontem o primeiro sinal de que pode atender ao apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser candidato ao governo de São Paulo. Em reunião com parlamentares e dirigentes do PT, PSB, PC do B e PDT, Ciro disse estar disposto a concorrer ao Palácio do Planalto, mas ressalvou que pode entrar no páreo em São Paulo se Lula precisar de um palanque para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no maior colégio eleitoral do País."Eu estou decidido, mas só o tempo vai dizer se minha decisão (de ser candidato à sucessão de Lula, já anunciada) vai se manter ou se serviremos o País deslocando a candidatura para São Paulo", afirmou o deputado, que é ex-ministro da Integração Nacional.Segundo turno – Segundo a avaliação de Ciro, uma campanha polarizada desde o início entre Dilma, pré-candidata do PT à Presidência, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), favorece o tucano. É com o argumento de que somente sua entrada na disputa pode levar a eleição para o segundo turno que Ciro prega esse cenário.Ele avisou, no entanto, que não será "linha auxiliar" do Planalto se mantiver sua intenção de concorrer à Presidência. "Eu sou muito melhor do que qualquer outro candidato", insistiu. "A Dilma é extraordinária, mas não tem a história de 20 eleições que eu tenho".Ciro vai conversar com Lula no dia 15 de março e ainda tem duas reuniões com o grupo de partidos que quer lançá-lo ao governo paulista, antes de dar a resposta final.Antes de deixar o encontro de ontem, em Brasília, o deputado recomendou aos dirigentes partidários que contenham a ansiedade por sua decisão final. "Precisamos, primeiro, olhar o quadro nacionalmente e botar um pouco de gelo nas veias", brincou.Representantes do PSB, PCdoB, PT e PCdoB estiveram reunidos ontem com o deputado para discutir mais profundamente a questão da sucessão ao governo de São Paulo. Os partidos pressionam Ciro Gomes a disputar o governo de São Paulo, tendo em vista que nenhuma das legendas tem um candidato definido – e o PT principalmente, estaria em franca desvantagem na disputa pelo maior colégio eleitoral do País. Ciro, porém, ainda resiste à pressão.Segundo um dos participantes da reunião, Ciro quer aguardar a conversa que terá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião, a princípio, está prevista para o final de março. É certo, contudo, que durante o próximo mês Lula dará continuidade às conversações com o PSB.Junto com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ele participará de inauguração de duas fábricas - uma de britas e outra de dormentes de concreto. Ao mesmo tempo, o PSB quer arrancar do PT apoio incondicional às reeleições de Cid Gomes, no Ceará, e de Eduardo Campos, em Pernambuco, e também à sucessão de Wilma Faria no Rio Grande do Norte.
Jornal Diário do Comércio de 24 de fevereiro de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário